4- Vício

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Nanda

Mais um dia "normal" se inicia. Como de costume, eu me levanto, tomo um banho e me arrumo para ir à escola. E depois de já estar pronta, eu desço as escadas calmamente, caminhando até a cozinha. Felizmente, não estava atrasada.

— Nanda, bom dia! Que bom que já está aqui, tenho que te pedir uma coisa — minha mãe disse, quando apareci na cozinha me sentando à mesa.

— Bom dia, mãe — a cumprimentei enquanto coloco café em uma xícara.

— Você tem algo importante hoje no colégio? — ela perguntou, me olhando atentamente.

— Creio que não; estamos no final do semestre, então já fizemos todas as provas necessárias. Bom, menos os bagunceiros da sala, eles ainda têm que fazer recuperação, e eu não me encaixo nesse quesito — respondi sincera.

Mesmo que eu tenha dificuldade em prestar atenção nas aulas, eu faço de tudo para tirar notas boas e nunca precisar ficar de recuperação. Deus que me livre ter que repetir de ano de novo novamente, ainda mais sendo o último. 

— Ótimo, preciso que fique e cuide de sua irmã hoje — ela simplesmente disse.

— O quê?! Não posso fazer isso, tenho coisas para fazer — eu estava mais preocupada em como eu faria para satisfazer meu vício se fosse cuidar de Laura. É quase impossível, já que eu não poderia tirar os olhos dela nem por um instante. E apenas em pensar na dificuldade que será o dia de hoje, já começo a ficar levemente excitada. E esse é o problema, fico excitada por tudo.

Droga de ninfomania.

— Você não tem nada para fazer, Nanda, não vai te custar nada me fazer esse favor.

— E até que horas eu tenho que cuidar dela?

— Só até Deric chegar. Ele tem algo importante hoje no trabalho e vai chegar só mais tarde. Agora, vai cuidar de Laura ou não? Preciso ir trabalhar.

— Certo, eu cuido, já que não tenho outra opção.

Dessa forma, minha mãe se despediu de mim e saiu, indo trabalhar. Então, já que não vou para a escola, mandei uma mensagem para Taylor avisando. Durante o tempo seguinte, eu apenas fiquei tomando meu café, sem comer nada. Eu tinha que aproveitar a paz na casa enquanto minha irmã não acorda. No entanto, esqueci totalmente da outra presença na casa, e se eu tivesse sido um pouco mais esperta, teria ido para meu quarto antes mesmo de Deric sair do seu.

— Bom dia, Nanda.

— Bom dia — resmunguei, sem paciência para aturar qualquer mínima coisa. — Se me der licença, tenho que subir — lhe disse, me levantando de onde estava sentada, logo colocando minha xícara suja na pia.

— Não demore, já estou saindo, e se não me engano, você vai cuidar da sua irmã hoje.

— Claro que vou, não se preocupe — respondi de mal gosto.

Subi as escadas rapidamente, com raiva de toda a situação. Toda a minha antipatia por Deric tem um motivo, por causa desse motivo eu simplesmente não consigo gostar dele, e algo lá no fundo me faz pensar que não posso confiar nele.

Depois de um tempo jogada em minha cama, eu finalmente escuto o barulho da porta se fechando e o som do carro saindo, e enfim, estava livre dele. E como estava sozinha e com Laura ainda dormindo, resolvi dar um fim à excitação que ainda estava sentindo. Porém, como nada é da forma como gostaríamos que fosse, tinha que ter algo para atrapalhar meus planos, e esse algo/alguém é nada mais nada menos que minha querida irmã, que se encontra batendo na porta de meu quarto insistentemente. 

Ninfomaníaca [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora