One

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Antes da história, eu gostaria de agradecer a minha querida amiga LolaKilgannon que betou essa One para mim. Muito obrigada pela ajuda e pelo apoio, você é incrível ❤
[...]

Seus pesadelos começam de maneiras diferentes, mas sempre acabam da mesma forma. Ele vê os olhos castanhos de Rhodes, os âmbar de Riley e os verdes de Natasha. Seus corpos caindo enquanto Sam tenta alcançá-los da maneira mais rápida possível. Ele sente o vento passando por seu rosto como se fossem agulhas perfurando sua pele, sente os olhos se enchendo de lágrimas e lutando para se manterem abertos, enquanto isso, observa a expressão de seus amados amigos perderem vida.

Ele acorda antes que a ponta de seus dedos possam alcançar qualquer um deles. É algo que o frustra, o assombra e o consome todos os dias: a culpa, o luto, a indignação, o medo.

A terapia ajuda muito. Sua terapeuta o escuta como ninguém jamais o escutou, e é bom poder colocar tudo para fora, sem freio e sem medo de ser julgado ou de machucar alguém. Bucky também têm feito acompanhamento. Foram quase dois meses de insistência de sua parte, mas o super soldado parece cada vez mais confortável com as sessões. Ter o apoio de seu colega de apartamento, companheiro de batalha e amigo, também tem sido essencial. Ele sempre sabe quando estar lá para apoiá-lo e quando o necessário é apenas lhe dar espaço, e em retribuição, Sam tenta fazer o mesmo por ele.

E é exatamente por isso que Sam não pode, de maneira alguma, se deixar levar por seus recém descobertos sentimentos.

Ele tinha esperança de que estivesse apenas confundido sua afeição por Bucky por algo a mais, depois esperou que fosse algo passageiro, mas falta pouco para o Natal e seus sentimentos só parecem se intensificar com o passar dos últimos três meses.

Desde os primeiros sintomas, Sam tentou se manter o mais afastado possível. Mergulhados em missões, ele tentava focar toda sua atenção em lutar contra agentes da hydra e ajudar o máximo de pessoas possíveis, limitando suas interações com o parceiro para atualizações sobre o perímetro, o número de pessoas machucadas e o de agentes apreendidos.

Até mesmo aceitou a sugestão de sua irmã e deixou que ela lhe arranjasse um encontro às cegas com a esperança de seguir em frente, mas desmarcou o compromisso de última hora, utilizando uma missão falsa como desculpa.

Ficar longe de Bucky, aparentemente, não era tão fácil quanto pensava, e quanto mais relutava, mais próximo se via do soldado. Não era apenas o fato de que Bucky parece estar sempre ali, seja no apartamento que compartilham, quando vai visitar sua família ou fazer compras no supermercado, mas também porque antes de qualquer interesse romântico, James é seu amigo em primeiro lugar. Uma das pessoas em que mais confia e que se tornou tão necessária com o passar dos últimos meses,  que sua ausência está longe de passar despercebida.

Talvez seja por isso que ele tenha desistido de se afastar de Bucky. E ele quase se arrepende de sua decisão quando sente o pé do mesmo se colocar no meio de seu caminho, consequentemente fazendo-o tropeçar.

No meio da rua.

Enquanto tentavam fazer as compras de Natal.

Durante suas férias.

Ele não deveria se surpreender, afinal a rotina de piadas sem graça e pegadinhas que (muitas vezes) passam dos limites, são uma grande parte de sua relação. Mas não faz com que ele fique menos irritado.

Sam dá um soco no ombro de Barnes, que está tão distraído com algo no chão que nem desvia do golpe.

-Porra, Barnes!- exclama fazendo com que Bucky finalmente o encare, parecendo um pouco perdido- Sinceramente: quantos anos você tem? Eu vou te socar de novo, seu idiota!

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⏰ Last updated: Dec 11, 2020 ⏰

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Olhos AzuisWhere stories live. Discover now