E se tivesse sido assim?

E se a chloe consolasse o lucifer pos jantar em familia ?

Pov Chloe

O jantar tinha sido terrível.
Não, não para mim... eu até que aguentei bem, embora minha vontade de pedir para Deus esclarecer tudo sobre essa história de eu ser um milagre, eu me mantive serena.
Precisava aguentar para que o Lúcifer aguentasse.
Bom, estava tudo relativamente tranquilo, nada que eu já não tivesse presenciado antes: Miguel tentando provocar o Lúcifer, Amenadiel tentando acalmar os ânimos quando se alteravam, Linda olhando de um lado para o outro, tão perdida quanto eu na troca de farpas entre a família, e eu segurando a mão de Lúcifer e prestando muito atenção em como ele reagia à tudo.
Lúcifer estava mantendo a calma - ou o mais próximo disso- até que Deus fez um comentário sobre ele não saber o que é ter uma família e o que é se sacrificar pelos outros.
Lúcifer ficou magoado. Deus não sabia o que estava falando. Como era possível ele não perceber o tanto que Lúcifer havia mudado ?
Lúcifer levantou da mesa em um salto, olhou nos olhos do pai e disse:
L: Está dizendo isso para mim, ou para você mesmo?
Deus ficou mudo,e todos esperavam pela resposta que nunca veio.
L: foi o que pensei. Boa noite linda, obrigada por ... tudo - e saiu da casa o mais rápido que conseguiu
Olhei para Deus com reprovação antes de sair atrás dele.
Correndo atrás de Lúcifer com o coração apertado por vê-lo naquele estado.
C: Lúcifer, me espera- disse ofegante, mas ele já entrava no carro e com a voz em uma mistura de raiva e tristeza ele disse:
L: Chloe, nao sou uma boa companhia agora... preciso ficar um pouco sozinho... eu ... eu - ele socou o painel com o volante com tanta força que o carro tremeu.
Percebendo que era melhor fazer o que ele me pedia, disse
C: Tudo bem, eu entendo. Se precisar de algo basta me ligar tá bem ? Estou aqui por você.- tentei sorrir
L: Obrigada Detetive.
Sorri e assenti.
Lúcifer arrancou com o carro e foi embora.
Meu coração estava em frangalhos por ele... eu queria saber como ajudar..
Voltei pra dentro da casa de Linda, onde a encontrei limpando tudo sozinha. Aparentemente Deus e Miguel haviam partido e Amenadiel ninava Charlie na sala.
C: eu te ajudo com isso- disse empilhando os pratos em minha mão.
L: o que esta fazendo aqui? Deveria estar com Lúcifer!- ela repreendeu
C; eu queria estar mas... ele pediu para ficar sozinho... estava muito alterado.
L: Chloe, esse é o pior momento para deixá-lo sozinho e você sabe.
C: sim, mas... eu não sei o que fazer - confessei
L: olhe para mim Chloe
Fiz o que ela pediu
L: o Lucifer precisa de você. Você precisa ir agora. É isso que tem que fazer - ela segurou minhas mãos - fique com ele.
C: obrigada linda! Vou fazer isso.
L: disponha.
Sai dali o mais rápido que pude, para minha sorte um táxi passava na hora, fiz sinal e ele parou.
Expliquei para o motorista o destino da corrida e pedi para que fosse rápido, ele não pareceu muito contente, então mostrei o distintivo e disse que era um caso oficial do departamento de polícia de Los Angeles. E assim atravessei a cidade em 15 minutos.

POV Lucifer.

Meu pai não tinha o direito! Ele não tinha moral nenhuma para dizer o que disse. Eu o odiava. Achei que poderíamos nos acertar mas isso era inconcebível!
Eu estava com tanta raiva que acabei deixando a detetive para trás sem carona. Mas eu sentia que não seria bom para ela ver o estrago que meu pai causava em mim.
Então pedi que me deixasse vir sozinho. É claro que ela entendeu.
Mas agora ali, sozinho na penthouse percebi que ela era a única pessoa que poderia me fazer voltar aos eixos. Ela era meu ponto de paz.
Mas eu sabia que se ligasse para ela, eu a preocuparia e não queria isso.
Então ali estava eu, largado no sofá, vestindo meu roupão e bebendo whiskey. Deplorável até mesmo para o diabo.
Suspirei em um misto de tédio e raiva
C: Atrapalho?
Me sentei rapidamente e olhei para o elevador.
Chloe estava ali, como se tivesse escutado meus pensamentos.
Ela era realmente incrível!
L: Detetive ? - disse confuso- o que faz aqui?
Ela saiu do elevador e caminhou lentamente até mim
C: sei que me pediu para ficar sozinho mas - ela remexia as mãos sem parar - mas eu não podia te deixar sozinho... não agora, não depois de tudo... mas se quiser que eu vá, eu vou entender.
Levantei rapidamente e a abracei, enterrando minha cabeça em seu pescoço.
L: nao, não precisa ir. Você é exatamente do que eu preciso agora.
Ela me abraçou de volta com força
C: E do que você precisa? - disse docemente
L: De Paz e tranquilidade - disse tentando segurar as lágrimas
Chloe fez com que Eu a olhasse nos olhos e disse
C: Você não é fraco por chorar Lúcifer. Talvez seja o homem mais forte que eu conheço, mas você precisa por para fora. - ela acariciou meus cabelos.
Quando olhei em seus olhos percebi que estava na hora de deixá-la ver esse meu lado. Então desabei em lagrimas, chorei de raiva, ódio e tristeza.
Chloe me abraçou o mais forte que ela conseguiu, senti que ela começava a chorar também. Naquele momento compartilhávamos sentimentos parecidos, mas o que prevalecia era a importância. Chloe queria arrancar a dor de mim, e eu queria arrancar a dor de mim mesmo, porém, não tínhamos esse poder.
Chloe dormiu comigo e pela primeira vez em semanas- desde que meu pai chegou- eu consegui dormir em paz, simplesmente por tê-la junto a mim, em meus braços. Eu me sentia invencível.