Por que comigo?

O que tá acontecendo?(últimos capitulos)

Dois meses depois.

Era um lindo domingo ensolarado, a família estava reunida a beira do lago, fazendo um belo piquenique como s3 fossem pessoas normais.

Dillam estava grudadinho em Dipper, não queria sair do colo de seu pai nem por um segundo. Já Daphne não se separava de Bill, ele era agitado e ela também, então os dois viviam fazendo trapalhadas.

Vick estava nadando e se divertindo com Will, enquanto os pares dos dois babavam por eles. Mabel e Pacífica não estavam ali pois tinham ido se curtir sozinhas.

Estava tudo normal, como um dia perfeito em família... Até agora.

Pov Star.

Estava ao lado do Glefful, apreciando minha Lobinha enquanto nadava e me provocava com aquele maiô que deixava sua cintura a mostra e tinha um decote generoso. Sentia meu peito queimar em ciúmes quando avistava algum engraçadinho olhando-a com segundas intenções, era tão difícil perceber que ela tinha namorada? Ou a aliança de rocha Solar em seu dedo não era suficiente?

Suspirei pesado, tentando não me descontrolada e pular no pescoço do muleke. Mas minha atenção foi totalmente tomada para o meu peito, onde o cristal estava, qual começou a brilhar. Uma luz rosa que superou até meu feitiço, o que atraiu a atenção dos que estavam em volta.

— Mana, o que é isso? — Will perguntou, quando se aproximou junto da Vick.

— N-não é nada que tenham que se preocupar. — Disse rápido, agarrando o cristal, que agora não estava mais invisível.

— Amor... Não acha melhor contar? Eles merecem saber. — Ela passou a palma por minha bochecha, usando seu polegar para acaricia-la. — E se for algo importante? — Vick era a única que sabia sobre o cristal e o que ele guardava. Nunca me atrevi a contar aos meus irmãos sobre ele.

— Star, o que você está escondendo da gente? — Foi a vez de Bill perguntar. Suspirei e pedi para que todos se aproximassem.

— Bom... Eu nem sei por onde começar. — Já sentia meus olhos marejarem, mas logo minha mão livre foi tomada pela da minha, me passando um pouco de coragem para continuar. — Esse colar guarda uma coisa que eu venho escondendo de vocês desde aquele dia. — Encarei meus irmãos, tirando o colar de meu pescoço e segurando na frente dos dois, deixando com que brilhasse. — Esse cristal... Guarda a Alma perdida de nossa mãe... — A esse ponto eu já não conseguia segurar as lágrimas. — Ela conseguiu se guardar aqui antes de que nosso pai acabasse com seu corpo físico, e desde então eu venho escondendo ela. Eu não tive coragem de contar antes por medo, eu tinha medo de vocês ficarem com raiva de mim por enconde-la todos esses anos. — Soltei em um único fôlego, me sentindo mais leve depois de revelar tudo.

— Mas ele nunca havia brilhado desde a morte da mãe de vocês. — Vick terminou, enquanto me puxava para seu peito e me abraçava carinhosamente. Ela sabia o quanto aquilo me doía.

Um silêncio se instalou ali, ninguém se atreveu a falar nada por longos minutos. A única coisa que se ouvia era nossas respirações e os resmungos de meus sobrinhos, quais até me deixavam mais calma.

— Star... Você achou mesmo que ficaríamos com raiva de você? — Bill sussurrou rouco, sua voz parecia de choro. E quando consegui encara-los vi que os dois choravam, os olhos em tom lilás pela tristeza e surpresa da notícia. — Você fez isso pensando no melhor para nós, e já somos maduros o suficiente para entender a situação, não acha? — Me ofereceu um sorrisinho sapeca e logo abriu timidamente os braços, depois de deixar Daphne no colo do meu cunhado. Não me demorei e o abraçei apertado.

— E-Eu também quero. — Will se pronunciou, sua voz manhosa e chorosa. Nosso pequeno bebê chorão.

Eu e Bill nos olhamos e logo estávamos abraçando nosso pequeno caçula, sorrindo como uma família feliz. E eu estava feliz, finalmente tínhamos paz depois daquele trágico dia.

Nos separamos lentamente, indo cada um com seu par, mas ficamos em um roda na grama.

— Mas então é a primeira vez que ele brilha assim? — Bill perguntou, visto que o brilho do colar só ficou mais intenso.

— Não, já é a segunda vez. A primeira foi depois de um sonho que eu tive com ela.

— E como foi esse sonho? — Pra minha surpresa, foi Dipper que perguntou. Olhei-o e tentei não me derreter com a cena dele amamentando o pequeno Dillam.

— Eu estava em um lugar que parecia o inferno, tudo à minha volta pegava fogo. Tinham algumas almas sendo torturadas, gritando por ajuda enquanto chamavam meu nome, como se eu fosse a única salvação. — Expliquei, tendo alguns flashes do sonho. — Eu estava vestida com uma túnica de seda curta azul e amarela, que tinham alguns detalhes em dourado. Estava descalça e por onde passava um pó rosa se espalhava. — Senti uma leve pontada em minha cabeça. — Em minhas mãos estavam duas espadas, que seguiam o mesmo padrão da túnica, minhas asas estavam abertas e pareciam apontar para um lugar em minha frente. Eu não conseguia para de andar, estava seguindo um caminho de cinzas, até que... — Abaixei meu olhar, sentindo as lágrimas quererem voltar.

— Até que..? — Dip me incentivou a continuar.

— Eu à vi. Estava sorrindo para mim, seus cabelos e olhos reluzindo em uma luz rosa bebê, que a deixava parecida com um lindo anjo... No seu pescoço estava o colar, também brilhando. Mas quando eu iria me aproximar mais, tudo sumiu e eu caí em um abismo escuro e frio... E então eu acordei, assustada e ofegante, com o cristal brilhando. — Enrolei o cordinha de obisidiana em minha mão, apertando o cristal entre meus dedos.

— Star, eu não entendo muito dessas coisas ainda, mas esse seu sonho pode ter sido um sinal do que você tem que fazer ou do que vai acontecer. — Agora todos nós prestavamos atenção no Dipper. — Pelas cores que você falou, lembram seus irmãos. — Ele falou meio acanhado, brincando com os dedinhos do Dillam. — E o lugar que você descreveu pode ser algo relacionado ao Kill. Já que ele não é tão ligado a vocês e sim ao Gillian, mesmo depois de tudo...

Todos suspiramos, é verdade que o Kill nos odeia e tem certeza que eu matei nossa mãe. Ele nos abandonou e foi viver como herdeiro do caos, junto do demônio que o corrompe cada dia mais.

Levantei meu olhar, encarando meus irmãos, eles também me olhavam. Nós três sentimos muita saudade do pequeno Kill, mesmo depois dele ter tentado me matar e quase ter levado a Vick junto comigo.,

— Acho que o Dipper está certo. — Will se pronunciou, com seu tom baixo e meigo. — Não duvido que eles estejam escondendo o corpo da mamãe até hoje, e como a alma dela está aí. — Ele apontou pro colar, fungando. — Ela não pode, ou não consegue, voltar pro próprio corpo.

Todos ficamos em silêncio, esse era um palpite incrível. Mas se fosse verdade, como iríamos libertar ela? E se conseguirmos.
Gillian continua tendo quase o dobro do nosso poder caótico junto, e a única que conseguiria derrotar ele está "morta".

— Amor... — Vick sussurrou em meu ouvido. — Seu poder caótico não é forte, mas o poder estelar que você herdou de sua mãe é muito maior e poderoso. Você tem uma coisinha ainda lembra? O reino antigo de seus avós está abandonado, mas a magia que tem naquela terra ainda pode te fortalecer. — A encarei assustada, como ela sabia o que eu tava pensando? E parece que ela percebeu, já que soltou um risinho e me olhou divertida. — Amor, ainda posso ler sua mente por causa da nossa ligação na minha parte Alfa.

Soltei um "aaahhh" lembrando desse fato, eu sempre esqueço dessa budega. É difícil se acostumar com sua namorada lendo sua mente quando você menos espera.

— Então acha que eu preciso ir até lá? — Perguntei receosa, não gostava de lembrar das ruínas que o reino de Estralina havia ficado.

— Não só você, mas seus irmãos também. — Sua mão veio até minha bochecha, fazendo um carinho suave antes de me dar um selinho gostoso. Ainda me perguntava como eu ficava cada dia mais apaixonada por ela.

— Ainda vai ficar de segredinhos, ou vão compartilhar a informação? — Dessa vez foi o Glefull, que nos escrava como todos os outros ali.

— Precisamos ir até Estralina.

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Feliz ano novo atrasado, beijinhos 😘😘