Bar do China

🇬🇧 Reino Unido

Eu não costumava vender bebidas sem ser alcoólicas, e quando as vendia era no máximo água, suco e refrigerante para crianças que vinham acompanhadas dos pais. Mas teve um cliente que me fez vender café.

Seu nome é Reino Unido, e todo sábado ele se sentava em uma mesa distante quando não tinha ninguém no bar, então eu sempre me sentava ao seu lado, nunca conversávamos nada, afinal o inglês sempre olhava para mim e perguntava se havia café, e assim que eu negava ele se retirava.

Foi assim por um longo tempo, e depois de tanto tempo decidi vender café, se ele queria tanto eu pelo menos venderia um a cada sábado, e para minha surpresa outros clientes também compraram tal bebida

– Oh, obrigado mesmo – Eu volto a me sentar ao lado do inglês – Por sua causa eu comecei a vender café, e estou até que com um lucro bom com essa bebida

– Você gosta de café? – Reino Unido deixa seu celular em cima da mesa, ao lado de sua xicara da bebida referida

– Não muito, acho meio azedo, e com açúcar acho muito doce, enjoativo

– Então por que vende? – Eu me arrumo na cadeira, encarando o londrino com a cabeça um pouco virada

– Você não está feliz? Você sempre pedia café, agora tem – Eu aponto para a bebida em sua mesa ao falar, e ele suspira

– Você tem esse bar por que gosta dele, não? – Eu não sabia nada dele, e com certeza é o meu cliente que mais sabe de mim de alguma maneira

– Eu adoro o bar

Ele coloca suas mãos no joelho – Então venda o que goste, trabalhe com o que goste e se basta com o dinheiro que ganha

– Então! Eu adoro trabalhar no bar

– Mas não gosta de café. E aliás, como você consegue não gostar de café? É a oitava maravilha do mundo

– Como você consegue gostar? O gosto é horrível

– Viu? – Ele me aponta – Você não trabalha com o que gosta, você disse isso agorinha mesmo – É incrível como sempre que ele vem aqui ele dá um nó em minha cabeça. Eu acabei de dizer que trabalho com o que gosto, como assim eu falei ao contrário?