78- Renjun

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Sábado estava chegando e os três garotos iriam sair tudo graças a Jeno.

Bom ele um tanto de trabalho já que Jaemin se recusava a estar no mesmo local que o chinês. Tentou comprar o Na, mas não funcionou, ameaçou ele, contudo Jaemin tinha um ótimo argumento para ganhar de Jeno.

O Lee era sensível demais para sequer ameaçar dá-lhe um tapa, depois de um dia inteiro pensando o Lee descobriu o ponto fraco de Jaemin.

Jeno foi até sua casa para convencê-lo de sair e quando recebeu a resposta negativa deixou-se derramar lágrimas. Jaemin com uma expressão nervosa e apavorada por Jeno chorar tão repentinamente aceitou

Em menos de um segundo Jeno secou as lagrimas que escorriam pelas bochechas e sorriu.

Depois o Lee avisou Renjun que Jaemin iria com eles no sábado e o chinês adorou a idéia.

Na quarta feira Renjun apareceu com o cabelo mais escuro e com um corte diferente, a personificação do que significa beleza. Jeno se perguntava como que ele tinha conseguido ficar tão lindo, mais do que já era.

Enquanto se aproximava de Renjun agarrado ao pulso de Jaemin o puxando.

—Renjun— chamou parando em frente ao citado.

—oi Jeno, oi Jaemin— sorriu mostrando os dentes— bom eu já conheço o Jeno, mas não sei quase nada de você Jaemin.

—E-eu... É— gaguejou e sentiu o rosto esquentar.

— Ele gosta de ser chamado de Nana— o sorriso arteiro estava presente no rosto do moreno.

— pode me chamar de injun então, nana.

— e-eu v-ou... Nana vai até ali— se afastou dos dois indo para a mesa onde estava Hyuck.

— Ele fala em terceira pessoa?

— ele não fala— respondeu rindo e caminhado até a mesa junto do outro.

Os cinco estavam na mesa conversando aleatoriedades sem sentido e valor para a vida deles, até Manow aparecer chamando Jaemin.

Jeno sabia que o azulado nunca teria nada com ela, mas mesmo assim sentia um incômodo. A garota estava sempre puxando e chamando Jaemin por ai, era quase uma rotina diária ter a presença desta atrapalhando a conversa.

Haechan a encarava mortalmente, sempre sentiu ódio pela menina, que se jogava para Jeno sem vergonha alguma. Mas o moreno nunca sequer a notara.

Ainda mais depois que Jaemin entrou no colégio. Tudo era para Jaemin, toda a atenção, todo o tempo. Agora tudo era para Renjun também.

Haechan sabia que o amigo gostava dos dois, Chenle também sabia dos sentimentos do Lee, esse que nunca fez questão de esconder porem o Na era lerdo demais e Huang era alheio demais.

Assim que Jaemin se levantou da mesa Jeno revirou os olhos com tédio.

Já Jaemin era puxado para uma sala qualquer por Manow.

A garota que usava uma boina na cabeça e unhas extremamente longas quase machucando o pulso do azulado.

— o que você quer?— perguntou sem paciência.

— por que o Jeno estava triste?— cruzou os braços esperando uma resposta.

— Você me puxou até aqui para isso? Sério mesmo?

— ta, por que ele está com Renjun? Eles nunca se falaram.

— bom agora se falam.

— eles tinham que se afastar, você vai me ajudar.

Sem algum motivo em específico, algo dentro de Jaemin doía ao pensarem Renjun e Jeno separado.

— não, nem você vai— sua voz era séria, grossa e alta— eles estão muito bem juntos então nem tente em se aproximar— deu um paço em direção a menina— Jeno não gosta e nunca vai gostar de você.

Saiu sem esperar uma resposta, deixa do à garota para trás.

Estranhamente era bom dizer que Renjun e Jeno estavam juntos. Juntos, juntos, juntos, repetiu essa palavra até estar na mesa novamente.

Sentou—se no mesmo lugar de antes, tendo quatro pares de olhos sobre si. O encarando com curiosidade.

— o que horrorosa queria? Perguntou Haechan.

— Nada, só encher o saco.

— Anda conta— Jeno insistiu.

— ela disse que eu tinha que ajudar a separar o Renjun do Jeno ai eu falei que não— gesticulava com as mãos enquanto falava— e talvez eu possa ter ficado bravo com ela

— menino— Haechan tentou segurar uma risada escandalosa falhando miseravelmente sendo acompanhado de Chenle, Jeno e Renjun.

Durante a tarde, Renjun terminou de pintar mais um quadro começando automaticamente outro.

Em seu cantinho na sua casa ele fazia diversos quadros, as paredes outrora brancas eram manchadas por diversas tintas coloridas, formando uma visão até bonita no espaço.

Enquanto dava pinceladas leves na tela, sua mente viajava em um emaranhado de fios negros e azuis.

Podia estar sendo precipitado, já percebera os olhares do Lee para Jaemin, eram os mesmo olhos que ele olhava o Na.

E para surpresa de si mesmo, ele olhava com os mesmos olhos para Jeno também. O garoto que achou que nunca iria gostar de alguém está aqui, sentado num banco pintando uma tela, pensando em dois garotos

O pincel macio deslizava na superfície branca a manchando em cor, os traços formando uma imagem.

Os rabiscos feitos a lápis eram cobertos por camadas finas de tintas ainda frescas, aos pouco a enorme onda ia ficando pronta.

O mar com a onda se quebrando representava muito o sentimento de confusão.

Renjun se sentia num oceano pronto a se afogar em meio à maré alta e não sabia se queria aquilo.

Estava à deriva num oceano vasto e complicado de entender, o que sentia por Jeno e Jaemin era semelhante a encontrar dois barcos dispostos a resgatá-lo da imensidão de água e ter que escolher apenas um. Mas não queria isso, queria os dois.



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