22. Me dê amor (parte 1)

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Muito se fala sobre o que o amor pode fazer, mas poucos sabem explicá-lo. O amor é um laço que às vezes tem uma razão para nascer, que às vezes é criado com o tempo e, às vezes, no mais raro dos casos, simplesmente é formado sem nenhuma explicação. Ele é como um combustível, sem ele nós não conseguimos nos mover, crescer, ir em busca de um futuro melhor.

— Eu ainda não estou acreditando no que aconteceu hoje. — Jimin confessou após beijar Hayun mais uma vez naquela noite, afastando-se brevemente. — Você tem certeza de que isso não é mais um sonho? — Indagou risonho sem tirar os olhos da garota.

Estavam dentro de seu carro, já estacionados na garagem do prédio onde as gêmeas moravam. Ele havia se oferecido para levá-la em casa ao final da festa, com a desculpa de que estava tarde para que ela voltasse sozinha.

Todos que a viram sair sabiam que era apenas um pretexto fajuto, ao passo que ela tinha chegado até a mansão com seu motorista particular e o mesmo deveria deixá-la em casa. Entretanto, a atriz não argumentou e aceitou a proposta. Ela também queria estar com ele, tinha convicção de que precisavam conversar sobre a sua atitude arriscada.

— Você já sonhou comigo Park Jimin? — Brincou com o mesmo humor do loiro.

— Há muitas coisas que você não sabe Song Hayun. — Passou a língua entre os lábios olhando-a sugestivamente.

— Seus sonhos eram tão reais quanto isso? — Sussurrou sedutoramente, aproximando-se novamente dele selando seus lábios.

— Não mesmo. — Respondeu estático, fitando os lábios da garota que estavam a poucos centímetros dos seus.

— É real Jimin. — Declarou se afastando, apoiando a cabeça no encosto do carro, virando o rosto para olhá-lo. — Demorei, mas finalmente percebi que isso é real. — Confidenciou gesticulando com as mãos apontando para os dois, um pouco acanhada, afinal fora ela que sempre o afastou.

— Eu te entendo. — Comentou, encostando-se no banco do mesmo modo que ela. — Eu também demorei, não tanto quanto você. — Deu um pequeno riso. — Sempre tivemos uma conexão diferente. — Olhou-a ternamente, enquanto tocava delicadamente em seu cabelo, colocando-o para trás da orelha.

— Oh céus! Eu preciso me acostumar com isso. — Disse zombeteira, colocando a mão sobre o peito, sentindo o rosto corar pelo embaraço.

— Não se preocupe, você vai se acostumar fácil. — Rebateu, segurando mão dela que estava sobre o peito e puxando-a para si, dando-lhe mais um pequeno beijo. — Então, é oficial, esse é o nosso primeiro dia? — Perguntou encostando a testa na dela, fitando seus olhos esperançoso, ansiando pela resposta.

— Sim. — Respondeu brevemente, fascinada com aquele momento. — Eu não acredito que você usou essa frase, me sinto em um set de gravação. — Falou divertida, sem se afastar dele, fazendo-o rir.

Gostava de estar assim, era um sentimento recém descoberto, mas que já existia há anos. A forma como Jimin a fazia se sentir era única, e por mais que já tivesse se apaixonado por vários outros caras, sentia-se extasiada. Sempre soube que a presença do rapaz em sua vida era importante, mas nunca imaginara que o viria como um grande amor. Nem se quer pensou que poderia se sentir tão apaixonada quanto estava. Para Hayun, estar com Jimin era excepcionalmente diferente.

— Eu não podia perder a oportunidade. — Falou ainda risonho, dando-lhe um beijo na testa logo depois. — Eu nem acredito que logo agora a turnê vai começar e preciso estar no Japão em dois dias. — Reclamou olhando-a um pouco decepcionado. — Finalmente estamos juntos e teremos que nos separar, isso não é justo! — Dramatizou, afastando-se um pouco, olhando para cima ao final da frase, como se estivesse reclamando com alguma divindade.

A outra metade de mimWhere stories live. Discover now