Marcados para Morrer

Capítulo- 03.

Notas: Oi meus amores, obrigada pelos comentários no capítulo anterior, as atualizações podem ser mais lentas, devido a minha rotina extremamente corrida, mas estarei sempre atualizando quando for possível, tenham uma boa leitura!!

OBS: A música mencionada no capítulo é When Love And Hate Collide - (Def Leppard)

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Eles estavam imersos num silêncio constrangedor, pois não sabiam como reagir após o policial ter tomado a iniciativa de abraçar o moreno, ambos apenas se afastaram, então o Xiao lhe convidou para entrar e fez um pouco de chá para os dois, tentando quebrar aquele clima estranho.

— Está ficando tarde. — Zhan comentou baixinho observando o investigador acomodado no lado oposto do estofado, acarinhando tranquilamente sua gatinha, achando a mesma uma vendida que se bandeava para qualquer lado em troca de chamego, ronronando em satisfação evidente ao receber atenção do homem de cabelos castanhos, enquanto este tomava um pouco do chá anteriormente servido pelo mais velho, o maior até sentiu um pouquinho de inveja da sua bichana.

— Nem pensar que vou deixar você sozinho, hoje é quarta-feira, sei que o bar fecha mais cedo do que o convencional, vou ficar aqui esperando seu irmão chegar. — Yibo decretou parecendo bastante confortável com a situação, conhecia os horários de funcionamento do estabelecimento, pertencente ao Xiao mais jovem, sabendo que este não demoraria muito, — Além disso, não tem ninguém me esperando em casa... — O policial falou soando vagamente, lembrando que quando chegasse iria apenas se jogar em sua cama e, apagar completamente, o chá também lhe ajudaria a dormir melhor. — Sizhui vai passar a noite na casa do meu irmão, porque Jingyi e ele, estão maratonando uma série.

— Você não precisa se preocupar comigo, tem suas próprias investigações para cuidar, posso perfeitamente me virar sozinho. — O jornalista respondeu ligeiramente orgulhoso. — Às vezes você fica parecendo aqueles mocinhos de romances policiais, sempre disposto a proteger as donzelas em perigo. — Comentou se permitindo sorrir bem-humorado, involuntária imaginando aquela cena pitoresca.

— Você certamente passa longe de ser uma donzela, talvez seja no mínimo, um homem delicado, mas com certeza absoluta está correndo perigo... Tem noção do vespeiro que pode colocar sua mão dentro, e acabar saindo todo picado? — Perguntou sério colocando a caneca sobre a mesinha de centro. — Sei que nós não somos amigos próximos, mas vou lhe dar um conselho, deixe esse trabalho para os policiais antes que isso fique pior, mandaram um aviso hoje, não quero te encontrar crucificado qualquer dia desses. — Ainda que jamais admitisse em voz alta, nem para si mesmo, Yibo secretamente temia pela vida do maior.

— Quem diria que estaríamos assim, conversando como pessoas normais, quando na verdade costumamos brigar sempre que nos encontramos, independente da ocasião. — O moreno proferiu se divertindo com aquele pensamento, os embates foram esquecidos temporariamente, eles estavam se comportando de forma mais madura, algo esperado numa convivência entre dois homens adultos.

— É impressionante a maneira como você ignora meus conselhos, só escuta aquilo que lhe convém. — O policial se queixou ficando irritado, pois o mais velho tinha aquela mania inacreditável de tirá-lo do sério. — O assunto que estamos tratando é de extrema gravidade, quando vai entender?

— Quando você compreender que nenhum desses argumentos vai me fazer retroceder, desistir seria dar aos culpados uma bonificação, uma segurança certa de impunidade, pessoas estão morrendo ao nosso redor, amanhã pode ser eu, ou algum dos nossos amigos. Como posso me acovardar ficando trancado em casa, esperando qual de nós será o próximo? Precisamos agir, mesmo que seja perigoso, aqueles garotos foram brutalmente mortos, os responsáveis irão pagar pelo sangue inocente que eles derramaram, e em nome do que? — Zhan falou, soltando um suspiro frustrado, com Zizhen morto, não havia mais nenhuma pessoa disposta a cooperar. — Ele foi assassinado tentando me contar o que havia descoberto, jamais conseguiria continuar vivendo sabendo disso.