capítulo 12

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POV Vinnie 

Estava tomando café da manhã com meus pais, era domingo e eu amava ter tempo de ficar com eles. Nesse momento estávamos na mesa que ficava no quintal, a neve se esvaziara e não tinha momento melhor para ficar lá fora, papai lia seu jornal atentamente enquanto bebericava seu café, Cat brincava no balanço de pneu e mamãe observava o ambiente enquanto brincava com meus cachos. Estava com a cabeça deitada em seu colo e o sol batia sobre nós enquanto recebia cafuné da mais velha. Mamãe era de longe uma mulher magnífica e papai diz que desde os tempos do colegial ela já chamava atenção de todos. Seus cabelos dourados como os meus e olhos  cor de mel bem clarinhos, seu corpo lindo e muito bem conservado. Hoje a mulher usava um vestido amarelo e um grande casaco e com toda certeza digo, mamãe era radiante.

Pensava no casamento dos meus pais. Os dois são perfeitos juntos. Brigam é claro, seja pela indecisão do que pedir no jantar ou até coisas mais sérias mas sempre se resolvem antes de dormir. Papai é totalmente rendido pela minha mãe sabendo todos os seus gostos e jeitos. Mamãe é apaixonada por ele e faz de tudo para o vê-lo feliz. A verdade é que os dois, por algum motivo ou desejo do destino, se encontraram, destinados a se amar. E de fato, o  fizeram com graça e excelência. Passaram por uma gravidez aos vinte anos, um casamento aos vinte e três ( mesmo que alguns contam que papai a pediu em casamento muito antes dos dezoito ) a dificuldade de descobrir um filho surdo, a formação de uma família do zero e anos mais tarde mais um ser vindo ao mundo. Hoje em dia já são treze anos casados e vinte um juntos e um amor imensurável um pelo outro.  Eu queria ter isso com alguém um dia. Não o relacionamento dos meus pais porém um tão bonito quanto. Não sou de ficar com muitas pessoas, eu gosto de coisas duradouras. 

Eu comecei a pensar muito nisso nos últimos dias. Em relacionamentos. Não com qualquer garota, pra falar a verdade, eu tenho uma em mente. Rosamund mexe comigo de uma forma que ninguém nunca mexeu antes. Quando nos beijamos na casa de campo eu senti meu coração dar um mortal e todas as borboletas do meu estômago começarem a voar. Sou rendido por aquela garota e quero estar perto dela o tempo todo. Gosto de abraçá-la e fazê-la tirar os pezinhos do chão pois sua expressão é fofa. Gosto de como ela trata minha irmã priorizando suas brincadeiras. Gosto ver quando está concentrada em algo e morde o lábio inferior mostrando estar pensativa. Gostava de como ela saía nas fotos que eu tirava dela e sua forma espontânea.  Gostava de quando seu pequeno nariz de botão se franzia e a deixava como uma criança. Adorava tudo nela. 

Papai vai junto de Cat até a frente da rua andar de bicicleta e eu levanto do colo de minha mãe.

" Quando você percebeu que era apaixonada pelo papai, mãe?"

A mais velha se surpreende com a pergunta mas responde sem sequer pensar.

"  Estávamos em uma sorveteria, tínhamos acabado de sair da escola e seu pai teria pedido um café, ele odiava sorvete. Eu tinha pedido duas bolas de nozes. Antes eu o olhava fazendo careta pois não acreditava que namoraria alguém que não gostasse de sorvete. Até que me vi junto dele e quando saíamos ou eu estava mal ele me trazia aquele mesmo sorvete de nozes pois sabia o quão apaixonada eu era nele e fazia questão de comprar.  E então eu percebi que eu era apaixonado em tudo naquele homem, inclusive no fato dele não gostar de sorvete. Me dei conta que não queria viver minha jornada sem a mão dele para segurar. Mas de verdade Vinnie, não é o sorvete que me fez perceber. Foi que eu gostava de tantas coisas nele que não conseguia nem medir em palavras. Amar é algo inefável querido."

A encaro e sorrio, a mesma sorri também. Um tanto brincalhona, acho que conseguia ler minha expressão.

" Acho que estou apaixonado, mãe."

Não sei se estava feliz ou assustado em concluir isso.

Mamãe me olhava ainda sorrindo.

"Sei disso querido, sei disso."

[...]

Passei o resto do dia no quarto e no final da tarde passei na casa dos meninos para irmos andar de skate. Primeiro Jordan e depois tocamos na residência Cyr e quem atendeu foi Kio.

" Hey."

" Oi dude, vamos andar de skate, chame Rose."

" Cara, Rose saiu com o pai, algum assunto urgente de família, saiu depois do almoço e ainda não voltou."

O olho surpreso. Rose não falava da família quase nunca e quando saía normalmente me avisava já que conversamos o tempo todo. Menos hoje. Hoje não mandamos mensagens nem nada. Mas deveria ser algo pessoal demais e Brown é reservada.  

-" Que droga que a baixinha não está, estou doido pra aprender uma manobra que só ela sabe, enfim, vamos?"

Kio e eu assentimos e depois do moreno pegar seu skate vamos até a pista.

Um tempo depois Mackenzie chegou. Kio tinha chamado ela. Tenho certeza de que ele tem um sentimentos pela garota de cabelos azuis mas não vai admitir. Kio não admiti sentimentos por garotas tão fácil depois de Miranda. Tinha uma garota ali perto que deu em cima de Jor mas que não deu bola nenhuma. Era a regra dos bros como diria o mesmo. Só um bro pode se envolver por noite, ou os três, nunca só dois para o terceiro bro não ficar sozinho. Fizemos essa regra quando nós três já tínhamos dado nosso primeiro beijo. Tínhamos doze anos mas ela permanece até hoje. Acho que é isso que nos mantém juntos.

Lá pelas dez da noite, Kio e Mack tinham ido embora, foram na lanchonete ao lado depois de muita insistência nossa para o garoto ir e só restou nós dois Até que vejo o carro do pai de Rose parar e a garota sair do mesmo. A morena usava calças jeans e uma blusa de banda desconhecida por mim. Segurava uma pequena bolsinha e usava seus coturnos, seu cabelo preso com uma faixa amarela e seu olhar era baixo, não tinha nos visto ainda mas sabia perfeitamente que estávamos lá. A garota chega perto de nós e sobe o olhar me deixando alarmado. Seu rosto estava inchado e seus olhos vermelhos, parecia ter chorado por horas. Vejo Jordan perguntar se ela está bem e a mesma solta um sorriso falho e rapidamente a envolvemos num abraço quentinho e seguro. Ficamos ali por um tempo até nos afastarmos e encararmos a garota. Jor me olha e entendo balançando a cabeça, deixa um beijinho na cabeça da garota e me dando um abraço saindo logo em seguida. Ele era um cara incrível.

Rapidamente faço a garota sentar no chão da pista e me junto a ela e quando vejo, a mesma desaba em um choro fino e angustiante. Nunca tinha visto Rosamund chorar, não dessa forma. Ela parecia algo pequeno e frágil e eu queria mais que tudo saber o que estava acontecendo e poder ajudá-la. 

Abraço a menina e a vejo sibilar rápido demais para eu poder entender me deixando um tanto desesperado. Continuo agarrado a ela até que se acalmasse e isso durou por muito tempo. Muito tempo. Pego meu celular abrindo no bloco de notas a entrego a ela que ainda tremendo digita.

'promete pra mim Vinnie, promete pra mim que não vai me abandonar, não igual eles fizeram.' 

Li aquilo chocado e assenti várias vezes com a cabeça distribuindo beijos em seu rosto e a vejo tremer de frio e tiro logo meu casaco a cobrindo e a trazendo pra mais perto de mim.

Quem teria feito isso com ela? Quem são eles? O que caralhos tinha acontecido?

Não abandonaria você Rose. Nem se quisesse.



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OII 

como seis tão?

Gostam da Mack? 

segredos da Rose vão começar a rolar...

o relacionamento dos dois vai começar pq a fic se passa basicamente com eles juntos ok? não se surpreendam com a rapidez.

amo vcs

comentem e votem

amo vcs

xoxo

Deafness - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora