Nove

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Horas haviam se passado desde que conseguiram fugir dos que os perseguiam, Sakura cochilou no pequeno sofá de dois lugares que aquele pequeno quarto tinha. Acordou com o bater da porta que anunciou a chegada de seu guarda-poste, estava tão cansada de fugir e se esconder que mal se levantou de seu lugar depois de se recuperarem do sexo que haviam feito na base da raiva e discórdia.
Não sabia nada dele e mesmo assim não tinha medo das coisas que aquele homem ja foi capaz de fazer em sua vida, não que não quisesse perguntar mas, estava tentando manter sua curiosidade contida.

Sakura vestiu as botas que ele havia lhe dado — que provavelmente ele mesmo teria escolhido, era a cara dele.— e pegou a cópia da chave, ele a olhava questionador mas apenas deu de ombros e saiu para o aquela sala cheia de computadores que havia visto quando chegaram.

Sentando atrás de um dos computadores, Sakura se pôs a pesquisar. Ela era boa nisso e encontraria todos os podres que ele poderia ter, querendo ou não ela tinha suas fontes.

A cada momento que passava atrás daquela tela mais seu corpo tremia por puro medo, havia tanto sangue em suas mãos que poderia ser condenado à pena de morte. Sakura olhava as fotos e as cenas dos crimes em que eram denominados como sua assinatura, sempre havia algo esmagado.
Suspirou e continuou horrorizada, ele tinha tantos capangas que não poderia contar. E com a fonte de um de seus Contatos, conseguiu visualizar cada um deles.

Desde que começou a trabalhar como secretária, arranjou algumas fontes no meio do crime e com isso conseguia obter as informações necessárias para que conseguisse colocar um homem daquele atrás das grades.
O acesso de Gaara a esse mundo era ilimitado, Sakura tremia ao ver a quantidade de homens espalhados pelo mundo. Suspirou tentando manter a calma enquanto descia a página com os nomes de seus comparsas, parecia infinita.
Focando na tela seus olhos se recusavam a acreditar no que estava vendo, e com o peito que estava cheio de ar exalou em desespero.
Poderia ser coincidência mas estava certa que não poderia ser outra pessoa.
Seu guarda-poste estava entre os nomes daquela lista, o medo lhe subiu a garganta e como num pulo se assustou com o braço que havia apertado em seu ombro.

— Como encontrou isso?

Sakura se levantou e sem dizer qualquer coisa ou olhar para seus olhos, subiu novamente para o quarto. Não podia acreditar em seus olhos, estava com medo, mesmo tendo sido protegida por ele nesse meio tempo em que ele foi designado a estar com ela.
Abriu a porta do quarto e se sentou no pequeno sofá e não demorou para que a porta fosse aberta por ele.

— Sakura?

— Você trabalhava para ele. — Concluiu.

Shikamaru se sentou ao seu lado, ela respirou fundo. — Foi depois que sai do exército, — Disse apoiando os cotovelos na própria coxa.

— Não precisa me..

— Não tinha família e nem para onde ir, — A cortou, Sakura respirou fundo e se manteve em silêncio. — Precisava de dinheiro e por ter tido patente alta, ele me procurou. Me ofereceu o emprego e aceitei.

— O que você fazia?

— Não pergunte o que não quer saber, Sakura. — Disse virando o rosto e fixando em seus olhos. — É tudo o que precisa saber.

Sakura engoliu em seco, imaginando as diversas coisas que ele já poderia ter feito. Ele se encostou no estofado e acendeu um de seus cigarros, estava com receio e seu coração palpitava.

— Foram muitas pessoas? — Era a única coisa que precisava saber.

Ele a puxou devagar, e passou sua perna por cima de seu quadril. Sentada em seu colo de frente para seu corpo, sentiu seu rosto corar enquanto era observada atentamente por ele.

— Foram e não sinto remorso por nenhuma delas. — Disse sério, enquanto acariciava sua coxa por cima da calça. — Eu sabia quem eram e a partir do momento em que vi as intenções de Gaara mudarem eu sai.

Sakura segurava seus dedos sentindo um grande peso no ar, ele tragava seu cigarro sem tirar a outra mão de sua coxa. Não conseguia entender o que estava acontecendo com eles também, além do extremo tesão que havia entre eles. Mas desejavam se matar antes que tudo acabasse em uma grade disputa em meio ao sexo.

— E o que está acontecendo aqui? — Perguntou, talvez fosse melhor parar com todo esse toque que estavam criando.

Ele soltou a fumaça que havia guardado em seus pulmões. — Eu não faço ideia, — Disse mostrando sinceridade. — Nunca me envolvi com ninguém em meio a um trabalho, mas ficar com as mãos longe de você se tornou uma missão completamente difícil.

— Um trabalho. — Sakura expirou, — é melhor mantermos isso como seu trabalho.

Ele parou o carinho que fazia em sua coxa. — Não me venha com essa, sei muito bem que sente a mesma confusão que eu. — Disse apagando a metade do cigarro no cinzeiro na mesinha, segurando firme suas coxas a puxou para mais perto.

Talvez toda essa tensão influenciasse na fuga e isso seria um grande problema. — Talvez o melhor a fazer fosse parar com isso. — Disse se forçando a sair de seu gostoso colo. — Não quero afetar seu trabalho e tenho certeza que não foi pago para dormir com sua missão.

— Você só pode estar brincando. — Disse passando a mão pelo rosto. — Você tem noção da besteira que disse? — Bufou se encostando novamente. — Se essa fosse a questão, te trancaria num sótão e a comeria sem me importar com qualquer coisa além da porra do meu prazer. Mas se você prefere assim.

Ele se levantou e a deixando sozinha seguiu para fora do quarto, não tinha a intenção de deixá-lo bravo mas talvez esse envolvimento pudessem matá-los de alguma forma.
Ela queria continuar em seu colo, e beijar aqueles lábios finos até não querer mais estar vestida. Mas poderiam matá-los a qualquer momento e ainda mais agora que sabe um pouco mais sobre seu passado. Quando descobrirem que é ele que vem salvando sua pele podem aumentar a quantidade de homens caçando suas cabeças.

Estava cansada e se deixou cair sob seu sono profundo depois de se jogar na imensa cama daquele quarto.

Na Sua Mira - ShikaSakuDonde viven las historias. Descúbrelo ahora