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NA MANHÃ DO SEU VIGÉSIMO SEXTO DIA DE TRABALHO, Bilbo Baggins foi um dos primeiros empregados a aparecer na empresa Erebor

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NA MANHÃ DO SEU VIGÉSIMO SEXTO DIA DE TRABALHO, Bilbo Baggins foi um dos primeiros empregados a aparecer na empresa Erebor. Os dias passados dentro do serviço estavam sendo melhores do que conseguiu imaginar, pelo menos suas expectativas baixas em relação aquele emprego serviram para surpreende-lo. O escritor e atual secretário havia conseguido fazer muitas amizades novas com os membros da companhia, algumas até mesmo importantes, sendo essas os irmãos Fili e Kili Durin; Bofur que em seu tempo ocioso deixava a função no departamento de marketing para conversar com Bilbo sempre que possível; E Lucylle Baker, a qual vinha lhe dando caronas de volta para a casa e todos os dias de manhã lhe trazia um copo quente do seu chá favorito.

Ele checou o relógio de bolso pela segunda vez, como era de praxe, estava adiantado meia hora em relação aos outros funcionários, o que lhe favorecia um tempo extra para relaxar antes de começar de vez o expediente. Ele retirou da bolsa o exemplar de "A outra volta do parafuso" que havia pego emprestado com Lucy, a jovem mulher praticamente implorou para que ele lesse o livro e começasse a acompanha-la em seus encontros do clube de literatura. Ela precisava de alguém que não fosse adolescente para poder conversar sobre literatura e não fizesse com que sentisse estranha por não conhecer mais da metade das novas gírias, além de que era bom outro responsável pelos jovens quando deixavam a biblioteca para passeios relacionados aos livros.

Estava quase terminando o terceiro capítulo do exemplar quando seus companheiros de serviço começaram a chegar. Bilbo ergueu os olhos por cima do livro, encarando a porta do elevador em busca de feições familiares. A posição que sua mesa se encontrava o deixava com uma vista privilegiada de todos que entravam ou saiam do andar, lhe dando uma sensação confortável de bem estar, a mesma de quando observa os peixes dentro de um aquário.

Seu olhar estava fixo sobre a porta do elevador quando ELE chegou, o homem misterioso com olhos penetrantes. Como todo bom CEO que se preze, ele estava vestido de modo impecável com um terno preto por cima da camisa azul royal. No momento que colocou os pés para fora do elevador todo o ambiente pareceu se encher com sua presença. Caminhando de modo imponente, seus belos olhos azuis se encontraram com os adoráveis olhos castanhos de Bilbo no instante que passou em frente à sala onde o escritor estava acomodado. O secretário rapidamente voltou a encarar as páginas dos livros com os cabelos da nuca arrepiados, sentindo como se uma onda de choque tivesse atravessado todo seu corpo através de um único olhar. Suas bochechas estavam vermelhas e o coração batia acelerado, típica sensação que o homem lhe causava todas as vezes que seus olhares se cruzavam, o que vinha acontecendo com frequência.

Aquela não era a primeira vez que o CEO lhe encarava de modo profundo, como se estivesse focado em ler sua alma, fazendo sensações estranhas despertarem dentro do peito do escritor, sensações das quais nunca havia sentido em sua vida antes de começar a trabalhar na empresa. Não tinha certeza se aquilo era paixão, não parecia, assim como também não aparentava ser amor. Pelo menos não poderia ser, afinal o conhecia apenas de vista e nem ao menos sabia o seu nome, apenas que ele ocupava um grande cargo dentro da companhia. Porém, mesmo sem conhece-lo formalmente, ele tinha a impressão de que já o encontrara antes, como se tivesse visto em dias de um passado muito distante ou, então, dentro de um sonho esquisito, daqueles que você não é capaz de recordar quando acorda, mas sabe que ocorreu de modo estranho com uma história inexplicável por trás.

𝐒𝐎𝐔𝐋𝐌𝐀𝐓𝐄  ೃ ᴛʜɪʟʙᴏ ᴀᴜOnde as histórias ganham vida. Descobre agora