Capitulo 21 - Triste para sempre.

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Nathan Wolfman.

            Já fazia dois meses que Lisa estava em casa. Queria tocá-la, amá-la, levá-la ao paraíso. Quero que esse casamento dê certo. Aceitei suas condições para que eu pudesse ficar perto de Lúcia e de Lisa. Lisa é minha esposa há dois meses e não a toquei intimamente. Às vezes acordava de madrugada para vê-la dormir, era como um anjo.

            Chegava tarde do trabalho tarde, muitas vezes para evitá-la, sinto muito desejo por ela. Nunca esqueci a nossa primeira vez... Fiquei assustado por ela ser virgem, mas ao mesmo tempo feliz. Fui o seu primeiro. Ela não tomava pílulas e não usamos camisinha, resultado: uma linda filha. Lúcia. Meu novo motivo de viver.

            Minhas feridas já estavam cicatrizadas. Se não fosse o casamento que meu pai nos forçou a fazer, Lisa já estaria em seu apartamento. Quero tanto me enterrar nela, senti-la debaixo de mim, escutá-la gemer... Concentre-se Nathan! Você está em seu escritório, então trabalhe.

            - Senhor... – Ah não! Tatiana, minha secretária que com certeza quer que eu a fodo. Blusas sempre decotadas, saia curta... Não falo nada porque é uma boa funcionária. Antes de Lisa, já imaginei eu comendo ela na minha mesa, ela é muito bonita, seios fartos, curvilínea, mas não me envolvo com funcionários.

            - Sim Tatiana?

            - Estes documentos... Posso entregar outra hora? – Ela deita a cabeça para o lado fazendo beicinho. Jesus... Como é que me imaginei a fodendo? Só de olhá-la me dá calafrios.

            - Pode. Amanhã sem falta. – Respondo com meu tom profissional.

            - Tudo bem. – Ela me lança um olhar de desejo e sai rebolando.

~o~

            Chego em casa morto de estresse. Lisa só vai chegar amanhã e sem minha princesa. Lisa diz que sou um pai ausente mas sempre que posso brinco com ela, a pego no colo... Dou suas papinhas.

            Dei folga para Ana hoje. Não quero ver ninguém na minha frente. Vou até a sala, tiro minha gravata e sento no sofá da sala. A campainha toca.

            - MAS SERÁ O CRISTO! – Vou de mau humor atender a porta. Será que não posso ter meu momento de lazer?

            Abro e encontro Tatiana.

            - Tatiana? O que faz aqui? – Pergunto mal humorado.

            - Vim entregar os documentos que pediu... – Diz me empurrando para dentro e me jogando no sofá.

            - Como assim? – Grito.

            - Não se faça de burrinho... – Diz com beicinho. – Vi o jeito que me olhava e logo percebi que sua mulher não dá conta de você. – Diz tirando e roupa. Senhor... Não tive uma mulher desde que larguei Lisa.

            - Tatiana! – Digo me levantando. – Coloque suas roupas e saia de minha casa ou vou despedi-la. – Digo a empurrando para a porta.

            - Não não não. Sei que me deseja. Sua mulher não possui o meu corpo, não tem as curvas que eu tenho... – Fico horrorizado. Como ela ousa dizer assim da minha Lisa?

            - TATIANA! JÁ CHEGA! Eu sou casado, amo minha esposa e minha filha então, por favor, retirem-se desta casa imediatamente! – Ela me empurra com força para o sofá, e caio sentado de novo ela monta em mim e escuto a porta se abrir.

Lisa Miteril

            Fico imóvel com a cena em minha frente. Uma loira está montando Nathan. Os dois só me olham com os olhos abertos. Juro que pensei que esse casamento iria dar certo. Juro. Mas qual é aquele ditado mesmo? Quando os gatos saem os ratos fazem a festa? Bom... Foi o que aconteceu. E minhas dúvidas estavam certas... Ele tem uma amante.

            Caminho em direção ao meu quarto. Segure o choro. Aguente, digo para mim mesma. Vou caminhando vacilante para o quarto de Lúcia, mas sem antes dizer algo.

            - Podem continuar. Finjam que eu não atrapalhei o momento de vocês. – Digo sorrindo para eles, me viro e praticamente corro para lá. Meu porto seguro.

            Tranco a porta e agacho encostada nela. Choro. Nunca pensei que Nathan seria tão baixo a esse ponto. Como ele pode fazer isso comigo? Pf. Quem estou querendo enganar... Não éramos nem marido e mulher de verdade. Só no papel. Fachada. Falso.

            Por que estou chorando? Ele já fez isso uma vez comigo, não adianta chorar de novo. Vou para meu banheiro e tomo um banho demorado. E quer saber? Desisto. Não quero mais ficar nesta casa, não quero mais ficar casado com um homem que me corna...

            Saio do banho e ligo para Paula.

            - Alô?

            - Paula... Estou com um probleminha...

            - Lisa? O que foi? Você estava chorando?

            - Nada... Você é da Vara da Família?

            - Não. Vara do Trabalho. Por quê? 

            - Quero o divórcio... Droga! To chorando de novo. Eu nem sei porque choro.

            - Você sabe sim Lis... Você o ama. Sempre o amou.

            - É... Você tem razão. Mas não quero ficar aqui fazendo papel de troxa. Quero o meu felizes para sempre, e não ser triste para sempre.

            - Tudo bem. Qualquer coisa, estamos aí ok?

            - Tá... – Desligo e ligo para o Miguel.

            Escuto batidas fortes na porta. – LISA! ABRA ESSA PORTA! ME DEIXE EXPLICAR. – Nathan... Me explicar o quê? “Ah então... Não consegui controlar meu pau... Sinto muito.”

            Miguel atende. - Lisa?

            - Miguel. Você pode fazer uma coisa para mim?

            - Se estiver ao meu alcance, sim.

            A porta é arrombada e faço questão de falar olhando para Nathan.

            - Quero me divorciar.

Alugando um amorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora