71. Labirinto Crescente

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No palácio de Solgardia, Amália fitava sua filha caçula algemada em sua frente com um olhar severo. Dixie estava enfurecida com a atitude de sua mãe e em revolta por ter seus amigos todos condenados à prisão.

-Dixie: COMO VOCÊ PÔDE!  — A hiena mais nova brada para sua progenitora — V-Você sempre foi uma Conselheira rígida, mas eu nunca esperei que fosse ser uma traidora! 

-Amália: Ora, a traidora é a sua líder! Se ela tivesse respeitado a tradição e ao pretendente dela, eu não precisaria tomar medidas drásticas! Isso é pelo bem do reino. E seja grata, pois você e o espectro são os únicos que não foram para a prisão. Ao menos o espectro será um bom serviçal também. — Amália afirma isso, indicando os guardas levando Spark acorrentado para alguma área aos fundos do castelo. 

-Dixie: SPARK! — Ela chama pelo amigo, que olha para ela, mas ele apenas é puxado para longe. 

-Amália: Quanto a você, Dixie... — A Xamã procede, ignorando o escândalo da filha — Voltará a ser servente desse palácio. Veja só, até estou te dando trabalho! — Ela fala como se isso fosse algo bom. Dixie tremia de raiva — E manteremos você algemada apenas como prevenção... — Amália girava a chave das algemas da filha em seus dedos enquanto afirmava isso, e em seguida ela pendura o objeto em seu pescoço por meio de um cordão — Ah, e você não conseguirá fugir também. Os Elites da Courtney estão espalhados, então nem tente. — Ela finaliza com uma entonação seca, dando as costas. 

-Sayuri: VOCÊ AINDA VAI PAGAR CARO, SUA SEBOSA, VÍBORA TRAÍRA! — Sayuri berra. Ela estava dentro de uma jaula colocada lá mesmo no palácio. A idosa estava aprisionada e algemada junto com Michael e Jonathan. 

A Xamã apenas desvia o olhar para trás de leve, ao ouvir a Ancestral bradar contra ela de sua jaula. Virando sua cabeça suavemente com um olhar áspero e frio, Amália apenas diz: 

-Amália: Não desperdice sua voz gritando, velha tola. Poupe-a para depois, caso eu canse de ser boazinha e de apenas te deixar aí presa e decida algo pior. — Após a fala, ela torna seu rosto para ir embora novamente. Sayuri agarrava as barras da cela com ira no olhar, vendo a Conselheira traidora sair do cômodo.

ENQUANTO ISSO

Lunar, Verônica e Thunder estavam sendo levados por Courtney e mais alguns Elites em dragões de carona. Eles sobrevoavam o reino de Solgardia com o trio acorrentado, preso na garupa do réptil voador.

-Verônica: Lunar! Pra onde estão nos levando?! — A arqueira pergunta assustada para sua líder que estava presa ao seu lado. Lunar estava no meio dos dois amigos.

-Lunar: Pro Labirinto Crescente... — A líder responde com uma voz desesperançosa. 

-Verônica: T-Tá, mas isso a gente já ouviu! O que é esse tal labirinto?! 

-Thunder: É algum tipo de prisão? — O cavalo é quem pergunta dessa vez.

-Lunar: É, mas não é simplesmente uma prisão. É literalmente a pior prisão que poderíamos ser condenados!

-Thunder: Por quê?!

-Lunar: Pessoal, nós estamos sendo levados pra prisão com a maior defesa que existe! 

-Verônica: O QUÊ?! — Verônica exclama incrédula.

-Lunar: De todos os reinos, não existe lugar pior pra ser preso. A segurança desse lugar é impecável! 

-Thunder: Mas o que tem de tão impressionante nesse sistema de segurança?!

-Lunar: Olha, uma coisa que diferencia bastante essa prisão das outras é a presença de Guardas de Elite trabalhando nelas. Nas prisões normais, eles costumam usar soldados da Guarda Normal. Essa é a única que possui Elites envolvidos.

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