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Petrus Prince:

Pensa em funcionários tensos. Lucas era o pior de todos porque ele ficou encarregado de apresentar a empresa toda a eles como em uma excursão. Don e Martin ficaram no nosso refúgio controlando pelas câmeras. Nós os três apenas iríamos seguir atrás dos quatro. No horário marcado eles estavam lá. Pedi a Lucas que fosse ele mesmo.

-Olá sou Lucas Souza, sou o recepcionista da TecnoDon, e hoje serei o seu guia em um tour por esta maravilha.

-Olá Lucas! - disse minha mãe indo o cumprimentar com um beijo. - Você é tão diferente, lindo, um diferente lindo.

-Obrigado senhora, fico lisonjeado.

-Já eu tô morrendo de inveja de suas unhas, como consegue manter elas tão lindas assim? - disse a mãe de Roy pegando a mão dele.

Meu pai pigarreou e as duas enfiaram os braços em Lucas.

-Vamos meu amor, estou louca pra conhecer tudo aqui! - disse minha mãe.

Lucas apresentou alguns empregados que acenaram pra eles, mostrou algumas áreas que combinamos e outras não.

-O que tem naquela sala?

-Ali é a sala do sócio majoritário, ele não se encontra no momento e não tenho permissão para mostrar a sala, está aqui é a sala de reuniões. Aqui rola os maiores babados da empresa.

Eu ri com o jeito peculiar dele falar, Roy então quase não segurou uma gargalhada. Tive que pisar no pé dele.

-Senhorita Valery desculpe interromper, mas o seu agente está tendo um treco ao telefone.

-Tudo bem, atendo ele na minha sala-Disse ela entrando em sua sala.

Graças aos céus nosso contrato com ele termina em um mês. Já estavamos terminando o tur.

-E no último andar tem o quê?

-Lá é área privada, não temos permissão de entrar.

Meu pai me olhou e dei de ombros.

-Não é seu?

-Já disse, temos regras.

-Sou seu pai!

-Aqui dentro não! - falei enfiando as mãos no bolso das calças para esconder minha frustração, Roy fez o mesmo.

-Aqui dentro há regras Senhor Prince, mesmo impostas por nós mesmos, nenhum de nós as quebra.

-Isso é idiotice!-disse meu pai.

-Não acho! - disse o pai de Roy. - Creio que toda empresa tem que ter regras e ser respeitadas.

Acho que o pai de Roy faz o meu tremer na base, porque o homem é um armário.

-Aí Petrus, digo senhor, precisamos do Senhor.

-O que ouve?

-Aquela bixa da Stefy quebrou o dedo na máquina nova, o que eu faço?

-Chame o...

-Eu a levo! - saltou Roy.

-Fala pra ela não se preocupar com nada, a empresa vai cubrir todos as despesas tanto do hospital como medicamentos, fale pra tirar a semana de folga e que não se preocupe que não vai ter desconto no salário dela.

-Está bem!

-Vamos! - disse Roy acompanhando.

-Que babado! - disse Lucas e cubriu a boca. Eu ri dele.

-Jura, assim vai a falência! - disse meu pai.

-A falência eu vou se eu deixar um funcionário meu quebrado.

Folha de outono ao marDonde viven las historias. Descúbrelo ahora