23 ↬ Andrea's pov's

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A volta pra casa uma semana depois foi tranquila, nenhuma companhia indesejada estava pela estrada ou em qualquer perímetro que foi analisado, havíamos saído de madrugada, chegamos em casa antes mesmo do dia amanhecer.

E após passar o domingo em casa, decidi que era o momento de voltar ao trabalho, na verdade eu nem mesmo deveria ter ficado tantos dias fora.

Meus olhos estavam completamente atentos aos papéis que lia, já havia visto muitos e assinado tantos outros, os casos da semana que eu teria que julgar eram pequenos, claro que quando eu digo pequeno, eu quero dizer que não é caso de estupro, atentatado ao presidente ou tão grande quanto o caso de Harris seria.

Eram mais como casos de roubos, drogas, também haviam casos de assédio, coisas que eu resolveria em questão de minutos, o som do meu celular ecoou pela sala me fazendo pega-lo sem muita vontade, mas não desviei o olhar do documento.

— Sachs falando.

— Boa tarde querida, não te vi sair.

— Eu disse que não deveria ter ficado tanto tempo longe do escritório.

— Foram menos de duas semanas, Andrea.

— Não diminui meu trabalho — Disse ríspida, não por querer ser, era automático, respirei fundo — Por que ligou? — Perguntei com o tom mais ameno.

— Convidei Nora para o jantar essa noite...

— Você sabe que eu não gosto dessa mulher.

— Nora é indefesa, chegue em casa às sete e meia, no mais tardar sete e cinquenta.

— Farei o possível.

— Tenho certeza que mais duas semanas sem sexo não te anima muito, então não passe desse horário — Revirei os olhos encarando um ponto qualquer.

— Desde quando você usa sexo contra mim?

— Desde hoje, não se atrase, eu preciso ir — Disse e desligou sem que eu pudesse responder, neguei com um maneio de cabeça voltando a atenção ao trabalho.

.§.

Olhei para o relógio vendo que já era sete e meia, eu estava com uma sensação estranha, peguei minhas coisas sem esperar e sai da minha sala rapidamente com o celular nas mãos, passei pela mesa de Lily e da outra secretária, vi Natanael sorridente se aproximando da mesa da noiva.

— Já vai maninha? Qual o milagre?

— Não me provoque, Natanael — Disse encarando-o e seguindo para o elevado — Mande os documentos para meu e-mail, Lily.

— Tudo bem.

— Tchau maninha — Natanael disse e eu adentrei o elevador sem me importar em responder.

Quando cheguei ao térreo, já discava o número do meu pai, eu não falava com ele desde sábado a noite, quando voltamos da casa de campo, adentrei o carro.

— Oi querida — A voz do meu pai ecoou.

— Aonde está?

— Em casa, por que?

— Está acontecendo alguma coisa?

— Não, por que a pergunta? — Olhei para o lado de fora do carro.

— Nada, eu só estou com uma sensação estranha.

— Aonde você está?

— Indo pra casa.

— Não deve ser nada.

— É a mesma de quando... Ela se foi — Falar da minha mãe era um assunto delicado pra mim, jamais deixaria de ser, só ficava leve quando falava sobre ela a Cassidy, que sorria largamente a cada história.

Por... ContratoWhere stories live. Discover now