019

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Antes de começar o 019 quero avisa para vocês deixa a estrelinha isso desmotiva demais vocês lendo sem deixa ela, por favor deixem ela pra que eu não precise para com a fanfic. Gostaria de pedir a vocês que ficassem ligados no meu perfil pois logo logo sai uma nova fanfic de shivley

Shivani Paliwal

Às sete da noite, estou sentada no sofá da casa da minha irmã. Meu celular toca. Meus amigos me chamam para ir à praça Cibeles comemorar o título da Eurocopa. Mas não estou em clima de festa. Desligo o celular.

Não quero saber de nada nem de ninguém. Estou triste, muito triste. Meu melhor amigo, com quem eu dividia todas as minhas tristezas e alegrias, me abandonou. Choro... choro e choro. Minha irmã me abraça, mas, inexplicavelmente, sinto que preciso do abraço de certo cara atrevido. Por quê? Deixamos minha sobrinha na casa de uma vizinha. Não queremos que ela nos veja assim. Já foi bem difícil lhe explicar que o Trampo foi para o céu dos gatos, e não seria nada bom que ela agora nos visse aos prantos.

Meu cunhado Pepe chega e também fica triste. Nós três choramos. E, quando ligo para o meu pai e dou a notícia, já somos quatro. Isso tudo é muito triste! Às nove da noite, ligo o celular e recebo uma ligação de Fernando.

Minha irmã tinha telefonado para ele, e agora ele está se oferecendo para vir a Madri me consolar. Rejeito a oferta e, após falar com ele por alguns minutos, encerro a ligação e desligo. Janto qualquer coisa e decido voltar para casa. Preciso enfrentá-la: a ela e à solidão. Mas, quando entro, uma emoção estranha toma conta de mim. Tenho a sensação de que a qualquer momento Trampo, meu Trampinho, vai surgir em algum canto da casa e ronronar para mim.

Fecho a porta e me apoio nela. Meus olhos se enchem de lágrimas e não me contenho mais. Choro, choro e choro, e desta vez sozinha, que me cai melhor. Com os olhos inchados e sem conseguir me controlar, ando até a cozinha. Observo a tigela de comida de Trampo e me abaixo para pegá-la. Abro a lixeira e jogo fora os restos de comida que havia ali.

Coloco a tigela na pia e a lavo. Após enxugá-la, olho para ela sem saber o que fazer com isso. Deixo-a em cima da bancada. Depois pego o pacote de ração e os remédios. Junto tudo e volto a chorar como uma boba. Alguns segundos depois, escuto a porta da rua sendo aberta. É minha irmã. Ela vem e me abraça.

— Eu sabia que você estaria assim, maninha. Vamos, por favor, pare de chorar.

Tento dizer que não consigo. Que não quero. Que me recuso a acreditar que Trampo não voltará, mas o choro me impede de dizer qualquer coisa. Meia hora mais tarde, eu a convenço a ir embora. Escondo suas chaves para que não leve com ela e não volte a me incomodar.

Preciso ficar sozinha. Quando ando até o banheiro para lavar o rosto, vejo a caixa de areia de Trampo e caio no choro outra vez. Sento no vaso, disposta a chorar por horas e horas, quando ouço batidas na porta. Convencida de que minha irmã se deu conta de que não está com as chaves e resolveu voltar, abro a porta, mas é o senhor May quem aparece na minha frente, com cara de poucos amigos. O que ele está fazendo aqui? Me olha surpreso.

Sua expressão muda por completo e, sem se mexer, pergunta: — O que houve, Shiv?

Não consigo responder. Meu rosto se contrai e eu começo a chorar outra vez. Fica paralisado e então eu me aproximo dele, de seu peito, e ele me abraça. Preciso desse abraço. Ouço a porta se fechando e choro mais ainda. Não sei por quanto tempo ficamos assim, até que de repente percebo que sua camisa está encharcada de lágrimas. Finalmente me afasto dele.

— Trampo, meu gato, morreu — consigo murmurar.

É a primeira vez que digo essa palavra terrível. Eu a odeio! Minha cara se contorce de novo e eu caio em prantos outra vez. Ele me puxa para si e me leva até o sofá. Tento falar, mas os soluços de tristeza não me permitem. Só consigo articular palavras entrecortadas, enquanto meu corpo se contrai involuntariamente e eu vejo que Bailey está desconcertado. Não sabe o que fazer. Por fim se levanta, pega um copo e o enche de água. Coloca nas minhas mãos e me obriga a beber. Cinco minutos depois, estou um pouco mais calma.

— Sinto muito, Shiv. Sinto muitíssimo.

Faço que sim com a cabeça, enquanto aperto meus lábios e engulo a enxurrada de emoções que novamente imploram para sair de dentro de mim. Abraçada a ele, apoio minha cabeça em seu peito e sinto minhas lágrimas rolando descontroladas. Desta vez não estou soluçando, e o simples fato de sentir sua mão acariciando meu cabelo e meu braço me reconforta. Por volta da meia-noite, a tristeza ainda me domina, mas já sou capaz de controlar meu corpo e minhas palavras, então me afasto um pouco e olho para ele.

— Obrigada — digo.

Sinto que se comove; seus olhos revelam isso.

Aproxima sua testa da minha e sussurra: — Shiv... Shiv... Por que você não me disse? Eu teria te acompanhado e...

— Eu não estava sozinha. Minha irmã ficou comigo o tempo todo.

Bailey balança a cabeça, compreensivo, e passa seus polegares por baixo dos meus olhos para retirar as lágrimas.

— Você precisa descansar. Está exausta e sua mente tem que relaxar.

Faço que sim com a cabeça. Mas então me dou conta de que seu rosto está contraído.

— Você está bem? — pergunto.

Surpreso com a pergunta, ele olha para mim.

— Sim. Só estou com um pouco de dor de cabeça.

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Sorry pela a demora, realmente a fanfic está um pouco perto de acabar, então logo estarei talvez postando outra inspirada no dorama extra-ordinary you. Não sei quando o próximo capítulo sai

Um Passo Atrás De VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora