Capítulo 6

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Helena observou a vista do cais, vendo as ondas do mar se agitarem no casco do navio

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Helena observou a vista do cais, vendo as ondas do mar se agitarem no casco do navio. Ela ficara surpresa por Corvel aceitar sua ideia sem pedir nada para si próprio.

Ele devolvera para ela o baú de dinheiro que estava em seu quarto, quando o mesmo fora roubado. Dera a ela também uma pistola, como ela pedira. Logo após a conversa ele saiu do barco, deixando ela sozinha com seus pensamentos e dúvidas.

Cansada de ficar sozinha, ela sai do navio descendo a rampa de madeira até o píer. Ela caminhou por algumas horas com uma bolsa de dinheiro em uma das mãos e a pistola escondida nas dobras das suas saias volumosas.

Ela estava procurando um lugar para comprar roupas, não era nada prático andar por uma ilha pirata usando um vestido decotado e chamativo, também não era uma atitude sensata.

Helena parou na frente de um estabelecimento estranho, era a construção mais bela e luxuosa da cidade, uma casa de tijolos vermelhos com janelas de vidro, com cortinas rendadas esvoaçando pelas janelas abertas.

Um homem forte e ameaçador guardava a porta. Curiosa Helena se aproximou, o homem continuou olhando em frente sem dar atenção a ela.

Com um suspiro profundo ela parou em frente ao homem que cobria a passagem larga da porta com o corpo musculoso e enorme. Ele era alto e tinha uma cicatriz no roso o que deixava-o ainda mais ameaçador. Ele a encarou, com um sorriso cheio de luxúria, Helena se afastou dando um passo receoso para trás.

— Não precisamos de meninas novas, vá embora! Está atrapalhando a passagem. — Atrás de Helena um grupo de homens esperava olhando para ela como se ela fosse um dos vários bois que ela vira ser vendido em leilões, quando acompanhava o tio no trabalho.

Ela se sentiu enojada, era um ser humano, mas ele não se importavam. Eles estavam medindo a carne e a qualidade do produto. Ela reconhecera aquele olhar. Helena se virou novamente para a porta ignorando aqueles porcos, que não tinham o direito de serem chamados de homens.

Uma mulher idosa apareceu na porta, com corpete verde, com saias volumosas de seda e com meias finas e brancas a mostra. Ela usava penas no cabelo grisalho e maquiagem forte no rosto.

Helena percebeu que o estabelecimento era um bordel. Ela ficou extremamente curiosa já que nunca vira nada assim em Burgo.

No porto Sujo ninguém a impediria de fazer o que bem entendesse. Vendo uma oportunidade, ela chamou pela mulher que parou na soleira a medindo com o olhar.

— O que você quer aqui? — A velha se aproximou, ela tinha um cheiro forte de perfume que fez com que o nariz de Helena ardesse.

— Quero entrar e tomar uma bebida. — Helena disse sem titubear, com a voz que usava para dar ordens aos criados masculinos em Clarence Hall. Mesmo provando ser competente muitos deles ainda não a aceitavam como líder, mas eles não tinham escolhas afinal de contas as terras eram dela. Com essa lembrança Helena agradece o tio mais uma vez mentalmente.

Diário de bordo de Helena HerondeleWhere stories live. Discover now