Capítulo Único

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Leiam escutando a música e entrem na vibe.

Boa leitura.

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Sendo acordado pelos raios de sol que invadem o aconchego do meu quarto pela janela de vidro, coberta pelas cortinas claras e bonitas que dançavam ao ser acompanhadas pela brisa de uma manhã calorosa. Com sono eu me espreguiço, esfregando o meu corpo sobre os lençóis brancos e macios, da cama de casal.

Com bocejos que saem da minha boca sem o meu consentimento, meus olhos caem para o homem das costas largas, adormecido ao meu lado.

L'homme auquel j'appartiens

O som da sua respiração baixa e lenta me faz abrir um sorriso bobo e preguiçoso, admirando o quão belo o seu corpo nu fica ao ser beijado pelo sol. E assim como o começo de todos os dias frescos de Paris, eu não me contento com a pouca distância de nossos corpos, me aproximando calmamente e colando o meu peito nu em suas costas, passando um braço ao redor da sua cintura fina, enquanto o outro braço dava apoio para a minha cabeça dos fios loiros completamente bagunçados.

Com o meu pequeno nariz eu acaricio a nuca do meu amado, sentindo os seus arrepios mesmo que ainda esteja dormindo como um anjo, provavelmente tendo sonhos que fazem os seus problemas e tristezas desaparecerem, assim como nossos momentos juntos, assim como nossas noites de amor sem fim.

Não deixo de pensar no quão bom foi a nossa noite cheia de carícias e juras de um amor duradouro. Sentindo suas curvas sobre a palma da minha mão, eu suspiro, completamente derretido, porquê aqui está o homem que entrou em meu coração e me trouxe um pedaço da felicidade.

— Você realmente, fará isso todos os dias? — Ouço como poesia, as palavras saírem da sua boca, a sua voz rouca me desnorteando por um certo momento, fazendo o meu sorriso crescer, vendo-o se mexer lentamente para que o seu corpo fique em frente ao meu e eu tenha o privilégio de ver o seu rosto bonito ao acordar. — Bom dia, mon amour.

Solto um riso nasal, completamente apaixonado pela visão do meu homem completamente nu sobre os meus lençóis, fico preso sobre os seus olhos escuros como a noite estrelada.

— Bom dia, Jun. — Minha voz sai suave ao dizer o seu apelido tão naturalmente, dado por mim. Vejo sua mão grande se aproximar do meu rosto e acabo fechando os olhos ao apreciar as carícias em minha bochecha, sentindo os seus dedos longos, tocarem os poucos fios do meu cabelo que estavam sobre a minha testa, colocando-os atrás da minha orelha.

— Lindo... — Não consigo conter o sorriso pequeno que nasce em meu rosto ao ouvi-lo e sentir os seus lábios selando a minha testa delicadamente. Era assim, em todas as minhas manhãs ao seu lado, momentos que eu nunca me cansarei.

Acabo rindo ao vê-lo tentar aproximar a sua boca da minha, pondo as minhas mãos sobre o seu peito forte com o intuito de afastá-lo, infelizmente negando o seu beijo. Achando extremamente fofo o bico que ele forma nos próprios lábios tão convidativos pela manhã.

Arrasto o meu corpo sobre os lençóis, colocando as minhas pernas para fora do colchão macio, tocando o chão gelado com os dedos dos pés, logo repousando-os por completo e me levantando. Fecho os olhos ao esticar os meus braços, os alongando lentamente, sentindo os músculos do meu corpo, se esticando e me despertando aos poucos.

Sinto a brisa fresca acariciar todo o meu corpo nu, fazendo os meus pelinhos se arrepiarem. Viro o meu rosto, olhando para Jungkook sobre os ombros, vendo-o me observar com devoção, olhando cada pedacinho do meu corpo despido. Me sinto fraco ao querer tanto ser tocado por suas mãos, ser tocado onde os seus olhos tanto olha nesse momento.

Mas como a brisa, eu me vou, com passos lentos em direção ao banheiro e com um riso bobo preso em meus lábios gordinhos. Sentindo-me feliz.

— Jimin-ah! — Ele me chama, me fazendo rir e entrar no banheiro com passinhos que se tornam apressados, indo em direção a pia, pegando a minha escova de dente que antes estava junto ao dele, dentro do nosso potinho colorido, onde também se encontrava a pasta de dente.

Eu estava realmente feliz vivendo uma vida simples, afinal eu não precisava de muito, eu só precisava dele.

— Fuyez-vous de moi? — Me assusto, já com a escova de dente dentro da minha boca, sentindo os braços grandes rodeando a minha cintura. Levanto o meu olhar para o espelho em minha frente, vendo o nosso reflexo, me sentindo quente ao vê-lo beijando o meu ombro com cautela. Aqui está o retrato sem retoque.

Depois de beijá-lo, ele repousa o seu queixo sobre o meu ombro delicado, olhando também para o nosso reflexo com um sorriso pequeno. O atrito do seu peito com as minhas costas, faz com que as minhas pernas tremam minimamente, logo desvio os meus olhos dos seus, me curvando para cuspir e enxaguar a minha boca.

Suas mãos ainda sobre o meu corpo e seus lábios que se voltam mais uma vez para fazer morada em minha pele sensível.

— Não vai escovar os dentes? — Pergunto com um sorriso contido, porquê sei que ele não veio até mim para tal coisa, os seus beijos confirmam, assim como os seus dedos que se arrastam sobre meu quadril. Mordo o meu lábio inferior, deixando-o brincar com a minha cabeça e o meu coração, assim como o meu pescoço que estava sendo mordido pelos seus dentinhos avantajados e estava sendo molhado pela sua língua curiosa.

E como previsto, eu me entrego facilmente, sentindo a sua mão esquerda sobre uma banda da minha bunda, separando-a enquanto a sua mão direita, sobe sobre o meu abdômen e meu peito, repousando no lugar onde ele nunca deveria sair. Arfo ao sentir o aperto em meu pescoço me tirando, literalmente o ar.

Nós eramos como música, dos sorrisos singelos ao toques significantes.

— Sinta. — Sua voz rouca e melodiosa me faz gemer baixinho. Sou puxado para trás, para que o meu corpo fique perto o suficiente e minha cabeça esteja repousada sobre o seu ombro, me dando o privilégio de tê-lo tão perto, arrastando a ponta do seu nariz sobre a minha bochecha. — O meu coração batendo, apenas para você, ange.

Então eu o sinto dentro de mim. Nossos corpos se encaixam como quebra-cabeças, assim como nossos gemidos se complementam em uma bela música de amor, porquê era ele por mim e eu por ele na vida. Eramos almas conectadas, predestinadas a ficarem juntas para sempre.

E ao sentir o meu corpo sendo prensado contra a pia, a cada estocada lenta e tortuosa, eu entendo o quanto amar vale a pena. Afinal, somos dois apaixonados em Paris, a cidade do amor, era um clichê perfeito.

— Jun...

Como nas letras de La Vien En Rose, era assim que nos sentíamos, no final das contas.

Quando ele me pega em seus braços
Quand il me prend dans ses bras

Ele sussurra para mim
Il me parle tout bas

Eu vejo a vida em rosa
Je vois la vie en rose


Fim.


🎵


L'homme auquel j'appartiens¹ = O homem a quem pertenço

Mon amour² = Meu amor

Fuyez-vous de moi?³ = Está fugindo de mim?

Ange⁴ = Anjo

Eu decidir fazer essa oneshot inspirada na minha música preferida e apesar de ter sido algo pequeno, vocês não tem noção do quanto o meu coração está quentinho.

Além do estilo da escrita que foi totalmente novo, porquê eu nunca pensei que faria algo do tipo, escrever ela foi muito especial para mim, então eu realmente espero que vocês tenham gostado.

Qual a sua música preferida?

La Vie En Rose - Jikook (Oneshot)Onde histórias criam vida. Descubra agora