Cap 4

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Letícia;

A maioria das pessoas, quando me conhecem tem uma visão totalmente diferente do que realmente sou.

Não sou nenhuma filinha de papai. Muito pelo contrário.

Meu pai era um cara legal, morreu tem cinco anos de um infarto. Mas ele fazia de tudo por mim.

Tudo que eu tenho é graças a ele e minha mãe.

Eles eram lindos juntos, juro!

A minha mãe morreu tem um ano.. Foi bem difícil pra mim sabe? Sempre fomos bem unidas.

Eles eram bem liberais em relação à mim e tudo mais.

Tanto que quando conheci o meu marido, eles super apoiaram. O Maicon era um fofo nessa época.

Hoje em dia ele tá diferente, afastado.. Só tenho à ele e minha filha, mais ninguém.

A falta que meus pais fazem é imensa. Tanta saudade deles.

O que me resta é contar com a Mari, aí essa garota salva a minha vida. Literalmente.

Graças a ela, tenho uma boa desculpa para usar com o Maicon e a mãe dela, acabou ficando com a Helo pra mim. Só por isso vim me divertir um pouco.

Até gostei das pessoas daqui.

A Mariana maluca, tá quase fodendo com o segurança do 157, aquele cara daquele dia.

Chega à ser engraçado.

Letícia: Dá um toque no seu amigo por favor? Minha amiga vai virar chacota, eles tão quase fodendo aqui. - ri encarando o 157.

Ele me olhou por um tempo e fez um sinal pro Terror. Fiquei até aliviada.

157: Tu gosta mesmo dela né pô. Se conhecem à muito tempo? - me perguntou.

Letícia: Ah, tem uns sete anos. Pelo meu marido, ele era amigo de um amigo dela. A gente se conheceu e estamos amigas até hoje. - apoiei minha cabeça na minha mão.

157: Puts, doutora. O que seu marido iria achar da madame aqui, vestida desse jeito e de papo com um cliente? - ele sorriu debochado.

Chatinho e chatinho.

Letícia: O meu, marido, não sabe e não vai saber que eu estive aqui. - pisquei pra ele. - E você, é casado? Tem filhos?

Ele me olhou de um jeito tão.. sei lá. Mas eu até que gosto..

Ele se encostou na cadeira e levou a mão até minha coxa, enquanto disfarçava conversando com o Terror.

157: Então não estou te incomodando? Coé doutora, tô impressionado pô. - riu apertando minha coxa.

Letícia: Te impressiona uma mulher, agir como alguns homens? - passei minhas unhas devagar pelo braço dele.

Eu tô amando esse papo com ele, principalmente provocar ele. O 157 é um cara frio, difícil de lidar..

E eu acho, que quase tenho ele na palma da minha mão.

157: Não foi isso que eu disse pô, mas me surpreende uma mulher casada e mãe, dando idéia em um bandido, assassino e foragido. Ainda mais sendo uma advogada.. - ele disse com um sorriso de lado sem mostrar os dentes.

Letícia: Eu sou uma mulher desimpedida, casada e cansada de um marido inútil que conseguiu me engravidar e nunca, me fez gozar. E olha que nos conhecemos à mais de sete anos. - passei a língua entre meus lábios.

O olhar dele era de um leve espanto e curiosidade.

157: Um passeio de iate? Sem ninguém por perto. - sorri pra ele que levantou e pediu pra mim encontrar ele na rua de baixo.

...

ARTIGO 157Where stories live. Discover now