Capítulo 22

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Subo as escadas praticamente correndo antes de me esconder no banheiro. Estou com medo pelo que pode acontecer comigo e com o Victor sozinhos em um quarto, quem dirá se começarmos a nos vermos todo final de semana.

Já o vejo quase todos os dias na escola, e é agonizante sentir algo na minha intimidade toda vez que eu o vejo e não poder fazer nada. Não poder beija-lo e libertar esse sentimento enorme enquanto o sinto dentro de mim. E esse sentimento piorou ainda mais desde o dia do trocador. Antes, se eu o visse, sentia um frio na barriga descendo até a minha calcinha, agora não posso ve-lo que minha calcinha ja está molhada. E agora eu tenho que sair do mentira e arranjar um jeito de não perder completamente minha cabeça, ou minha sanidade na frente dele.

Respira babi, tudo vai dar certo, na verdade, nada vai acontecer, vocês so velhos amigos. nada mais que isso

Saio do banheiro e dou de cara com Victor me encarando, escorado em um móvel de madeira.

"O que foi?" Pergunto.

Ele me ignora e vai em direção a uma porta, então eu o sigo e percebo que o quarto que entramos é o dele. O que não foi difícil de decifrar, já que o quarto é basicamente todo preto e prateado, com poucas decorações.

"Bem você esse quarto." digo, mas sou novamente ignorada.

"Fique a vontade," Victor diz como se alguém estivesse o obrigando.

Me sento em sua cama silenciosamente e começo a olhar ao redor. As cortinas escuras tampam completamente a visão do lado de fora, é como se seu quarto fosse uma caverna escura e fria, como se nenhum tipo de luz ou sentimentos entrassem ali. Mas por algum motivo, estar naquele quarto, sentindo o cheiro dele espalhado pelo ar, me libertava, despertava a parte de mim que estava dormente até então.

"O que você quer fazer? Olhar fotos?" Pergunto.

Victor para do lado da janela e acende seu cigarro. Ele solta a fumaça quase que com medo de deixa-la ir, e por alguma razão me pergunto se ele já se sentiu assim em relação a alguém.

Tudo bem então," digo ao ver que ele realmente não está a fim de papo.

"Não tenho nenhuma foto aqui, o que você acha que eu sou? Um velho?" Ele diz, sem se importar muito.

Respiro fundo. Já estou começando a ficar nervosa como comportamento dele, sua bipolaridade me irrita

"Você é ranzinza como um," digo de braços cruzados, indo em direção a ele.

"Ranzinza?" Ele ri. "Por esse palavriado que você usa já deveria estar em um caixão."

"Isso se chama ser educada Victor , pra não chamar você de cretino egoista."

Me aproximo ainda mais dele. Tenho um serio problema de paciência, não precisa muito para eu ficar limitada e começar a discutir com qualquer pessoa que seja, e
Victor é muito bom em me levar para esse estado de ódio.

"Agora eu sou um cretino egoísta?" Ele apaga o cigarro e o joga de lado.

Victor me puxa pelo braço e me faz ficar entre ele e a parede. Acontece tão rápido que eu nem tenho tempo de revidar.

Ele passa as mãos pela minha cintura e desce até meus quadris, então olha para o meu corpo e logo sobe os olhos, olhando diretamente para a minha boca, e é aí que meu coração acelera ainda mais, e minha respiração decide me deixar na mão.

"Você não estava falando nada quando eu te fiz gozar."

Seus olhos olham para os meus tão perto que acho que vao me engolir, mas não reclamaria se isso acontecesse. Não, é claro que reclamaria, eu namoro

Sinto um fogo entre as minhas pernas aumentando cada vez mais, mas tenho que parar isso antes que aumente.

"Me solta," digo tão baixo que sai como um sussurro, e minha voz não parece nada firme.

Victor me encara sem falar nada. Nossas bocas estão tão próximas que sinto sua respiração como se fosse a minha, e ambas estão apressadas e ofegantes.

Ele dá um sorriso no canto dos lábios e se afasta de mim. Se vira de costas e vai até o canto do quarto, onde puxa uma cadeia e se senta nela. Ele me observa enquanto eu tento manter uma postura indiferente, fingindo que não tenho vontade nenhuma de pegar aquele belo rostinho dele e colocá-lo no meio das minhas pernas.

Mas deixo tudo isso de lado, já estou decidida, nada vai acontecer aqui, mesmo que meu corpo esteja pedindo por isso, "Melanie me disse que não aconteceu nada," digo tentando amenizar a tensão.

"Então ela descobriu?"

"Ela está com medo que você negue se te perguntarem," digo ignorando seu comentário rude.

"Ele não quer estragar a preciosa reputação dela?" Ele ri. "Porque seria tão importante se eu dissesse que nada aconteceu?"

"Você sabe o porquê."

"Não sei não" ele se faz de desinformado.

Não quero dizer a ele que os status da Melanie aumentou bastante desde que descobriram que ela 'transou' com o cara mais almejado da escola, e se descobrirem que ela estava mentindo, as coisas não vão ficar bonitas.

Rolo os olhos, me sento na cama e cruzo as pernas. Victor continua sorrindo para mim com sua covinhas a mostra, mas eu fico seria. Pelo menos eu tento.

Ele lambe os lábios enquanto olha para as minhas pernas, mas viro o rosto para a janela e finjo que não percebo.

"Você se divertiu?" Ele pergunta: Olho para ele de canto de olho, mas não dou muita atenção. "Se divertiu hoje no jantar?"

Sua pergunta me faz olhar para ele instantaneamente. Me levanto bruscamente da cama e vou até a cadeira que ele está sentado, e para na frente dele.

"Se me diverti?" Pergunto irritada. "Eles poderiam ter visto tudo victor, você não tem ideia do que poderia acontecer se eles nos pegassem."

"Porque você está tão nervosa babi? Não precisa esconder que você gostou daquilo." Ele diz passando a mão na lateral da minha coxa. "Sei que gosta quando eu te toco, não se faça de dificil."

Não foi preciso muita coisa para eu começar a perder meu lado racional.

"Não estou me fazendo de dificil," digo com o coração batendo a mil.

"Não está?" Ele sobe sua mão até a parte inferior da minha coxa, e ainda sentado na cadeira, massageia entre as minhas pernas.

"Victor," digo seu nome com as pernas já fracas.

"Se solte para mim babi, não seja tímida.

Victor retira minha calcinha, e eu não faço nada para impedir, ao contrário, quando ele puxa minha mão, eu me sento em seu colo com a maior facilidade.

"Me diga, o que você quer?" Ele me pergunta, massageando minha cintura e minhas pernas que dão uma volta em seu corpo.

Achar uma resposta para essa pergunta não é tão fácil quanto parece, mas ao mesmo tempo, é uma pergunta óbvia. Eu só quero ele, nada mais.

𝙳𝚒𝚐𝚊 𝙼𝚎𝚞 𝙽𝚘𝚖𝚎┊ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᶜ̧ᵃᵒ ᵇᵃᵇⁱᶜᵗᵒʳ ♡Where stories live. Discover now