8. A Marca da Cobra

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Era uma noite de domingo, aproximadamente 20 horas. Lunar estava deitada no gramado de seu acampamento já fazia tempo, no quintal dos fundos. Era uma noite de céu limpo, e o céu era enfeitado por incontáveis estrelas, e a lua estava invisível, por ser lua nova. Verônica nota sua amiga distraída, e percebe que a loba estava observando sua pata direita fixamente, e a pata estava curiosamente sem as perneiras que ela sempre usa. Ela se aproxima sutilmente de sua líder, e tenta puxar assunto.

-Verônica: Lunar! O que você tá fazendo aí há tanto tempo? Parece que está hipnotizada.

-Lunar: Ah! Oi, Vera! Eu estava me lembrando de umas coisas. - Lunar diz, respondendo-a com um sorriso calmo. Parecia serena e muito pensativa.

-Verônica: Você lembra das coisas olhando para o seu braço?

-Lunar: É.... sim, hahaha. E eu também gosto de ver as estrelas. - Ela diz isso, virando seu rosto para cima, com seu focinho apontando para a bela vista das infinitas estrelas no céu, que deixavam os olhos verdes de Lunar tão brilhantes quanto as próprias. Verônica olha para o braço da loba, e nota que nele havia um curioso desenho em seu pelo. Era o desenho de uma cobra, com asas nas costas. É a primeira vez que Verônica via, já que Lunar quase nunca tira as luvas sem dedo que cobrem essa parte de suas patas dianteiras.

-Verônica: Nossa! Tatuagem bacana essa! Você que fez? - A tigresa via o desenho intrigada, é um desenho muito bem feito.

-Lunar: Sim, faz tempo. Era disso que eu estava me lembrando.

-Verônica: Ei! Você não esteve num campo de treinamento durante a Guerra? Foi no seu campo de treinamento que você fez isso? Te lembrou de alguém?

-Lunar: QUANTA PERGUNTA, VERÔNICA!

-Verônica: Desculpa! Sou curiosa! - As duas riem - Mas você não pode reclamar, faz a mesma coisa!

-Lunar: Tem razão, haha! Bem, foi no campo de treinamento sim.

-Verônica: E por que você a fez?

-Lunar: A história é grande, se importa?

-Verônica: Não! Pode apostar que eu adoro uma boa história! - A tigresa se acomoda no gramado, se preparando para ouvir a história de sua líder.

-Lunar: Foi seis anos atrás. Era início da Guerra das Feras. O terror e os gritos inocentes eram constantes, em seu eco de desespero. Depois de uma fuga assustadora e traumatizante do meu palácio em Solgardia... Que eu fui pra aquele lugar.

6 ANOS ATRÁS (NARRAÇÃO NO PASSADO)

-Lunar(NARRANDO): Aos meus 10 anos de idade, meus pais me deixaram no Campo de Treinamento, uma escola onde eu treinaria para ser uma Alfa forte, e estudaria os livros e tópicos importantes, mas principalmente, lá era onde eu lutaria. Eu não poderia ficar com meu pai, nem minha mãe por conta da Guerra. Naquela época, todas as crianças eram deixadas em um desses campos como um lugar de segurança e acolhimento, enquanto nossos pais e mães lutavam. TODO Alfa e Semi Alfa adulto teve de lutar naquela guerra. 

(Fora da narração, as cenas e falas se passam no passado)

-???: Que bom que chegaram a tempo, e com as crianças a salvo. - Dizia um coiote de pelo marrom das costas a cabeça, e pelo bege do queixo ao pescoço. Usava um chapéu de fazendeiro e lenço vermelho no pescoço, e ele conversava com os pais de Lunar, que estavam com ela e Phoenix também. Lunar era uma pequena lobinha branca e azul, que estava abraçada timidamente atrás da pata dianteira de seu pai Norman, e não usava nenhum acessório em seu corpo. Phoenix era um pinguim adolescente, um pouco mais baixo que atualmente, e o lenço de seu pescoço era um branco, diferente do atual e ele não possuía suas mãos robóticas. Ele estava acariciando a cabeça da irmã com sua nadadeira, tentando deixá-la menos assustada, já que a pobre filhotinha estava ainda assustada com toda a situação após ter fugido de seu palácio.

Os Novos AlfasNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ