➢ 42: "Eu quero o seu toque"

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> Lalisa

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> Lalisa

Eu estava assustada, o suficiente para que alguém conseguisse notar o meu nervosismo à distância.
Eu não faço a mínima ideia do que aconteceu com toda a minha coragem e capacidade em comunicação ao escutar "vinte e seis anos".

Eu devia pensar a cada segundo: são apenas pessoas, você não precisa se preocupar com isso.
E não entendo o porquê de tamanho nervosismo ao olhar um rapaz com a idade próxima ao vizinho.

— Olá, eu mesma — quem raios responde esse tipo de coisa para alguém? Deus, acho que vou enlouquecer —, obrigada por me convidar.

Certo, estou constrangida mas talvez, isso tenha passado em vão.

— Fique à vontade, Lalisa... — Taehyung… Ele era tão alto quanto o vizinho, tinham a mesma altura, cabelos escuros e olhos bonitos, ele era bonito além de ser gentil —, a casa é toda sua.

Eu sorri e me repreendi por ter deixado a Savana esperar no balcão de madeira da cozinha.
A casa era voltada em branco e mogno, pouquíssimo cinza claro e algumas pitadas de plantas aqui e acolá.

Eu me aproximei da bancada e percebi que a Savana estava bebendo um gole de cerveja, justamente às oito da manhã, o que há de errado comigo?

— Senta aí, gata. — Savana apontou levemente com a garrafa na direção do banco à sua direita, na esquina da bancada. Ela sorriu e continuou —, vocês pegaram uma estrada tranquila?

— Sim — respondi, me sentando no banquinho estreito e redondo — eu confiei no Jung-Kook e resolvi me arriscar um pouco.

Ela riu: — eu fico surpresa em saber que ele trouxe alguém.

— Como? — Eu estranhei a afirmação, pelo estilo da Savana, percebo que ela não enche a cara ao ponto do Jackson, e que tem um bom estômago também.

— É, oras… — Savana riu, tomando outro gole da bebida e a deixando no balcão —, ele nunca vem acompanhado de ninguém, nem mesmo do Jimin.

Ela ergueu os braços suavemente e com uma expressão sorridente, disse: — O Jung-Kook diz que a estrada à moto é um ritual sagrado e que só deve ser compartilhado com pessoas sábias.

Eu comecei a rir.

— Ele realmente te disse isso? — Perguntei, eu estava realmente nervosa, tanto que segurei a risada, e novamente, os meus planos estão saindo ao contrário.

— Sim, ele disse. — Savana oscilou a cabeça devagar. — Por isso, me surpreendo.

Eu não posso deixar de elogiar o seu corte, ela tinha uma espécie de cabelo mesclado entre o cacheado e o ondulado, castanho e era diferentemente lindo: — Perdoe, mas o seu cabelo é lindo.

— Obrigada, sou latino. — Savana respondeu, enfim, deixando a bebida de lado.

— O quê?

— Eu acho que não nos apresentamos corretamente. — Savana riu, estendendo a sua mão em minha direção: — Encantada de conocerte, sou Alondra Sánchez.

My Neighbor, A Bastard | Lalisa Manoban  Where stories live. Discover now