Capítulo 14

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S/n Pov's:
Quando chegamos, fomos recebidos com olhares desapontados dos outros que não atacaram o castelo conosco.

—" O que aconteceu?"— perguntou Lúcia

—" Pergunte a ele."— disse Pedro se referindo a Caspian

—" Pedro!"— disse Susana

—" A mim? Você podia ter cancelado, ainda dava tempo!"— disse Caspian

—" Não dava graças a você! Se tivesse seguido o plano os soldados estariam vivos agora!"— disse Pedro

—" E se tivéssemos ficado aqui como eu sugeri, com certeza estariam."— disse Caspian

—" Você nos chamou lembra?"— disse Pedro

—" Meu primeiro erro!"— disse Caspian

—" Não! Seu erro foi achar que podia ser líder!"

—" Ei! Acho que não foi eu quem abandonou Nárnia!"

—" Você invadiu Nárnia! Não tem mais de direito de liderar que Miraz! Você, ele e seu pai! Nárnia está melhor sem gente da sua laia!"

Logo, os dois apontaram suas espadas. Pedro para Caspian e Caspian para Pedro.

—" Parem!"— gritou Ed e com ajuda de um centauro, colocou Trumpkin no chão. O mesmo estava quase morto.

—" Lúcia!"— gritei e ela veio correndo para salvar esse anão rabugento (isso é um apelido, acho ele muito engraçado). Com apenas uma gotinha, ele já estava vivíssimo novamente.

Quando percebi que Caspian estava entrando, juntamente com outro anão, fui atrás dele. Acho que nós dois precisávamos conversar.

Fui entrando sem chamar atenção, apenas fui seguindo os dois.

Caspian parou em frente a uma parede com desenhos dos reis de Nárnia. Antes que eu pudesse me aproximar, o anão começou a falar. Cheguei um pouco mais perto, mas sem deixar que me vissem e comecei a escutar a conversa dos dois:

—" Está feliz agora com a trompa mágica rapaz?"— disse o anão—" Seus reis e rainhas falharam. Metade do seu exército morreu, e os que sobraram logo morrerão."

—" O que você quer? Os parabéns?"— disse Caspian

—" Você quer o sangue de seu tio, nós também. Você quer o trono dele? Podemos dá-lo a você."— disse o anão e foi caminhando até a tumba de Aslam. Caspian foi atrás dele, e eu, como uma boa fofoqueira (algo que descobri que sou há pouco tempo) fui também, com passos silenciosos e sempre me escondendo atrás das lacunas.

Chegando lá, fiquei na porta, tentando entender o que aconteceria agora.

—" Você tentou um poder antigo e ele falhou. Mas você pode contar com um poder maior ainda. Um que manteve até Aslam acoado por quase cem anos."— disse o anão e logo, de uma parte do túmulo saiu um bicho esquisito e nojento, do outro lado, um urso maléfico:

—" Eu sou a fome."— disse ele—" Eu sou a sede. Posso jejuar por cem anos sem morrer. Posso dormir por cem noites sobre o gelo sem gelar. Sou capaz de beber um rio de sangue sem estourar. Mostre-me os seus inimigos!"

Eu já estava com medo, e ainda não estava entendendo o que iria acontecer.

—" O que você odeia, odiamos também. Ninguém odeia melhor que nós."— disse o ser estranho, creio que fosse uma bruxa, mas da época da Feiticeira.

Selvagem | 1Where stories live. Discover now