Blazer Tate é o Executor de Henrico Velásquez, ele sabe que o seu serviço é atirar primeiro e perguntar depois, mas mesmo que suas mãos estejam cheias de sangue, Blazer é um homem gentil e protetor e é nessa atmosfera de máfia e execuções que ele co...
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DAKOTA
Minha mãe abriu a porta do meu apartamento, entrei e me sentei com ela ao meu lado, o lado direito do seu rosto estava roxo do soco dado por meu pai. Ela se virou e sorriu estendendo a mão para mim, eu a peguei e apertei na minha.
— O que foi que aconteceu, minha filha?
— Não se preocupe comigo, estou bem. Como a senhora está?
— Não tenho como falar que estou bem, mas sei que superarei tudo.
— Ele sumiu?
Ela concordou desviando o olhar. Nunca pensei que meu pai fosse capaz daquele tipo de atrocidade, agredir a própria mulher.
— Até agora não entendi o que aconteceu. Ele chegou em casa desesperado querendo dinheiro, disse que venderia tudo e que estava sem emprego. Pedi que ele se acalmasse e tentei segurá-lo, mas ele me agrediu e depois fugiu. Desde então, não tenho notícias dele.
— Sinto muito, mãe, a verdade é que não sei nem o que falar. Estou chocada até agora e me sinto culpada por não ter tomado uma atitude antes. Quando as coisas começaram a ficar feias.
— A culpa não é sua, minha filha e muito menos minha. A culpa é do seu pai que perdeu a cabeça.
Sim, disso ela tinha razão, mas eu me sentia culpada da mesma forma. Passei as últimas semanas perdendo o meu tempo com o Blazer e esqueci da minha família, das pessoas que realmente importavam para mim.
— Quem era o rapaz no hospital? — ela perguntou com um sorriso esperançoso.
— Não quero falar sobre isso, mãe.
— E falar sobre o que aconteceu com você hoje, você quer?
— Também não.
— Tudo bem. — Ela deu de ombros se aproximando de mim encostando sua cabeça no meu ombro e encostei a minha na sua.
— Não se preocupe, mãe, tudo ficará bem.
— Eu sei.
Eu já não sabia se a minha promessa seria real, torcia que sim, que tivesse forças para manter a minha mãe em segurança e que eu pudesse seguir em frente agora sem o Blazer e suas mentiras. Segurança, ele nunca foi um segurança e durante todas aquelas semanas eu me envolvi com um bandido, mas isso nunca mais aconteceria.
— Bom — fiquei de pé. —, preciso de um banho.
— Farei algo para comer. — Minha mãe ficou de pé e se afastou.
Estávamos as duas quebradas, machucadas e perdidas, mas tudo voltaria ao normal em breve. Assim acreditávamos.