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Tinha acabado de chegar em casa e estava tomando banho.  Ouvi o telefone tocar, me enrolei na toalha pra atender.

? - Alô, você está em casa? Ouvi uma voz masculina.

S - Quem é?

H - Sou eu Hoseok.

S - Hobi!?

H - Qual o número da sua casa?

S - Setenta, casa 3, porque?

H - Abre a porta.

Eu estava tão confusa que nem estava raciocinando direito.

Abri a porta e Jhope estava na minha frente. De boné, máscara e roupas escuras.

- Posso? Perguntou ele olhando pros lados.

Abri a porta dando passagem pra ele.

Ele entrou e me olhou da cabeça aos pés, engolindo seco.

Olhei pra ele e me olhei, só então percebi que estava enrolada na toalha.

Corri pro quarto envergonhada, fechando a porta.

- Só um minuto. Gritei do quarto.

Coloquei um vestido largo, foi a primeira coisa que vi na frente.

Sai do quarto, e fui em direção a ele que estava aguardando no sofá.

- Quer beber alguma coisa? Perguntei meio envergonhada ainda.

- Me desculpe, eu... Eu trouxe um remédio pra sua mão. Disse ele me entregando um pacote.

- Obrigado! Não precisava. Disse me sentado ao seu lado e pegando o pacote.

- Deixa eu ver como está. Disse ele pegando minha mão.

Fiz cara feia quando ele retirou o pano, que era o mesmo que ele havia enrolado mais cedo.

Ele pegou a pomada e o curativo e começou limpar o machucado.

- Por... Porque você está aqui tão tarde? Perguntei  a ele.

- Fiquei preocupado com você. Disse ele concentrado em limpar o machucado.

- E... Eu fiz ou falei alguma coisa? Digo, algo que tenha deixado você chateado comigo? Perguntei olhando em seus olhos.

- Não, eu que sou um idiota. Disse ele.

- Porque você diz isso? Perguntei confusa.

Ele terminou de colocar o curativo e olhou em meus olhos.

- Porque... Porque... Porque eu não sei o que estou sentindo. Ele demorou um pouco pra completar a frase.

- Com assim? Perguntei sem entender.

- Eu acho que estou gostando de você. Disse ele me olhando nos olhos.

- Hã!? Perguntei arregalando os olhos.

- Eu... Tô meio confuso, não sei o que está acontecendo comigo. Por isso me afastei de você. Disse ele tirando o boné e passando a mão nos cabelos.

- Hobi eu... Eu sou sua fã, minha maior alegria foi quando você disse que podíamos ser amigos, eu nunca imaginei ser amiga do meu ídolo. Disse pegando sua mão.

- Mas eu posso não ser a pessoa que você imagina. Disse ele cabisbaixo.

- Mas na amizade você conhece o lado bom e ruim da pessoa e a respeita por ela ser como é. Assim como no amor. São parecidos e diferentes ao mesmo tempo. Entendeu? Perguntei.

- Não. Disse ele me olhando confuso.

- Meu amor por você é platônico, eu sou feliz por você ser do jeitinho que você é, e fico feliz de você querer conversar comigo, saiba que sempre que precisar eu estarei aqui por você. Independente de você ter uma namorada ou não. Disse segurando sua mão.

Falei isso pois sabia que ele tinha um rolo com uma dançarina.

Ele me olhou com um olhar interrogativo.

- Então? Podemos ser amigos? Perguntei sorrindo.

- Você não pensa em ter algo comigo, como vejo nas fanfics que as fãs fazem? Perguntou ele franzindo a testa.

- Não vou negar, mas vou te contar um segredo... Amizade as vezes é melhor que namoro, sabe porque? Porque você não tem que tentar agradar a pessoa o tempo todo, você pode ser chato, carinhoso, dar bronca e festejar junto sem sentir o peso de uma relação. Disse olhando em seus olhos.

- Você me deixa cada vez mais confuso. Disse ele rindo.

- Você está com fome? Eu tô morrendo de fome. Disse mudando de assunto.

- Está muito tarde eu preciso ir. Disse ele. Mas logo em seguida ouvi sua barriga roncar.

- Vamos comer primeiro, depois você vai. Tem kimchi... Sussurrei pra ele me levantando e indo até a cozinha.

- Como sabe que gosto de kimchi? Perguntou ele curioso.

- Esqueceu que sou uma army?Sei quase todo sobre vocês. Disse rindo.

- Que medo! Disse ele brincando.

Fiz cara de ofendida brincando.

- Então vamos igualar. Me fale sobre você. Disse ele se sentado no balcão da cozinha enquanto eu pegava alguns rámens.

- Sobre mim? Não tem muita coisa. Tenho 24 anos, passei minha infância na ilha de Jeju, com minha avó que me criou, vim pra Seul pra ser uma maquiadora e tenho o sonho de um dia abrir meu próprio salão. Acho que só. Falava enquanto colocava os pratos sobre a bancada.

- E seus pais? Perguntou ele.

- Não lembro deles, quando eles morreram eu era muito pequena.
Disse sorrindo.

- Eu sinto muito. Disse ele com olhar triste.

- Mas fui criada por uma avó maravilhosa que faz o melhor kimchi da ilha de Jeju. Disse empurrando o pote pra perto dele.

Ele abriu o pote e tirou uma lasquinha do kimchi.

- Muito bom mesmo. Disse ele comendo.

Comemos e conversamos sobre coisas aleatórias. Terminamos de comer, coloquei a louça na pia.

- Preciso ir, já está muito tarde e eu vou levar bronca. Disse ele olhando pro relógio.

- Muito obrigado pelo cuidado! Disse levantando a mão e rindo.

- Obrigado pelo delicioso kimchi da sua avó. Disse ele rindo.

Levei ele até o portão e me despedi dele.

Sunflower (JHope)Onde histórias criam vida. Descubra agora