Capítulo 2

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A senhora me recebeu com um enorme sorriso nos lábios, o que já me fez adorá-la logo de cara. Ela me pediu para entrar, e não lhe recusaria algo tão simples.

— Bom, como vocês são novos moradores, é nosso dever, trazer algo gostoso para que possam comer. — Expliquei, sorrindo o tempo todo.

— Devo confessar que o cheiro está maravilhoso. — Contou, e logo o senhor que vi mais cedo entrou na cozinha.

— Bom dia. Sou o Gerard. — Apresentou-se, extendendo a sua mão para que eu apertasse, e foi o que eu fiz.

— Sou a Melissa, prazer. — Apresentei-me, sorrindo.

— Meu filho irá adorar essa torta. — Dona Camile comentou.

Ela me pediu para que sentasse e esperasse alguns minutos para poder conhecer seu filho. Cujo nome era Mattew. Segundo ela, ele não demoraria no banho, e como ainda não estava na hora do meu almoço, resolvi que esperar mais alguns minutos não seria problema algum.

Logo ouvi o barulho da escada, e ela apontou para a mesma. Após isso, um menino alto apareceu apenas de bermuda, e se encostou na porta.

— Mattew essa é a Melissa, nossa vizinha. — Apresentou-me para seu filho, no mesmo instante ele veio andando até onde eu estava.

— Oi, é um prazer. — Afirmou, dando-me um beijo na bochecha.

— Olá. — Sorri timida.

— Não nos conhecemos de algum lugar? — Perguntou e tentou lembrar, pelo menos foi isso que pareceu colocando uma das mãos no queixo.

— Acho que não. — Respondi, e naquele momento acabei lembrando-me da noite anterior. Era ele.

Ele sorriu debochado como se houvesse lembrado exatamente da onde me conhecia, e morri de vergonha por isso. Dei uma pequena desculpa de que precisava ir para casa, e saí de lá o mais rápido possível.

Corri direto para o jardim que ficava atrás da minha casa. Lá era o meu ponto de paz. Fiquei pensando no que diria a minha mãe, se ela soubesse que eu beijei ele sem mais nem menos. Ela odiava meninas assim, e sempre deixou bastante claro para mim.

Tentei ignorar isso e voltei para dentro de casa. Tudo estava silencioso, e preferi que tudo continuasse daquele jeito.

— Como eles são? — Perguntou minha mãe.

— São bem legais. — Respondi enquanto almoçava.

Contínuamos conversando durante o almoço, meu pai normalmente almoçava fora. Eram raras às vezes que almoçavamos juntos, como uma família, mas pelo menos no café, e na janta era sagrado, todos reunidos.

Enquanto ajudava Barbara a recolher as coisas da mesa, como de costume. Minha mãe foi ver quem era que estava tocando a campanhia, e logo voltou com um envelope em suas mãos. Ela estava sorridente e parecia feliz.

— O que é isso mãe? — Perguntei curiosa, apontando para suas mãos.

— Um convite dos vizinhos novos. — Respondeu, entregando para que eu lesse.

— Sobre? — Insisti, sem abri o envelope.

— Irão fazer um churrasco amanhã para a vizinhança, com o objetivo de conhecerem a todos. — Explicou.

Logo fui para o meu quarto, tomar um banho. Vesti meu uniforme e fui caminhando pela rua até a loja dos meus pais. Havia bastante movimento, e era um sacríficio ter de atravessa-las às vezes.

Um Novo Alguém (DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now