"Souvenir" - IMAGINE JEON JUNGKOOK - FANFIC FINALIZADA

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NOTAS INICIAIS

Oi gente, obrigada por terem favoritado e comentado no último capítulo!! Espero que gostem desse aqui também.

Vamos conhecer melhor essa brasileirinha...

CAPÍTULO 2

AUTHOR'S P.O.V

Era o segundo dia da brasileira na Coreia e ela mal havia saído do apartamento que o patrão dera para ela no Trimage, no centro de Seul. Quando chegou, a primeira coisa que fez foi organizar suas roupas no armário, que era grande demais para as poucas que ela tinha, mas pretendia conseguir enche-lo um dia. No começo, não conseguiu conversar muito com o homem que lhe dera o emprego, pois ele se dizia ocupado demais com algum assunto, mas assim que ele terminou o que estava ocupando suas horas, ficou conversando com a brasileira no telefone, ouvindo ela perguntar o que podia fazer pela cidade antes de começar a trabalhar pra valer.
Antes de conhecer seu chefe, ela trabalhava como ilustradora em uma empresa brasileira, fazendo histórias em quadrinhos e conseguia receber um salário que era o suficiente para que se bancasse sozinha em São Paulo. Já havia até conseguido receber alguns prêmios pelos desenhos que fazia e foi assim, inclusive, que Park Jum a conheceu. Ela tinha apenas dezoito anos de idade quando um de seus desenhos foi parar nas mãos do famoso animador coreano, que estava buscando por novos talentos. Quando Júlia recebeu uma ligação dele, não pôde acreditar no que estava ouvindo: queria que ela fosse ilustradora de uma de suas histórias. Diferente do que geralmente acontece com animes, que primeiro vêm a história para ser lida, os mangás, para depois ir para a televisão, ele já tinha algo sendo transmitido, mas queria que a história virasse uma HQ e, para isso, escolheu a brasileira. Não que as histórias que ele animava fossem parecidas com as histórias de animes e mangás, pois não eram. Eram algo inusitado e inovador.
Em um ano, ela conseguiu terminar a primeira história e obteve um bom dinheiro com isso. Ademais, acabou criando uma grande amizade com o animador, que acompanhara todo o processo dos desenhos de perto. Ele ia pelo menos uma vez por mês para o Brasil e ficava horas com a menina, perdiam noites e mais noites desenhando, conversando e criando um vínculo que ia além de algo entre patrão e funcionária. Com o sucesso da HQ após publicação, ele convenceu a menor a estudar mais sobre animações para um dia ela trabalhar com ele nos animes, não queria que ela ficasse apenas no 2D. A brasileira passou três anos vinculando sua graduação em letras com os estudos sobre animações, o que definitivamente não fora fácil e lhe renderam algumas rugas pelo estresse, mas estas eram praticamente imperceptíveis. Diferentemente do aspecto de seu rosto, seu humor era um pouco ácido demais e ela não era do tipo que aceitava as coisas fácil ou que sabia dar respostas educadamente para pessoas que ela sabia que não mereciam tal educação. Se ela não encontrasse motivos, desistia fácil de cativar amigos, o que nem sempre acontecia com suas paixões. Ela nunca desistia de suas paixões, fossem elas a arte, a poesia, ou as pessoas. Qualquer tipo de pessoa que a interessasse. Sempre ia atrás, até o fim.
Com 22 anos, ela decidiu que queria e iria trabalhar com animação, o que deixou Jum muito contente, pois sabia que ela teria muito sucesso e queria, mais que qualquer outra coisa, ter a garota trabalhando em sua empresa. Para ele era como um investimento. Portanto, para que a dinâmica de trabalho ficasse mais fácil, ele cedeu um de seus apartamentos na Coreia para ela, no famoso Trimage:
- Você é maluco! - Ela ria enquanto falava com ele no telefone. - Não precisava de tudo isso! Um apartamento com um quarto, uma cozinha e um banheiro já era o suficiente... - Júlia ainda estava admirada com cada canto daquele ambiente. Mesmo não tendo uma visão tão privilegiada do rio Han quanto o prédio da frente, ainda podia admirar o belo condomínio.
- Ju, eu confio no seu trabalho, você tem que entender isso. - Explicou Park Jum para ela. Nos dias de hoje, o vínculo que começaram a criar quatro anos atrás ia mais além e ele tratava-a como uma filha, mas uma filha que lhe daria muito sucesso. - Agora descansa, você tem todo o tempo do mundo para começar os desenhos. - Essa fora a última coisa que o coreano aconselhou para Júlia antes de desligar.
Ainda cansada da viagem e por conta da diferença entre os horários dos países, ela pegou um cigarro e, encostada na janela de vidro, começou a fumar antes de se deitar para dormir na cama. Sabia que aquela fumaça e a nicotina destruíam seu corpo, mas ao mesmo tempo, a acalmavam intensamente e por isso não conseguia se livrar do vício. Enquanto ela soltava aquela fumaça pela larga janela de vidro, no edifício da frente, também no Trimage, Jeon Jungkook estava em seu apartamento, que tinha a janela de um dos cômodos virada para o quarto da brasileira, exatamente para onde ela estava com o cigarro aceso.