capítulo XIX

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Acordei revigorada, meu corpo estava leve, minha cabeça também. Como sexo era bom. Eu deveria fazer mais vezes, mas tem um serzinho dentro de mim que era muito exigente, e meu corpo não reagia com outras pessoas.talvez eu devesse me permitir mais, conhecer mais pessoas e experimentar o que o mundo tem a me oferecer.

Olhei para o lado oposto da cama, e vi que eu estava sozinha na mesma, uma onda de alívio percorreu meu corpo, eu não me sentia preparada para encarar meu chefe, depois da noite de ontem.

Me levantei da cama e alcancei meu celular ,já eram nove e meia.
Verifiquei as notificações e haviam algumas mensagens, mas uma em especial chamou minha atenção.
Era uma mensagem de texto, do meu chefe do mal.

"Ana Júlia , meu vôo sai às 8hs, não tive tempo de me despedir, seu vôo sai às 14hs, chegue ao aeroporto com uma hora de antecedência."

Agradeci internamente por ele não estar no andar de cima, e amanhã eu podia me preparar, para um " _ espero que saiba separar as coisas, aqui eu sou seu chefe, aquilo não deveria ter acontecido".

Ahhh, ele nem me conhece. Eu sei muito bem separar as coisas.
Apesar que ele deveria ter acrescentado na frase."nosso sexo foi incrível" mas ele nunca faria isso.

Aproveitei a minha estadia sozinha por algumas horas e fui tomar um banho de banheira bem demorado, e ao olhar meu reflexo no espelho, algumas marcas em meu corpo, me lembrando novamente da bela aventura da noite anterior.

******

Na segunda , meu dia foi normal como todos os outros dias que sucederam, Max não comentou se quer uma palavra sobre a noite do coquetel, o que me deixou muito aliviada. Apesar dele ter passado praticamente todos os dias trancado em sua sala.
Talvez ele estivesse fugindo de mim, o que seria uma tolice, pois eu não estava afim de tocar no assunto e muito menos repetir a dose. Talvez eu até queira, mas não agora.

Quando tínhamos assuntos do trabalho a discutir, ele estava mais maleável, houve uma mudança de comportamento, apesar que tinha momentos que sua alma de cavalo indomável hora e outra aparecia. Mas as vezes eu notava um olhar intenso.
Matheus sempre fazia alguma piada, uma provocação afim de nos lembrar da noite que passamos juntos.

Tínhamos uma grande projeto a ser concluído, um shopping em uma cidade vizinha, todos nós do escritório estávamos no projeto. Um shopping enorme com muita acessibilidade, e modernidade.
Eu sempre estava fazendo as visitas ao shopping com um dos meninos, já que eu não tinha ainda um carro, mas depois de dois meses fui obrigada a entrar em seu carro e permanecer duas horas ao seu lado.

Ver Max dirigindo era uma tentação, seus olhos fixos na estrada, era uma bela distração, durante o caminho conversamos de coisas aleatórias, o que me surpreendeu, já que ele estava meio que fugindo de mim nos últimos meses.

_ Ouvi você falando com o Matheus sobre estar procurando uma quitinete, mais próximo ao escrito.

_ você está muito abelhudo.

_ Estou nada, vocês que parecem dois namorados e não se desgrudam, falam pelos cutuvelos invés de trabalhar.

_ Está nós chamando de incompetentes? Disse com ironia.

_ Eu não disse nada disso.
Mas voltando ao assunto, na rua de trás do escritório tem um Studio, todo reformado de um amigo meu, você não quer dar uma olhada?

_ Quero sim, você pode me passar o contato dele?

_ Ele está no exterior, mas eu posso intermediar pra você.

_ Algum bichinho te picou chefe? Você está sendo legal.

_ Eu sempre sou legal com você Ana Júlia.

_Serio? Nem vou comentar.

_ Você não me acha legal Ana Júlia?

_ ahhh, quando você quer, é um doce.

_ Um doce bem gostoso não é?

Aonde esse idiota queria chegar, meu rosto chegou a queimar, eu olhei pra ele muda, sem resposta,e o chefe do mal com um sorriso de orelha a orelha.

Só Segure A Minha MãoWhere stories live. Discover now