6- Surpresa

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Nanda

- Você não vai acreditar no que aconteceu ontem - Taylor disse, assim que me sentei ao seu lado num banco no pátio da escola.

- Meu Deus, quanta animação tão cedo - eu resmunguei, meio irritada pelo sono.

- Nossa, quanto bom humor - ele diz, sarcástico.

- Diz logo, por favor, estou com dor de cabeça - na verdade, minha cabeça estava explodindo, e a culpa é totalmente da quantidade de tempo que eu dormi, que pode se resumir a quase nada.

- Certo, certo. Então, o colégio decidiu que nós precisamos de um psicólogo.

- Qual motivo? Os alunos nem são tão doidos assim.

- Bom, parece que alguns alunos estão com dificuldade em muitas coisas, então seria bom para eles conversar com um especialista. Nós ainda não conhecemos o tal psicólogo, a diretora não tinha encontrado alguém ainda quando ela veio fazer o anúncio ontem.

Sendo assim, não demorou para que trocássemos de assunto, conversando sobre diversas coisas, inclusive sobre minha noite de ontem. Quando o sinal finalmente bateu, nós fomos para a sala.

Ao passar das aulas, sem orgulho nenhum, eu confesso que acabei dormindo em algumas, e por sorte os professores presentes não perceberam. Então, quando estávamos na última aula, a diretora entrou na sala, pedindo licença ao professor da vez e pedindo um minuto de atenção.

- Olá, alunos - nós respondemos seu cumprimento. - Como vocês devem saber, eu estava em busca de um psicólogo. Bom, eu finalmente consegui achar, e confesso que até bem rápido - ela deu uma pausa, olhando em direção à porta, chamando alguém para entrar. - Por favor, deem as boas vindas ao novo psicólogo de vocês, Félix Clarke.

Nesse momento, meu mundo caiu. Eu não conseguia acreditar, porque não podia ser real que ele realmente fosse psicólogo ali. Primeiro, ele é psicólogo infantil, deveria trabalhar só com crianças, não?

Segundo, como caralho eu iria continuar nosso "rolo", por assim dizer, se ele vai trabalhar no colégio onde eu estudo?

Realmente, a surpresa que tive não é nada boa.

Eu já estava com medo quando a diretora anunciou seu nome, e fiquei apavorada quando o vi entrar ali. E para piorar, eu consegui ficar ainda mais apavorada quando vi, em seu olhar, o medo que ele também começou a sentir quando me viu entre os alunos, depois de cumprimentar toda a sala.

- Algum problema, senhor Clarke? - a diretora perguntou, percebendo sua inquietação

- Problema nenhum - ele respondeu, como se realmente não tivesse problema algum. Em seguida, a diretora voltou com seu pequeno discurso, o que deu a deixa para Félix continuar me olhando disfarçadamente. E também, foi a deixa perfeita para Ty me fazer suas perguntas, e é óbvio que ele não deixaria aquele pequeno momento passar despercebido.

- O que foi aquilo? - ele perguntou, me cutucando. Sendo assim, me virei para lhe dar atenção, já que ele estava sentado na carteira de trás.

- Lembra quando nós fomos a uma boate esse fim de semana e eu disse que sairia por ter achado alguém conhecido?

- Lembro...

- E lembra quando eu te disse que tinha transado com o amigo do meu padrasto? - eu perguntei, tudo com o tom mais baixo possível e tomando cuidado para que ninguém escute.

- Não me diga que... - eu assenti, sem esperar ele terminar, pois já sabia o que ele iria dizer. - Não acredito! E meu Deus, que bom gosto.

Ele então direcionou seu olhar para Félix, lhe dando um secada que talvez o tivesse deixado desidratado. Assim, eu também voltei meu olhar a Félix, que ainda dividia sua atenção entre a diretora, a turma e a mim. E logo percebi; ele notou a secada de Taylor nele, pois ficou meio desconsertado.

- Alguma chance de ele ser bi? - Ty me perguntou, ainda sem tirar os olhos do novo psicólogo.

- Não que eu saiba, mas se ele for eu te aviso.

Depois, o que eu fiz foi tentar prestar atenção no restante do que a diretora Ravena estava dizendo, que basicamente era sobre nós podermos conversar com Félix quando precisarmos, e eu pretendo fazer isso o mais breve possível.

Desta forma, minha ansiedade aumentou a cada minuto, me deixando inquieta, esperando ansiosamente pelo sinal indicando que finalmente a tortura havia acabado. Quando o som escandaloso finalmente se fez presente, não pela primeira vez eu fui a primeira a sair sala, procurando por uma sala especifica, torcendo para que ele esteja lá.

Chegando na tal sala, eu fiquei aliviada por tê-lo encontrado ainda ali, arrumando suas coisas.

- Ei! O que faz aqui? Por que veio trabalhar justo nessa escola? - eu perguntei, sem nem esperar que ele diga algo antes.

- Acredite, se eu soubesse que é aqui que você estuda não teria aceitado o convite da senhora Ramirez.

Ravena Ramirez, a diretora, não pode nem sonhar com o que está acontecendo aqui, ou pode acontecer algo realmente ruim.

— Seria bom fingirmos que não nos conhecemos enquanto estivermos aqui, assim evita problemas para nós dois — ele disse, depois de pensar por alguns instantes.

— Seria o correto a se fazer.

Seria, claro que seria, se eu não tivesse a imaginação fértil demais e não estivesse imaginando como seria transar com ele na biblioteca, na sua mesa em sua sala, no banheiro, em alguma sala de aula ou até mesmo na sala da diretora, obviamente sem que ninguém saiba.

— E também seria correto eu ficar longe de você, ao menos nesse momento, então é melhor eu ir — eu disse, antes de sair dali rapidamente, sem esperar respostas da parte dele.

Então, o que eu fiz foi ir para casa, torcendo para que não tivesse ninguém lá, justamente por precisar de privacidade.

Ser ninfomaníaca realmente não é fácil, às vezes é até vergonhoso. Um exemplo? Imagine uma coisa que deveria ser triste ou até mesmo estressante. Pois bem, para uma ninfomaníaca, é excitante, e não pela situação ser excitante, e sim por saber que a forma para aliviar o corpo de qualquer problema seja o sexo.

Sem orgulho algum com isso, a primeira coisa que eu faço ao encontrar minha casa vazia é aliviar meu corpo, aliviar minha necessidade, meu vício.

E mais uma vez, na privacidade de meu quarto, eu me masturbo, como já fiz diversas vezes, e como tenho certeza que ainda vou fazer. E enquanto eu me aliviava com meu vibrador, eu só conseguia pensar em como queria que fosse Félix ali.

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O capítulo foi menor que o de costume, mas não tem taanta diferença. Eu espero que vocês estejam gostando.

Não esqueçam de comentar e deixar a estrelinha, é muito importante.

Obrigada por estarem lendo ♥️

Ninfomaníaca [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora