Capítulo 2

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Madara já estava exausto da gravidez e Hashirama encontrava-se o pai babão que sempre prometeu ser.

Ele emprestava roupas, comprava comidas estranhas no meio da madrugada e ansiava por poder comprar roupinhas.

Porém, Madara o torturava sem contar o sexo do bebê, o que ele realmente não achava que importava.

Mas adorava ver Hashirama pensando em nomes, e em comprar roupinhas e sapatos.

Era tudo muito adorável... porém...

O bebê não o deixava dormir, não enquanto Hashirama não chegasse em casa e conversasse com ele.

Madara considerava aquilo um ato de traição, até porque era nele que o filho se desenvolvia.

Ele tomou um banho, em uma tentativa falha de fazer com que seu bebê parasse de torturá-lo.

Quando nada que Madara fazia acalmava seu filho, ele simplesmente desistiu, vestiu um dos moletons de Hashirama — já que os seus não o serviam há eras.— e ansiou pela espera do marido.

Madara começou a ponderar se seu filho era exatamente como ele e por isso viviam naquela disputa por espaço e sono.

Ou apenas fosse igual à Hashirama e o odiasse. Poderia haver essa possibilidade.

Nenhuma posição em que ele se deitava se mostrava confortável, Deus ele odiava aquilo, mas era por uma ótima causa.

Às vezes Madara se perguntava como Hashirama ainda o suportava e o amava, ele estava chato demais, grávido demais...

O som da porta de entrada sendo aberta e fechada foi como música aos ouvidos do Uchiha.

Hashirama havia chegado em casa.

O coração de Madara já estava à mil, aquela gravidez o deixava instável e com saudade do marido o tempo todo.

— Querido, cheg...

— Você nunca vai parar com esse querido cheguei não é?— Madara o interrompeu, caminhando pela sala de estar e indo até ele.

— Você não gosta?— ele perguntou fazendo um beicinho, ele gostava até demais, nunca admitiria aquilo. Hashirama uniu as sobrancelhas e encarou os pés descalços de Madara.— Descalço Mada?

O Uchiha cruzou os braços e fez uma expressão brava.

— Meus pés tão inchados.

O Senju sorriu e estendeu a mão para trazer a cabeça dele até seus lábios, acariciando os cabelos do marido, Hashirama beijou a testa de Madara e tocou a barriga dele, em seguida beijou-o nos lábios.

O Uchiha puxou Hashirama até o quarto, como rotina e se deitou na cama, esperando Hashirama tirar o casaco, os sapatos e se deitar com ele.

— Está me chutando desde que anoiteceu. — Madara resmungou.

O Senju sorriu e se deitou na cama, erguendo a blusa — que sabia que era sua— e sorrindo para o marido.

— Oi, meu bebê.

Ele chutou em resposta e Madara os lançou um olhar revoltado.

— Vão em frente, finjam que eu não estou aqui.— ele resmungou.

O Uchiha poderia fingir ficar irritado com a interação deles, mas amava observar aquilo.

A luz fraca e amarelada do quarto o deixava sonolento, não que sua falta de sono não fosse agravada pela falta de Hashirama ali e pelo tamanho de sua barriga.

A part of us  - HashimadaWhere stories live. Discover now