My Precious Mate - Tomarry

Capítulo 13

Olá, meus amores!!

Espero que gostem do capítulo!

Boa leitura!

***

       Os três dias que faltavam para que Harry voltasse à Hogwarts passaram voando. Harry e Tom tinham tentado aproveitar o tempo que lhes restava da melhor forma possível e, depois do ocorrido no escritório do mais velho, o contato físico entre eles realmente tinha aumentado. No entanto, Harry se recusara veementemente a se sentar no colo de Tom, visto que ele não achava que seria capaz de sobreviver a outra situação tão constrangedora como aquela do outro dia. Isso fez com que O Lorde resmungasse, mas ele respeitou os limites impostos pelo garoto. Então, os toques entre os dois se limitavam a abraços, mãos dadas e, às vezes, Harry se permitia deitar no colo de Tom, nem que fosse apenas para ter o Lorde das Trevas brincando com seus cabelos. Tom tinha dedos incríveis. E aquele era um comentário que poderia levar a todos aqueles pensamentos nada castos, que Harry vinha tentando evitar tão desesperadamente.

      Ele desejava Tom, é claro. Por Merlin, ele o desejara, mesmo quando ainda o odiava. O homem parecia um deus grego, e Harry tinha certeza de que ele tinha total condições de conquistar o mundo usando apenas seu charme, se se esforçasse para isso. Mas a questão é que o garoto não sabia o que aconteceria se ele cedesse a seu desejo. Ele sabia que seus sentimentos por Tom estavam se tornando mais fortes a cada dia, mas não sabia como o outro se sentia em relação a si. É claro que ele sabia que Tom também o desejava, isso já tinha ficado muito óbvio. No entanto a simples ideia de que o outro pudesse querer apenas uma amizade colorida com ele, fazia com que o coração de Harry se partisse. O menino queria...mais. Ele não sabia dizer exatamente o que ainda, mas sabia que uma simples amizade colorida não seria suficiente para ele.

      O dia anterior à partida de Harry tinha sido difícil. Eles sabiam que aquele momento chegaria em breve, mas o tempo pareceu passar rápido demais. Naquele último dia, eles passaram o tempo todo nos jardins da Mansão, conversando e se provocando, e os toques se tornaram impressionantemente mais frequentes. Era como se eles não conseguissem manter as mãos longe um do outro por muito tempo, como se quisessem gravar a sensação da pele um do outro. Quando chegou a hora de se despedirem, eles se abraçaram com força surpreendente, não querendo deixar o outro ir. No momento em que, finalmente, criaram coragem para se soltar, Tom olhou para Harry com aqueles olhos vermelhos intensos e disse:

- Eu vou...vou sen-. – ele se interrompeu e suspirou. – Me mande notícias assim que possível. E tome muito, muito cuidado, Harry. – aquilo era o mais próximo que o outro conseguiria chegar de admitir que sentiria falta de Harry, o que fez com que o menino sorrisse. – Estou falando sério. – Tom acrescentou, tentando usar uma voz severa.

- Pode deixar. Assim que aparecer uma oportunidade, virei até aqui. Por enquanto, vamos continuar nos falando todos os dias pelos diários, certo?

- Certo. – Tom concordou. Ele pareceu querer dizer mais alguma coisa, mas apenas assentiu, como se dissesse a Harry que eles ficariam bem. Então, o garoto foi embora, porque se continuasse ali, ele não teria sido capaz de deixar Tom.

       Harry quase riu, ao se lembrar da despedida. Quem diria que ele se apegaria tanto ao Lorde, que a ideia de não vê-lo com frequência se tornaria tão dolorosa? Harry podia afirmar com segurança que nem ele, nem Tom poderiam ter previsto aquele desenrolar dos fatos.

- Tudo bem, Harry? – era Hermione. Eles estavam sentados em um dos compartimentos no Expresso de Hogwarts. – Você parece meio melancólico.

-Não estou melancólico. – ele protestou. – Estou apenas pensando que teremos muito trabalho esse ano.