1 Coríntios 13:4-7

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"O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com injustiças, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

Não importava no que ela pensasse, sempre resultaria em escândalo. Coisa que ela não queria.

Jennie já havia presenciado situações do tipo, mas essa era diferente pelo fato de que não há uma pessoa que ela confie no momento.

O tempo houvera de acabar e a mulher ainda não sabia o que fazer.

Com a pressão que estava sofrendo com o olhar do pecado Luxúria, falou-lhe qualquer coisa que veio em sua mente.

- Eu sei que já pagamos a conta e que estávamos prestes a ir embora, mas agora eu estou com fome. Será que podemos ficar mais um pouco?

Um bom plano, com isso ela teria mais tempo.

Contudo, Jungkook era esperto. Ele já estava desconfiado, e com essa mudança repentina de querer ficar, a sua desconfiança virou certeza. Ele era educado e simpático apesar de tudo, mas tudo isso tem seus limites e sua paciência estava chegando ao fim.

Ele se acomodou na cadeira, mas não foi para terminar o almoço e sim para ter uma conversa que não chamasse muita atenção.

A humana queria agradecer pelo pecado ter ficado, sobretudo não era essa a sua real intenção.

- Obrigada.

- Acha que eu sou idiota?

- Quê? Não!

Ela achava sim.

- Vamos esclarecer uma coisa: você não confia em mim e eu não confio em você, mas nós dois confiamos no Jaebeom.

- Onde você quer chegar?

- Eu que te pergunto! Por que decidiu ficar? - estressado.

Ninguém podia julga-lo, ele tinha as suas razões.

- Você - continua - não está bêbada pra estar falando bobagens sem sentido, acho até que está bem consciente. Então o que é? Eu tenho cara de idiota, é isso?

- Claro que não! Só me deu fome agora, foi isso.

- Mas eu perdi o apetite.

Luxúria levantou-se e tomou o restante do vinho que ainda tivera em sua taça.

- Pode ficar se quiser. A conta já está paga mesmo.

Ele estava indo embora, mas ela precisava de ajuda.

Em outras situações ela desejaria ter o JaeBeom ao seu lado, mas naquele momento ela só tinha o Jungkook. Portanto, ela gritaria pela ajuda dele.

Porém, a paralisa das suas pernas não era coincidência. Ela tinha ligação com a dor de cabeça. E mais uma vez ela sofreria com as consequências.

Poucos instantes depois da separação dos dois, Jennie não podia fazer mais nada. Nem se mexer ou gritar. Ela estava se apagando como uma vela sendo assoprada. Em seus últimos segundos de consciência, ela chamou pelo nome da pessoa que ama, como gesto de esperança.

- Lim Jae Beom. - baixinho.

Sua cabeça bateu na mesa e provocou o que ela mais temeu que acontecesse, um escândalo.

Com o repentino tumulto vindo de dentro do restaurante, o pecador lembrou-se do pedido que o seu companheiro de fuga fez, "Cuide dela.". Então, preocupado, ele deu meia volta.

O carro estava na sua frente, ele poderia ir embora sem olhar para trás e esquecer a promessa que fez, mas não, ele voltou.

O que aquilo significava? Ele ainda não sabia.

As ações que cometemos podem ter ganho ou perda, sobretudo, naquele dia, seria ganho.

Por certo que não era o príncipe no cavalo branco que ela tanto desejou na infância ou a pessoa na qual ela chamou, mas mesmo assim ela estava sendo carregada nos braços pela pessoa que não confiava.

O pecado Luxúria nem esperou a ambulância chegar, ele a colocou no banco de trás e sentou no lugar do motorista, pisou fundo no acelerador e dirigiu até o hospital mais próximo.

Enquanto dirigia, sem o menor senso, ele sentiu uma presença desconhecida.

Era algo desconfortável de se sentir, algo um tanto quanto agonizante e que o fazia arrepiar. Segundo suas lembranças, era algo que ele não sentia há muito tempo, o medo.

Hospedada no melhor hospital da região, e, obviamente, em um quarto particular, ela adormecia em uma bela cama hospitalar.

Não era culpa dele, e ele também não se sentia culpado por Jennie estar na situação que está, mas alguma coisa o fazia ficar sério.

No momento, tudo estava estável, sobretudo ele deveria informar o Jaebeom sobre o que estava acontecendo. Era a obrigação dele.

O pecado pegou o celular e telefonou para o número agendado nos contatos: Lim Jae Beom.

Não demorou para que ele lhe atendesse.

- O que foi? - do outro lado da linha.

- Temos problemas. - sério.

O pecado Avareza sabia que o amigo era um causador de problemas, então sua pergunta foi obvia.

- Como assim? O que você fez?

- Até agora nada - debocha -. Mas muita coisa aconteceu. Onde você está?

- Eu ainda estou no trabalho, mas vou tentar sair o mais rápido que eu puder. Me fala o que aconteceu. Cadê a Jennie?

- O assunto é sobre ela. Ela desmaiou e estamos aqui no hospital, mas eu senti algo ruim vindo pra cá. Ah! E a Jisoo voltou pro Inferno.

Podia vir problema que fosse, a prioridade sempre seria ela.

- A Jennie desmaiou?! Como isso aconteceu?

- Você ouviu o que eu disse? A Jisoo voltou pro Inferno! E você está preocupado com uma humana?!

Havia algo que o pecador estava escondendo de todos e até de si mesmo. Talvez porque ele pensasse que não fosse real, mas era.

- Jennie é a prioridade agora. Depois vemos o que vamos fazer. Eu estou muito ocupado, ligo mais tarde.

A ligação acabou, contudo Jungkook ainda não sabia o que fazer com a duvida sobre o que era aquele sentimento ruim.

Porém, tudo o que ele podia fazer no momento era sentar na cadeira ao lado da cama e esperar.

A espera era longa e mil e um pensamentos vinham de uma vez só.

Ele precisava parar um pouco. Esvaziar a cabeça. Ou teriam mais problemas futuros.

Então ele relaxou.

Jungkook fechou os olhos e sua mente escureceu.

Um breu que fazia-o parecer que estava vagando à deriva pelo universo sem estrelas. Sobretudo, lembrou-se de uma melodia. Tal melodia essa que o fazia lembrar dela, a única que não saia da sua cabeça.

Comovido e deixando-se levar pelas emoções, ele cantou para ela, para que, em algum lugar, ela escutasse a sua saudade e, ao mesmo tempo, seu pedido de desculpas.

- "We were so beautiful
We were so tragic
No other magic could ever compare
Lost myself, seventeen
Then you came, found me
No other magic could ever compare
There's a room
In my heart with the memories we made
Took 'em down but they're still in their frames
There's no way I could ever forget, mmm

For as long as I live and as long as I love
I will never not think about you
You, mmm
I will never not think about you
From the moment I loved, I knew you were the one
And no matter what I-I do, ooh, mmm
I will never not think about you

What we had only comes
Once in a lifetime
For the rest of mine, always compare."
– (Never Not, Lauv)

Lucy is missingWhere stories live. Discover now