Extra 06 - Tédio

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Capítulozinho extra pra da contexto a nova capa

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Capítulozinho extra pra da contexto a nova capa. Tá uma gracinha né? Tô besta até agora. Foi feita pela maravilhoso da mafê, segue ai o @ do ig dela >>> @/muffinzinhuu

Era uma tarde pacífica no apartamento 190 e Akaashi descansava no sofá. Na TV, passava uma série que ele havia desistido de entender há tempos. Já estava em seu quinto estágio de sono e a Netflix cansou de perguntar e havia alguém assistindo.

Sugawara não estava melhor do que ele. Depois de virar a noite corrigindo provas, trancou-se no quarto na intenção de tirar ao menos um cochilo.

Com seus responsáveis cansados demais para prestar atenção neles, Kenma, Shouyou e Tobio tinham o apartamento inteirinho para eles. Aprontaram de tudo. Desde comer os doces de Akaashi escondidos atrás do balcão da cozinha, até passar tempo demais na banheira, fingindo estarem em uma enorme piscina.

Jogaram videogames, leram histórias em quadrinhos e gritaram coisas aleatória pela janela, só pra ver as pessoas que passavam na calçada olhando confusas para cima.

Todavia, depois de um tempo eles ficaram sem ideias. O espaço dentro de casa era limitado, e eles não tinham permissão de sair sozinhos. Kenma até mesmo tentou ligar para Bokuto do celular de Sugawara, questionando sobre Tetsurou, mas os irmãos estavam fora da cidade, passando aquele domingo ao lado dos avós.

Derrotado, o garotinho caiu no chão, de braços abertos.

— Descobri uma nova forma de morrer.

— Qual? — perguntou Shouyou.

— De tédio.

O garotinho ruivo deitou ao seu lado, imitando sua posição. Tobio estava sentado junto a eles, com o celular de Sugawara em mãos, buscava no Youtube uma maneira de se distrair.

— Vamo vê TV? — propôs Shouyou.

— Não tem nada de bom passando, e já terminamos a última temporada de Chefinho.

— A gente pode jogar aquele jogo de dançar.

— Eu tô cansado demais, e não podemos fazer barulho.

O garotinho ruivo rolou no chão, ficando de barriga para baixo. Ficar sem ter o que fazer era chato e estressante. Ele queria algo para se divertir, que enchesse seu pequeno corpo de emoção. Foi quando, como se uma lâmpada tivesse acendido em sua cabeça, Shouyou se levantou. Correu até o quarto, voltando minutos depois com tinta guache e cartolina nas mãos.

Kenma ergueu a cabeça, curioso.

— O que você tem aí?

Shouyou ergueu as mãos, balançando a caixinha com as tintas.

— Vamos pintar um cartaz! — animou-se, logo abrindo a caixa e despejando seu conteúdo no chão.

Mesmo achando a ideia coisa de gente do maternal, Kenma deu de ombros, juntando-se ao irmão. Era melhor do que contar quantos parafusos tinham no armário da cozinha.

Junto a Shouyou, ele pintou árvores e oceanos, prédios e aviões. O garotinho ruivo encarou sua obra de arte com orgulho.

— Pinóquio teria inveja da gente — disse, limpando o suor imaginário de sua testa com as costas das mãos.

— É Picasso, Shou. — Kenma riu. — Espera, eu vou no banheiro — falou, e ao se levantar, apoiou-se na parede. Seu irmão arregalou os olhos, ao que suas sobrancelhas se juntaram em confusão. Foi quando ele percebeu.

Sua mão estava lambuzada de tinta.

Retirou rapidamente a palma da parede, mas o estrago já estava feito. Sua digital estava por toda parte, o contorno perfeito dos cinco dedos. Olhou para sua mão e de volta para a parede. Ele era um meio homem morto.

Shouyou olhava para a parede, quase que hipnotizado. Enquanto Kenma procurava maneiras de fugir do estado sem deixar rastros, o garotinho ruivo pulou, colocando as duas mãos na parede, rindo ao ver o resultado de seus dedos coloridos na superfície até então sem manchas.

— Shouyou!

Ainda rindo, ele olhou para Kenma, apontando para a parede.

— Tem mais espaço!

— Bem, ao menos não vou ser mais enterrado sozinho. — Ele deu de ombros. Lembrando das palavras que Tetsurou lhe contou na semana passada: "Quando se ver na merda, meu mago, pise nela com os dois pés."

Jogou mais um pouco de tintas em suas mãos, batendo um hi-5 com Shouyou para que sua palma também ficasse colorida, começaram a bater com as mãos na parede.

Do outro canto da sala, Tobio segurava o celular com a mão esquerda no alto. Olhando os contatos de Sugawara, ele deduziu que o "T" era de "Tooru" e não de "Traste rico" e acabou por iniciar uma chamada em vídeo com seu pai. Alheio ao que acontecia atrás dele.

Enquanto conversava animadamente com seu filho, Oikawa acabou notando a bagunça que estava acontecendo.

— Reizinho, vira um pouco o celular para o lado. Isso. — Com a nova posição, ele pode ver claramente Kenma e Shouyou rabiscando a parede da cozinha.

Oikawa não estava acreditando no que seus olhos estavam vendo. Ele começou, ao ver o rosto apavorado de Kenma ao ouvir a porta do quarto de Sugawara se abrir, seguindo de seu grito:

— Minha parede!

Naquele dia, os três jovens pais aprenderam que não apenas mente vazia, mas criança entediada também poderia ser oficina do capeta. 

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