CAPÍTULO 10

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DAKOTA

Minha mãe abriu a porta do meu apartamento, entrei e me sentei com ela ao meu lado, o lado direito do seu rosto estava roxo do soco dado por meu pai. Ela se virou e sorriu estendendo a mão para mim, eu a peguei e apertei na minha.

— O que foi que aconteceu, minha filha?

— Não se preocupe comigo, estou bem. Como a senhora está?

— Não tenho como falar que estou bem, mas sei que superarei tudo.

— Ele sumiu?

Ela concordou desviando o olhar. Nunca pensei que meu pai fosse capaz daquele tipo de atrocidade, agredir a própria mulher.

— Até agora não entendi o que aconteceu. Ele chegou em casa desesperado querendo dinheiro, disse que venderia tudo e que estava sem emprego. Pedi que ele se acalmasse e tentei segurá-lo, mas ele me agrediu e depois fugiu. Desde então, não tenho notícias dele.

— Sinto muito, mãe, a verdade é que não sei nem o que falar. Estou chocada até agora e me sinto culpada por não ter tomado uma atitude antes. Quando as coisas começaram a ficar feias.

— A culpa não é sua, minha filha e muito menos minha. A culpa é do seu pai que perdeu a cabeça.

Sim, disso ela tinha razão, mas eu me sentia culpada da mesma forma. Passei as últimas semanas perdendo o meu tempo com o Blazer e esqueci da minha família, das pessoas que realmente importavam para mim.

— Quem era o rapaz no hospital? — ela perguntou com um sorriso esperançoso.

— Não quero falar sobre isso, mãe.

— E falar sobre o que aconteceu com você hoje, você quer?

— Também não.

— Tudo bem. — Ela deu de ombros se aproximando de mim encostando sua cabeça no meu ombro e encostei a minha na sua.

— Não se preocupe, mãe, tudo ficará bem.

— Eu sei.

Eu já não sabia se a minha promessa seria real, torcia que sim, que tivesse forças para manter a minha mãe em segurança e que eu pudesse seguir em frente agora sem o Blazer e suas mentiras. Segurança, ele nunca foi um segurança e durante todas aquelas semanas eu me envolvi com um bandido, mas isso nunca mais aconteceria.

— Bom — fiquei de pé. —, preciso de um banho.

— Farei algo para comer. — Minha mãe ficou de pé e se afastou.

Estávamos as duas quebradas, machucadas e perdidas, mas tudo voltaria ao normal em breve. Assim acreditávamos.

oOo

SEM LIMITES - SPIN- OFF - HOMENS DA MÁFIAWhere stories live. Discover now