Chamas da Ilusão -L.s

Capítulo 21.

Boa leitura!

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Assim que saí da floresta, senti sua presença novamente. Enquanto me afastava do muro inacabado, olhei ao redor procurando por ele, mas não o achei em lugar algum.

- Ei! Harry! — alguém me gritou. Era Diego que vinha correndo na minha direção — Tudo bem?

- Tudo — respondi e ri dele. Estava respirando ofegante — Parece que correu uma maratona até aqui.

- Quase isso — ele riu, se curvando e respirando fundo.

- Por que a pressa? — perguntei.

- Nada demais — ele voltou a ficar reto — É que eu e as meninas estávamos combinando de fazer uma fogueira hoje a noite. Sabe, só nós. Sem bagunça e nem nada, só para curtir — ele me olhou — Eu vim te chamar para ir. Está a fim?

- Você correu desse jeito só para me chamar? — ergui uma sobrancelha para ele — Acho que não precisava de tudo isso.

Ele riu.

- Eu sei, é que... — ele deixou a frase no ar.

Fitei ele por alguns segundos em silêncio e cheguei à conclusão de que era melhor me manter afastado dele. Tínhamos decidido que seria só amizade, mas acho que ele não estava levando essa decisão a sério.

- Desculpa, mas não vai dar — eu disse.

- Por que não? — ele pareceu chateado.

- Porque tenho muita coisa para fazer — comecei a me afastar lentamente, ainda com os olhos em cima dele — Sinto muito.

Virei de costas e comecei a andar, mas não fui muito longe.

- Harry, espera aí — senti sua mão segurar meu braço de leve e me puxar em sua direção, me forçando a virar o corpo e a encará-lo — Eu sei que você não quer nada comigo, mas... Eu queria saber por que não, entende? Eu fiz algo de errado?

Bufei.

- Não, Diego. Você não fez nada de errado, é só que... — fiz uma pausa, pensando em um jeito de dizer isso sem magoá-lo — Não dá. Eu não me sinto assim em relação a você.

- Você não podia me dar pelo menos uma chance? — ele perguntou.

Balancei a cabeça na negativa e, lentamente, puxei o meu braço e me livrei do seu aperto.

- Eu sinto muito.

Ele passou a mão no rosto e bufou.

- Quem é ele?

- O que? — me surpreendi com a sua pergunta.

- Quem é o cara de quem você gosta? Deve ter alguém, não é?

Olhei para ele, meio perplexo, e comecei a me afastar novamente.

- Eu não preciso gostar de ninguém para não querer nada com você — eu disse, sabendo que talvez estivesse sendo rude — Você está sendo idiota.

Me virei e apressei o passo para sair dali, mas ele foi rápido e me segurou pelo braço, me puxando em sua direção, assim como eu achei que faria.

Exatamente como da última vez, eu nem consegui me esquivar antes da boca dele estar na minha.

Mas aquele beijo não significava nada e não despertava nenhuma emoção dentro de mim. Muito diferente do beijo que Louis havia me dado.

Louis...