Capítulo 30 - Paulo

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Penso na Duda constantemente, imagino como ela deve estar, amadureci meu sentimento por ela, a única certeza que tenho é que um dia vou vê-la novamente.

Nestes meses que se passaram, a Duda não deu nenhuma notícia, não ligou, ou enviou mensagem, e-mail, nada, sumiu, evaporou.

Me afastei da minha mãe o máximo que pude, mesmo ela me procurando para datas comemorativas ou algum evento, até mesmo para conversar não me aproximo, ela precisa perceber que passou dos limites, acredito que já percebeu o mal que me fez.

Voltei a malhar, correr, bebo somente em ocasiões especiais e ainda sim, bem pouco, quero estar lúcido quando ela voltar.

Para este final de semana vou para uma casa de swing aqui mesmo em São Paulo, porém em uma que não pertença a minha mãe. Quero descontrair, jogar conversa fora, desde que Duda se foi não fiquei com mulher nenhuma.

Quando consigo dormir sou acordado com o telefone tocando, que atendo sem nem olhar quem está chamando: _ Alô.

_ Vem para o hospital, Ana vai ter o bebê agora, o Anthony está precisando de nós.

_ Estou saindo.

Fortaleci minha amizade com a Ana, esposa do meu amigo e prima da Duda nesses meses, observei de perto a felicidade do Anthony. Quem sabe a minha Diaba aparece por esses dias para ver o bebê pacotinho.

Chego no hospital junto com meus amigos Carlos e Pedro, depois de um tempo toda a família vem chegando aos poucos para saber da novidade, estamos apreensivos querendo saber o sexo do bebê, o casal fez mistério todo esse tempo.

Logo meu amigo sai do centro cirúrgico carregando bexigas rosas, com o maior sorriso de bobo no rosto, ele nos dá a notícia que logo poderemos ver seu pacotinho, quando vou abraçá-lo, fala. _ É a melhor coisa que já me aconteceu na vida, minha bebê é linda. _ Fiquei emocionado pelo meu amigo.

Quando saímos do hospital já é de madrugada e Carlos chega perto e propõe. _ Vamos esticar a noite?

_ Vamos, tem algo em mente?

_ Estou querendo ir para o clube onde sou sócio, beber um pouco, arrumar uma parceira para a noite.

Quando chegamos no clube o ambiente está bem movimentado, sentamos em uma mesa próxima ao palco, fico observando a movimentação, a interação dos casais, quero isso, a cumplicidade, o sexo por sexo, o sexo com amor.

Logo uma amiga nossa veio nos fazer companhia, entre risos, piadas, um casal que também conhecemos aparece para conversar e nessa interação resolvemos ir para o quarto reservado.

Pelas regras da casa podemos deixar a porta do quarto entreaberta dando assim a liberdade de escolha para quem está passando se deseja se juntar ao grupo ou não, mas nesse momento fechamos a porta deixando a brincadeira só entre nós.

Acho que hoje vou ficar de voyeur, só admirando, o quarto é bem interessante nele existe uma única cama imensa que comporta confortavelmente quatro casais ou seja oito pessoas tranquilamente, me mantive a princípio afastado do grupo que já entrou numa sintonia sem igual.

Os corpos se misturavam num balé de pura luxúria, estava até bonito de se ver, os corpos se completam se encaixam o sexo é harmonioso entre eles, não sinto a menor vontade de participar me pego pensando nela novamente.

Saio do quarto, preciso andar pela casa e procurar outro ambiente que chame a minha atenção, paro e vejo uma moça se exibindo no mastro do poli dance, me aproximo, ela me convida para a brincadeira, entro no jogo, seu corpo é sexy, ela me chupa com vontade, com fome, perco o controle me solto, extravaso tudo o que esta represado dentro de mim, toda a angustia, a amargura, à fodo forte, gozo várias vezes, estou no meu automático.

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