A Escolhida - Continuação de A Escolha

Vinte e Um

Nota da Autora: Quem diria que eu ia ter que pesquisar sobre Italiano! Lembrando pessoal, quem quiser entrar num grupo do whats, só mandar o número por privado!  Bj ♥

           Estávamos nas espreguiçadeiras da praia. Finalmente estava ventando menos, e a areia parou de voar em nossos olhos. O sol estava a pino, e afastava o frio do inverno, apesar disso, ainda usávamos agasalhos. Maxon dormia ao lado como um bebê. Ele vinha gastando todas as suas energias de noite.

           Ocupei-me lendo algumas revistas que alguém tinha levado durante o nosso jantar fora da casa, na primeira noite. Eu estampava a capa de todas elas.

           Em uma das matérias, o foco foi o meu vestido, e quem era o estilista tão talentoso. Mary parecia tímida, mas com os olhos brilhando de orgulho. O artigo fazia vários elogios a ela, e se estendiam a Lucy. Inúmeras pessoas famosas, como a própria Nicoletta, acrescentavam ao fim da página que sem dúvidas iriam querer vestidos feitos por Mary. Pelo visto ali se iniciava a sua carreira como estilista profissional. Ela merecia todo o reconhecimento.

           Minha irmã mais nova encabeçava muitas matérias também. Pelo visto tinha se tornado a queridinha dos fotógrafos.

           Nossas peripécias durante o casamento não causaram má impressão. Na verdade nos descreviam como "loucamente apaixonados", e o pais inteiro estava comemorando conosco.

           Maxon se remexeu na cadeira. Já era nosso terceiro dia ali, e tínhamos passado cada minuto dedicado um ao outro. Depois daquele café da manhã que não saiu exatamente como desejado, ele cozinhou no almoço, e ficou tão bom que quase sai rolando da mesa! Tentamos assistir a um filme, porém não aguentamos o fim, e fizemos amor no tapete perto da lareira, e havia sido muito melhor que a primeira vez.

           A noite foi igual, e passamos boa parte acordados.

           A vida andava ótima, e eu já entristecia por não poder ficar aqui por mais tempo. Sabia que o país precisava de Maxon, e logo.

— Nós deveríamos dar uma volta. — disse, me assustando. Enrolei a revista em um cilindro e bati no braço dele.

— Você me assustou! — ele deu uma risadinha e se sentou, tentando arrumar o cabelo que estava uma bagunça. Não tinha o visto tocar em um pente desde que chegamos, e mesmo que ele arrumasse, eu não iria deixa-lo daquele jeito por muito tempo. A barba também tinha sido posta de lado, de modo que esta transformando o rosto dele. Parecia mais maduro. Nunca nem tinha pensado se ele tinha barba, simplesmente por que nunca tinha tido nenhum vislumbre dela.

— Vamos dar uma volta no vilarejo. Comprar alguns suvenires...

— Tem um vilarejo por perto? — falei espantada.