•capítulo 51•

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•Bruna•

Abri os olhos, e não reconheci o lugar que estava. Algo frio encostava em minha pele, coloquei minha mão e senti algo de metal, e la estava eu com meus tornozelos acorrentados, estava deitada no chão, estava frio.

O cômodo era escuro, e não tinha nenhuma luz que entrasse naquele lugar, sentia minha cabeça pesar, estava meio tonta. Tentei tirar as correntes das minhas pernas, mas falhei, só me fez sentir dor,aquilo estava apertado de mais.

Bru: tem alguém aiii? -gritei.

O silêncio pairou novamente sobre o cômodo, tentei me levantar mas estava me sentindo fraca, meus olhos começaram a se encher de lágrimas e uma angústia tomou conta do meu coração.

Xx1: olha quem acordou! -uma voz invadiu o escuro, e um barulho de algo de metal caiu no chão. A luz do corredor se acendeu e eu vi um homem destrancando as grades.

Foi ai que percebi que estava trancada em uma cela.

Ele era alto, bem forte por sinal, seus músculos eram definidos, seu rosto tinha uma cicatriz perto do olho.

Xx1: bom dia princesa! -com um sorriso sarcástico ele entrou e se aproximou de mim.

Bru: quem é você? E o que você quer?

Xx1: o que eu quero? -sorriu de lado.

Bru: dinheiro?

Xx1: oh minha querida, ja estou sendo pago para te manter presa aqui!

Bru: quem esta te pagando? Quem?

Xx1: você é bem curiosa mesmo! Mas eu não vim aqui conversar, toma aqui, pegou algo em uma pequena mesa que havia perto da cela.

Ele colocou um pedaço de pão no chão e um copo d'água, e ficou me encarando por alguns segundos.

Xx1: coma!

Bru: não quero!

Xx1: eu to mandando você comer!

Ele se aproximou rapidamente, segurou em meus cabelos e apertou o pão em minha boca, com agressividade jogou minha cabeça contra o chão. Me fazendo bater a mesma, meu choro veio no mesmo instante.

Xx1: E cala a boca, não quero ouvir choro nenhum ta ouvindo? -sua voz agressiva me fez tentar segurar o choro. -Ta me ouvindo? -senti uma dor forte, quando senti ele chutar minha barriga.

Bru: estou! -saiu embargada com o choro.

Mesmo com os olhos embasados de lágrimas consegui vê-lo sair da cela, passar uma enorme e grossa corrente, e ainda um cadeado. Ele apagou a luz, e o silêncio novamente pairou.

Deitada no chão, abracei meus joelhos, e assim fiquei, debrulhei em lágrimas, mas tentei fazer o menor barulho possível para qqueaquele homem não ousasse voltar, e adormeci.

Quando acordei, não sabia se ainda estava noite, ou havia amanhecido. Não entrava nenhuma luz naquele lugar, comecei a perder a noção do tempo.

•Igor•

Após uma bateria de exames, fiz a cirurgia, e estava em observação. Alguém bateu na porta.

Cris: filho? -meu olhos foram em sua direção e ela veio se aproximando da cama. -Você tem visita!

Igor: quem?

Xx: sou eu. -olhei na direção da porta e vi o senhor Henri, encostado no batente. -Posso entrar? -assenti.

Ele entrou, minha mãe sorriu e saiu do quarto.

Henri: minha filha...-ele estava sério.

Igor: eu sei senhor, sinto muito, eu devia ter feito mais.

O meu guarda costasOnde histórias criam vida. Descubra agora