[...] and make me strong - view of Miranda

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Eu nunca esperei que essa noite eu acabaria nos braços dela mais uma vez, mas dessa vez foi diferente, dessa vez eu não tive dúvidas, eu só tive certezas. Então era assim, era isso que as pessoas falavam quando diziam fazer amor. Avaliando acho que nunca tive essa sensação, na verdade eu tenho a certeza de nunca ter feito amor com ninguém, até hoje, quando me deitei no chão e permiti que Andrea me amasse.

Foi a sensação mais espetacular que eu já senti.

Quando ela apareceu no lugar de Emily eu não esperava nada, ia pegar o livro e manda-la embora, como outras vezes eu já tinha feito, desde que Andrea voltou eu tenho tentado manter distancia dela, não por mim, mas por ela. Há tantas coisas que precisa resolver, precisava resolver minha vida antes de trazer ela para o meu mundo, para o meus caos.

A campainha tocou, achei estranho, as meninas estavam com o James, fazia tempo que não saiam com o pai e como ele estava na cidade permiti que faltassem a escola para aproveitar o dia com ele, mas elas tinham a chave, Emily também tinha e Stephen apesar de nem parecer que morava aqui, também a tinha. Abri a porta e Andrea me olhava nervosa, quase não a vi hoje durante o dia, estávamos quase indo para Paris e a semana estava corrida para mim, passei mais tempo fora da Runway do que dentro.

Ela estava linda, por um breve momento me perdi ao analisar sua beleza, mas cai na real novamente.

- Cadê a Emily? Por que ela não trouxe o livro?

Andrea me explicou que Emily tinha se machucado, nunca vi como era desastrada, nunca fora, mas desde o acidente parecia que sempre se machucava, ou eu que talvez não prestasse tanta atenção nela.

Ouvi o telefone tocar na cozinha, pensei que pudesse ser minhas filhas.

- Espere um instante.

Entrei na cozinha e no visor vi ser Nigel.

- Nigel, o que houve?

- Olá para você também, como foi seu dia rainha?

- Ah Nigel por deus me poupe de papo furado, diga logo.

- Gostou na surpresa?

- Que surpresa?

- Ah que certamente deve estar na sua porta agora, ou você fez a imbecilidade de manda-la embora Miranda?

- Como você... Emily está bem, não está? 

- Está ótima, fazendo umas tarefas que você solicitou.

- Eu não solicitei nada... Eu te mato Nigel, você me paga!

- Aproveite Miranda, aproveite as chances que a vida está te dando, de novo.

- Vou desligar. 

- Miranda espere...

- O que é?

- Vou querer detalhes sórdidos.

- Ah vá para o inferno Nigel.

Não creio que Nigel me aprontou essa, ele tinha armado para Andrea aparecer, ele sabia que eu estaria sozinha, eu mesma tinha lhe dado essa informação hoje pela manhã. Merda, ele tinha razão, não vou desperdiçar mais essa chance, talvez seja a única que terei. 

Marchei decidida a dar um passo adiante, eu iria derrubar de vez o muro entre mim e Andrea, teria que esclarecer o que faríamos, eu não poderia mais continuar fingindo que sua presença não me deixava ansiosa, eu estava quase enlouquecendo de saudades dela, de desejo por ela, por sentir mais uma vez seus lábios, suas mãos. 

Ela me olhou apreensiva, vi que ela se enrijeceu quando fui me aproximando. 

- Miranda, está tudo bem? - estará em breve querida.

- Não Andrea, não está. - ela fechou a expressão, vi a preocupação se formar em seu rosto enquanto eu me aproximava mais.

- Aconteceu algo? - sim, você me aconteceu.

- Não ainda, mas irá. - E de hoje não passa.

Encostei ela contra o armário a porta tremeu, vi ela trancar a respiração, ela fechou os olhos por um breve momento, mas então abriu e olhou bem fundo nos meus olhos, eu não pude resistir, beijei ela com calma, com saudade. Ela me retribuiu.

Ouvi quando ela soltou o livro no chão aos nossos pés para que pudesse passar suas mãos em mim, eu sentia que ela também teve saudades minhas. Ela nos inverteu e senti ela apertar meu seio que estava sem sutiã por cima da roupa, ela beijou meu ombro exposto e meu pescoço, como fez a um ano atrás, senti um arrepio percorrer todo meu corpo, senti minha umidade se formar.

Recobrei a sanidade que ainda me restava e arrastei Andrea para o escritório, não poderia ficar me agarrando com ela na entrada da casa, as meninas estavam para chegar, Stephen poderia aparecer ou algum empregado.

Usei a desculpa das meninas e ela saiu de cima de mim, abri um vinho, um Merlot como ela gostava. Eu precisava saber se aquilo era amor ou apenas tesão, desejo reprimido, porque da minha parte, embora fosse muito tesão reprimido, eu amava Andrea, como nunca amei ninguém.

- Você ainda lembra que eu gosto de Merlot. - jamais esqueceria nenhum detalhe dela, independente do tempo.

- Eu lembro de tudo Andrea. - ela sorriu, que saudade desse sorriso, esse sorriso foi uma certeza, aquele sorriso era só para mim.

Mas eu precisava de mais, ainda me faltavam respostas, nós nunca sentamos para conversar sobre nós, sobre o que faríamos. Questionei ela, e deixei minhas intenções sórdidas bem explicitas, queria que ela soubesse que eu a desejava como mulher, eu ainda a desejava.

Ouvir ela dizer que me amava fez meu coração errar as batidas.

Quando me dei conta ela já estava sentada em meu colo só de lingerie e minha tirado minha blusa, tive receio do que ela pudesse achar de mim, do meu corpo, nossa idade pesou para mim nesse momento, mas então ela foi magnifica e eu me senti desejava como a muito não sentia.

Quando ela abriu o zíper da minha calça e beijou minhas pernas eu senti que poderia facilmente gozar ali mesmo, a última vez que me senti tão excitada tinha sido justamente na noite em que ela esteve aqui, na noite que Stephen tinha estragado nosso encontro.

Agora estávamos aqui, mais uma vez juntas nesse escritório e nossos sentimentos pareciam intactos, eu estava desesperada por sentir os toques de Andrea em mim, ela estava me enlouquecendo.  Me deitei com as costas no tapete felpudo, e senti ali, o primeiro toque, uma onda de êxtase me percorreu, sentir as mãos dela em mim me tiraram do eixo.

- Por deus Andrea.... - gemi seu nome de forma controlada, mas eu tinha tudo, menos controle nesse momento.

- Me fala o que você quer, me fala e eu faço. - ela iria me enlouquecer, tive vergonha de pedir, nunca tinha tido isso, muito menos com uma mulher. 

Ela fazia os movimentos em meu clitóris e eu começava a descompassar, mas eu precisava de mais.

- Me fala Miranda, o que você quer. - ela me disse novamente, eu precisava, precisava gozar para Andrea, eu estava ficando desesperada.

- Mais um, coloca mais um... Oh sim... assim. - falei sem pudor e gemi alto quando ela colocou outro dedo dentro mim, vi quando ela se movimentou e então me lambeu e chupou, ela parecia estar em êxtase tanto quanto eu, ela gemia junto comigo.

Segurei seus cabelos e aumentei nosso contato, senti a sua mão pegar meu peito e ditei o ritmo  da carícia, ela não parou, minhas pernas tremeram, minhas costas desgrudaram do chão formando um arco, eu explodi na boca de Andrea, eu gozei como nunca gozei em toda minha vida. 

Relaxei e ela me sugou até a última gota e eu desfaleci no tapete, nunca tive um orgasmo assim, olhei ela me observava com um sorriso travesso no rostos, puxei ela para cima de mim e nos girei no tapete.

- Minha vez An-dre-ah.








Isso é tudo!Where stories live. Discover now