Cap 46

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Este capítulo apresenta o tema "Agressão a mulher". Então eu queria reforçar à todas vocês que nunca aceitem, escondam ou ignorem esse tipo de coisa. É um assunto extremamente sério e que infelizmente está cada vez mais presente em nossas vidas, então se presenciarem ou virem qualquer tipo de agressão a mulher, denunciem. Amanhã ou depois, pode ser você!

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Letícia;

Eu entrei em total estado de choque, eu tô grávida?! Porra.

Nunca imaginei que isso fosse possível na situação em que me encontro, é um choque tão grande que eu mal prestei atenção no assunto e.. E sinceramente eu não sei oque fazer.

Já imaginei diversas vezes a reação do 157 e não foi bom, ele não vai querer e eu não vou saber o que fazer.

Além de tudo, a resposta que eu procuro à quase quatro meses estava de baixo do meu nariz. Irmãos, eles são irmãos. Não dá para acreditar.

Letícia: Não precisa ser desse jeito, você sabe Maicon. Olha eu faço tudo, qualquer coisa e o que você quiser. - Tentei contornar a situação. - Tudo.

Maicon: Pô Letícia cala a boca, acha que vai me manipular com esse papo? Não vai não. - Apertou meu pulso. - Bora alí na sala, vou te contar uma historinha.

Fui com ele sem reclamar, eu sei como ele é agressivo e eu não posso pensar só em mim, eu estou carregando uma criança e ele não vai acabar com isso outra vez. Mas nada impediu ele de me jogar no meio da sala e rir.

Maicon: Eu realmente gostava de você, te amava Letícia. Mas escondia minha vida inteira de você, ainda mais que tu era certinha e queria seguir a vida ajudando o governo. - Sentou no sofá me olhando com um sorriso. - Você é tão burra que nunca percebeu porra nenhuma.. Nem era pra você saber disso, mas você foi lá e começou a ter um caso com o meu irmão. Infelizmente aquele filho da puta tem a porra do meu sangue.

Letícia: Você me amava? - Mesmo nessa situação eu ri. - Maicon você me bate, me estuprou e não foi só uma vez, você tirou de mim o meu sonho de ser mãe e uma filha nossa. Isso nunca foi amor.

Maicon: Foram maus necessários amor. Eu tive que te tirar aquela criança porque eu não queria ela.. - Me doeu tanto ouvir e ver ele falar sobre isso, com deboche. - Eu amo e amava outra mulher nessa época, ela também tava grávida e era aquele filho que eu queria. É Letícia eu te meti chifre pra caralho. Mas advinha só? O querido 157 apareceu, matou ela e o meu filho, matou o meu pai e junto com a porra do CV tomaram a Rocinha. Aliás, aquele lugar é meu por direito e eu vou pegar.

O 157 tinha dito que essa era a história envolvendo o tio dele que é policial. E provavelmente a amante do Maicon devia ser a tal Pietra.

Letícia: Se você tivesse sido quem me prometeu ser, o 157 ia ser só mais um cliente qualquer. A culpa é sua, acabou com a minha vida, acabou com a sua vida e acabou com tudo. - Neguei respirando fundo limpando as lágrimas. - E sinceramente, tenho certeza que ele teve motivos e o seu pai não devia ser nenhum santo.

Eu disse tudo do fundo do meu coração e quando eu terminei, ele gritou comigo igual a um louco. Até levantar e acertar um chute no meu rosto, o gosto de ferro surgiu na minha boca e ele segurou meus braços.

Maicon: Filha da puta, você nunca mais vai falar do meu pai. E vai aprender a segurar a língua. - Riu tentando puxar minha regata para cima.

Nesse momento eu me desesperei e tentei empurrar ele para longe, o que me rendeu três socos seguidos no rosto. Mas ouvi a voz do LH, o Maicon se distraiu e eu consegui empurrar ele e correr, também gritei para os meninos não entrarem.

Se eles entrarem na casa sem alguém abrir, vai dar a porra de uma grande merda para a gente.

A minha saída foi correr para a cozinha, mas ouvindo os passos dele logo atrás de mim e não tinha para onde eu ir. Tentei pegar uma faca ou qualquer coisa que me ajudasse, mas ele foi mais rápido e me segurou por trás. Me fez bater a cabeça na geladeira e não me soltou.

Maicon: Quer gritar e dar showzinho amor? Então tá. - Me empurrou para perto de fogão. - O melhor é que ninguém vai entrar aqui sem o 157, a gente ainda tem tempo.

Meu olhar foi de encontro a leiteira com água, que o LH tinha colocado para ferver. Naquele momento eu começei a gritar o máximo que eu pude e me afastar dele, não deu certo. Ele conseguiu puxar a minha mão e colocar dentro da leiteira, a dor foi tanta que eu quase perdi a voz de tanto gritar.

Ele deixou por mais de um minuto, depois tirou e tentou colocar um pano na minha boca. Eu mordi a mão dele e corri mais uma vez, dessa vez até uma janela grande da sala batendo nela com a mão direita gritando pelo LH e o outro cara. Nisso senti algo bater com força na minha nuca mas não vi oque foi, eu caí e o Maicon me deu alguns chutes. Apenas coloquei a mão no rosto e outra na minha barriga.

Quando ele finalmente parou, escutei algumas vozes do lado de fora da casa e enquanto o Maicon me arrastava pelos pés, me agarrei na estante da TV mesmo com a dor na minha mão. Usei o resto da minha força acertando um chute no rosto dele.

Consegui me levantar e corri para perto da porta, mas antes de chegar alí perto a porta foi arrombada.

157 me olhou de cima a baixo e gritou alguma coisa, achei que ele ia me ajudar mas ele ignorou totalmente a minha situação. Passou por mim gritando pelo Maicon e o Lh junto do Terror me ajudaram.

...

ARTIGO 157Where stories live. Discover now