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💚LUDMILLA💚

- Ludmilla, nós poderíamos sair qualquer dia desses. - Brunna sugere sentada próxima a mim no sofá enquanto as crianças estavam no chão brincando de seja lá o que.

- Claro. Qual é um dia de sua preferência? Minha agenda está livre. - sorrio de lado observando cada movimento seu, desde olhares a gestos.

- Uma sexta-feira a noite está bom para você? - sugere rodando o copo com cerveja dentro e eu afirmo com a cabeça.

- Só preciso arranjar uma babá para o garoto. - suspiro caindo meu olhar sobre o copo de cerveja e subo lentamente meu olhar para o dela - Onde iríamos?

- Quais locais você costuma frequentar? - apoia seu braço no encosto do sofá e eu suspiro tentando excluir as palavras; cama de recém conhecidos, motel, boates gay e bar.

- Que tal eu preparar um jantar? - sugiro e Brunna solta uma risada nasal antes de dar um gole na cerveja - E nós iremos economizar dinheiro já que não haverá necessidade de uma babá.

- Então na minha casa, às oito? - sorri de lado e eu afirmo com a cabeça.

- O garoto e eu estaremos lá. - dou um última gole em minha cerveja e deixo o copo de lado - Posso levar o vídeo game para jogar com a sua filha? Eu fiz uma promessa e sempre gosto de as cumprir. - olho para a menina que conversava com David.

- Claro, mas os jogos não são tão sangrentos, não é? Eu evito deixar ela ver essas coisas.

Fico em silêncio por uns segundos tentando me recordar de algum momento que Lawrence tenha mencionado sobre jogos infantis. Em seguida afirmo com a cabeça ao me recordar dele dizendo que havia comprado jogos infantis para jogar com David quando ele ficasse um pouco maior.

- Sim, mas tenho que encontrar onde eles estão. - dou de ombros.

Fico observando o rosto de Brunna com um sorriso de lado apenas admirando sua beleza.

- Com o que você trabalha? - puxo assunto quando ela me encara na mesma intensidade que eu estava a olhando.

- Sou garçonete. Trabalho naquele café que fechamos contrato.

- Suspeitei. - junto minhas sobrancelhas e deixo um sorriso descontraído aparecer em meus lábios.

- Isabella, cuidado com isso. - Brunna fala rapidamente e olho para a menina que brincava de jogar uma bola de plástico com David.

- Deixa ela. - os olhos castanhos voltam a me olhar e ela suspira - Você pode me ajudar a levar as coisas para a cozinha? - pergunto me levantando do sofá, pego os dois copos e a mamadeira que estavam sobre a mesinha.

- Claro. - afirma com a cabeça terminando sua cerveja e me segue até a cozinha, colocamos os copos na pia e me viro para Brunna.

- Eu fico boba como você sempre está linda. - comento - Fica ainda mais em fotos...

- Nós duas sabemos que isso não é verdade. - nega com a cabeça fazendo careta e eu abro a boca demonstrando indignação.

- Eu não acredito que você falou isso. - nego com a cabeça a fazendo rir - Mas eu gostaria de pedir algo que envolve isso. - começo a dizer e Brunna franzi o cenho.

- O que é?

- Você aceitaria ser fotografada por mim? - cruzo os braços e a mulher a minha frente fica mais confusa.

- É claro que não, dá onde você tirou isso? Eu não fico boa em fotos. - nega com a cabeça.

- Não é o que a minha câmera diz. - sorrio, dou alguns passos em sua direção e levo meus dedos até seu queixo - Brunna, você é uma mulher dona de uma beleza excepcional que deixa muitas mulheres com inveja.

Com meu polegar, acaricio seu queixo e deslizo meus dedos pela linha de seu maxilar, coloco um pouco do seu cabelo atrás de sua orelha e ela olha para baixo por alguns segundos.

- Por favor, seja a minha modelo. - peço e ela volta a me olhar, mordo meu lábio e sorrio em seguida - Eu mandaria as fotos para uma revista muito requisitada para tentar arranjar um emprego mas eu prometo que só eles veriam as fotos.

- Eu não sou fotogênica.

- Você é. Para falar a verdade, você é extremamente fotogênica. - afirmo com a cabeça descendo minha mão para seu pescoço e acaricio o local. Um pequeno sorriso cresce em meus lábios ao sentir sua pele se arrepiar e continuo a olhando - Eu não faria essa proposta se não fosse.

- Eu não sei, nunca gostei de tirar fotos... Mas que estilo de fotos seriam?

- Eu estava pensando em umas fotos o mais casual possível... Sensuais porém nada vulgar, apenas algo que irá capturar a sua sensualidade natural. - olho para sua boca e ela morde o lábio, subo meus olhos para seus olhos e uma corrente de excitação percorre o meu corpo - O que me diz?

- Não sei se consigo ser sensual na frente de uma câmera. - deslizo meus dedos para seus ombros, em seguida para seus braços e antebraços até chegar em sua mão.

- A sua sensualidade é aflorada, irá conseguir. - digo com convicção brincando com seus dedos - Você vai gostar das fotos, vou fazer o possível para que você não fique desconfortável. - sussurro levando minha mão até sua cintura e a aperto.

O seu olhar fica ainda mais intenso e sua boca fica entreaberta soltando um pouco de ar pela a mesma. Observo seu peito subir e descer denunciando a sua respiração irregular.

- O que me diz? - dou mais um passo em sua direção e fico com meu rosto próximo ao seu.

Minha mão desliza por sua cintura até chegar em sua lombar e mexo meus dedos vendo a respiração de Brunna ficar ainda mais irregular, assim como os seus olhos que variavam entre minha boca e meus olhos.

- Eu posso garantir que não irei fazer nada que você não permita. - a seguro puxando o seu corpo contra o meu e Brunna aperta os olhos assim que nossos quadris se chocam.

- Posso pensar nisso? - pergunta abrindo os olhos novamente e eu afirmo com a cabeça passando a ponta da minha língua sobre meus lábios.

- Você tem todo o tempo do mundo. - sorrio de lado e aproximo um pouco mais o meu rosto do seu - Todo o tempo do mundo. - sussurro reafirmando aproximando meus lábios dos seus e ela faz menção em me segurar mas ela se surpreende quando eu tiro minha mão da sua lombar e me afasto soltando um sorriso com uma pitada de ironia no mesmo - Vou me certificar que o David não fez a sua filha engolir um brinquedo. - aviso e ela parece voltar a si, pisca rapidamente e afirma com a cabeça.

Bingo.

Antes de sair, eu abro o armário pegando um copo, o encho com água e bebo lentamente com os olhos vidrados em Brunna. Percebo a sua mão apertando o mármore da pia com tanta força que seus dedos até mesmo perdiam a cor. Jogo o resto de água fora e mexo minimamente minha sobrancelha antes de sair em direção a sala deixando Brunna ali

Havia conseguido tirar minhas dúvidas. Brunna não era hétero e havia cedido, mesmo que fosse por breves minutos, ela havia cedido sem muito esforço ou relutância.

- Ludmilla, o David quebrou o boneco. - Isabella fala assim que eu me aproximo dos dois e vejo um boneco de super herói sem a cabeça, seguro a risada e mordo o lábio.

- Depois eu conserto. - a menina que era a cópia de Brunna afirma com a cabeça e deixa o brinquedo de lado.

Provavelmente eu colaria aquela cabeça com super cola para nunca mais sair. A última coisa que eu precisava era de David se engasgando com partes de brinquedos.

Querido David ✔👶Onde histórias criam vida. Descubra agora