Capítulo 5 - Histórias Do Futuro

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Kara ON

Eu segurava a mão de Tess, olhando fixamente para a jovem loira em minha frente que dormia profundamente por conta dos vários remédios que teve que tomar para a dor.

Eu ainda estava confusa. Em menos de vinte quatro horas eu descubro que tenho uma filha, que ainda por cima foi baleada na minha frente.

Tess: Yeyu? - Ouço a voz fraca e seca de Tess. Levanto minha cabeça e vejo que ela abre os olhos lentamente. - O que aconteceu?

Kara: Você levou um tiro de um agente do DOE. - Falo calmamente enquanto ajudava ela a se sentar na cama. - Sente alguma coisa? Alguma dor?

Tess: Nas costas. Parece que tem algo pressionando minha coluna. Onde está Lena? - Ao final da frase percebo um pouco de raiva.

Kara: Foi buscar algo para que eu possa comer.

Tess: Às vezes eu esqueço que estou no passado, o passado que eu nem nasci.

Kara: Porque chama Lena pelo nome? - Minha curiosidade é mais alta do que qualquer coisa. Tess me olha por breves segundos suavizando o olhar.

Tess: Quando eu nasci, você e ela estavam na pior fase possível da briga de vocês. Pelo que eu sei você foi morar na mansão quando completou três meses de gestação. - Ela suspira - Foi então que vocês decidiram se casar. - Eu arregalo os olhos. Eu e Lena? Casadas? Mas se estávamos na nossa pior fase, como isso é possível? - Eu nunca entendi esse casamento. Vocês até davam atenção para mim, mas... A L-Corp começou a crescer e você começou a focar muito na carreira de repórter e heroína. Quando vovó saiu da cadeia, se ofereceu para cuidar de mim. Fui morar com ela aos quatro anos e desde então Lilian Luthor é minha família, a única que eu conheço pelo menos.

Kara: Eu não acredito que eu e Lena deixamos nossas brigas e ressentimentos te atingirem dessa maneira. - Ajeito meus óculos no rosto e suspiro pesadamente.

Tess: Até eu completar meus doze anos, até que vocês eram presentes. Algumas vezes me levavam na escola ou para passear pelos parques de National City. Mas quando eu completei treze, tudo diminuiu. Os passeios, as visitas, os carinhos. Parecia que vocês nem se lembravam de mim, e eu simplesmente me acostumei que não poderia contar com vocês para nada.

Kara: Eu sinto muito. - Coloco a mão no ventre e sinto a mão de Tess sobre a minha.

Tess: É estranho estar em um lugar onde eu sei que não existo. Ainda mais sabendo que estou aqui dentro. - Ela olha para mim de maneira terna, muito diferente da menina amargurada que conheci hoje cedo. - Vocês tem que se resolver. Na minha linha do tempo as escolhas já foram tomadas e não podem ser revogadas. Tente mudar as coisas enquanto ainda pode me proteger dentro de você. Onde meu coração bate junto com o seu.

Eu sorrio com suas palavras. Tess entrou na minha vida a apenas algumas horas e já mostrava que era mais madura que qualquer um que eu tinha conhecido.

Alex: Olha só quem acordou! - Tess se vira de uma vez e faz uma careta de dor. - Calma aí mocinha. Não queremos romper esses pontos. - Alex levanta a roupa que Tess estava e confere se tudo estava bem. - Eu tenho uma notícia boa e a outra ruim. Qual quer primeiro?

Tess: A ruim. - Garota esperta.

Alex: A ruim é que o material que precisamos para fazer você voltar para sua linha temporal irá atrasar um pouco, pelo menos dois meses. - Alex se puxa uma das poltronas para se sentar. - E a boa é que você não ficará paraplégica, pois o disparo passou raspando na sua coluna. Então, ficará de recuperação na casa de Lena até que tudo isso se resolva.

Uma Segunda Chance Para o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora