Extra

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— E se eles não gostarem de mim? — Zitao perguntou pela milésima vez desde que embarcaram no aeroporto.

Qian, que estava sentada no banco da frente do passageiro no táxi riu baixo.

— Tao, eu já disse que eles vão te amar! — Yifan riu, olhando para o ômega ao seu lado. — E caso não, o único que precisa gostar de você sou eu.

 Zitao sentiu um rubor em suas bochechas, sabendo que estava vermelho. Escutou a risada grave do Wu quando virou o rosto para a janela, querendo fugir do olhar do mais velho e ao mesmo tempo bater no lúpus por fazê-lo se envergonhar.

O motivo de todo o nervosismo do ômega era pelo simples fato de que em um belo dia Yifan apareceu na biblioteca, lhe convidando para passar as férias de verão junto com a sua família. De início, Tao tentou fugir com todas as suas forças, mas se até sua própria mãe se juntou com Yifan para fazê-lo viajar até o Canadá junto com o alfa, quem era ele para continuar negando. 

O problema era que, apesar de já ter conversado algumas vezes com alguns membros da família do Wu, nunca tinha os conhecido pessoalmente e Zitao estava morrendo de medo que as pessoas não gostassem de si. 

Pelo menos não teria que encarar aquela situação sozinho. 

Como prometido, Yifan o apresentou à Song Qian, a amiga da prima do lúpus que passou o ano novo junto com os Wu’s. Foi quase instantâneo que Zitao e Qian se tornassem bons amigos, chegando até mesmo a causar algumas crises de ciúmes no alfa, que alegava ter sido deixado de lado pelo ômega — e recebendo muito carinho e atenção por parte de Tao que realmente acreditava que o maior estava chateado. Óbvio que Yifan não se importava com a amizade dos dois, mas gostava de receber atenção do menor e por isso vez ou outra fingia estar triste —. E por sorte, Qian viajou junto com os dois para passar alguns dias com a família do alfa.

Quando o táxi estacionou em frente à uma casa de classe média, Tao podia jurar que seu coração iria sair pela boca a qualquer momento. O lúpus pagou o motorista assim que tirou as malas de dentro do porta-malas, fazendo uso de seu inglês perfeito para agradecer o beta que dirigiu. 

Outra coisa que o preocupou no início era a barreira linguística. Zitao não era o melhor em inglês apesar de conseguir se virar com o básico, mas a família de Yifan — e o próprio também — eram basicamente fluentes e isso assustou o ômega um pouco. Contudo o alfa o tranquilizou alegando que caso não se sentisse confortável com o uso da língua estrangeira, poderia se comunicar em mandarim pois sua família entenderia perfeitamente.

— Relaxa, Tao! — Qian disse após Yifan começar a caminhar na frente e deixá-los sozinhos na calçada. — Eles são legais. — sorriu confortadoramente para o Huang, que assentiu.

A porta da casa se abriu assim que os dois chegaram perto do lúpus e foi difícil assimilar quem poderia ser, já que além da altura de Yifan, o mesmo praticamente correu para abraçar a pessoa, a tampando de sua visão. Tao conseguiu escutar alguns sussurros entre os dois e mordeu o interior de sua bochecha; não podia fazer feio na frente dessa pessoa.

Quando os dois se separaram, a pessoa deu espaço para Yifan entrar e logo Zitao percebeu quem era a pessoa misteriosa. O formato do rosto, nariz fino, olhos escuros, cabelos longos e pretos, tudo lhe lembrava perfeitamente Yifan e Tao sabia que era Wu Xiuqin, a mãe do alfa.

Nem mesmo o clima frio do Canadá foi capaz de diminuir o calor de nervosismo que Zitao sentiu no momento.

A alfa lúpus cumprimentou Qian com um abraço apertado e a convidou para entrar também antes de voltar seu olhar para o ômega encolhido atrás da beta. Os olhos da Wu percorreram Zitao e o menor sentia vontade de sair correndo até que os lábios da alfa se partiram em um sorriso contente e a mesma fosse até si, o puxando para um abraço como se já o conhecesse há muito tempo.

Entre livros e atrasos [wyf+hzt]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora