Mesmo se nos fosse possível contar quantos minúsculos grãos de areia todas as praias da Terra possuem, ainda assim, não conseguiríamos um número grande o suficiente para bater a quantidade de estrelas existentes no universo observável. Parece bizarro, não é? Mas é a pura verdade. Nessa miríade quase infinita a probabilidade - ainda que dentro da expectativa mais modesta possível - é a de que existam milhões, ou talvez bilhões, de mundos habitados. E se deste oceano de vida emergissem algumas centenas de mundos com civilizações inteligentes como a da nossa Terra? Matematicamente falando era isso que deveria acontecer. Em um universo tão grande as chances de que a vida tenha surgido unicamente na Terra são nulas! Era para ter alguém lá fora, mas a única coisa que conseguimos ouvir da imensidão do Cosmo é o mais puro, simples e solitário silêncio. Isso é um paradoxo. Esse é o Paradoxo de Fermi. Alheio a isso a humanidade colonizou Marte e os pioneiros partiram da Terra numa viagem somente de ida. Houveram 20 expedições de diferentes nações que deram origem a 20 colônias que cresceram e prosperaram. Construíram para si usinas de água, plantações hidropônicas e após algumas gerações o intento mais audacioso da raça humana teve início: A terraformação de Marte. Infelizmente todas as tentativas de se criar um governo único e coeso entre as colônias falharam pateticamente. Fosse por poder, xenofobia, ideologias ou mesmo religião. Depois de 300 anos de terraformação o projeto foi declarado como um fracasso e o planeta voltou a ser inóspito à vida humana. E a barbárie deu as caras. Essa história conta a trajetória de uma jovem envolvida com um fenômeno que mudará o curso da história para sempre. Prepare-se para viajar em Bolhas Alcubierre, batalhas emocionantes em escafandros espaciais, explorar dimensões Krasnikov, cruzar a galáxia com Portais Kip Thorne e finalmente solucionar o Paradoxo de Fermi.
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