Espada acorrentada

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Lenta, pesada

Arrastada no chão

Caminho tempestuoso

Peso calmo, som inodoro

Caminhada tempestuosa

Corrente tempo rosa

Correntes que arrastavam

Até onde o olho perdia a visão.


Tão grosa e volumosa 

Que pesava no olhar

Pesava no som do tinir

Ao encontro do chão

Tão pesada que pensar nela 

Cansava, exauria a mente.


Tão pesada que ao levantar a espada se via o chão teimoso.

Segurando ela na terra

Mãos não dariam conta

Tão pesada que pesava o corpo.

Tão pesada que pesava o peso do próprio braço da própria que teimava pegar a espada.


Tão pesada a pedra

Tão pesada a corrente

Tão pesada Escalibur.

Espada tão espada

Que ergueu um rei

Uma tábula

Um império

Um Arthur

Tão pesada corrente

Que parecia uma pedra.


Tão pesada, tão pesada

Pedra que aqui sairá

Escalibur

Tão pesada corrente pedra

Tão pesada pedra túmulo

De menino rei Arthur.


Poesias e Contos de UbiratãnOnde histórias criam vida. Descubra agora