The Enemy Is a Devil • Thiam •

Capítulo 10

"Você sabe, os demônios não voam,
então não espere que eu não caia.
Demônios não voam,
mas Deus, quase tivemos tudo."

— Devils Don't Fly – Natalia Kills.

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#QuartetoFantásticoEMoranguinho

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Liam POV:

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Já era quinta de manhã, e hoje iríamos ao cinema assistir Thor 2 na pré-estreia.

A semana passou corrida e não tive tempo de ver Theo fora da escola, já que o mesmo foi chamado para outro trabalho de descarregamento em um dos bairros mais perigosos de Beacon Hills, se tratando de coisas ilegais.

Ele disse que tem certeza que é contrabando, não drogas, mas remédios e produtos falsificados. Parece que eles eram enviados para esse bairro na zona leste da cidade e de lá eram distribuídos para todo o condado de Beacon para serem vendidos.

Perguntei porquê não denunciava para o Sheriff Stilinski, e ele apenas respondeu que "Se isso acaba, não tem emprego. Não só pra mim, como também para várias outras pessoas". E eu o entendo, o mundo não é justo e a desigualdade é grande, pessoas se viram como dá. Eu tenho dinheiro, já que meu pai é médico e minha mãe advogada, mas outras pessoas, como o Theo, nem sequer tem uma estrutura familiar, quem dirá um emprego para ter uma renda fixa.

— Liam? Não me diga que eu tava falando sozinho esse tempo todo. – escutei Mason me chamar. Nem tinha percebido que já estava na sala de aula.

— Desculpe, estava pensando na desigualdade social.

Ele me encarou confuso. — É bom ver que você se importa com as causas sociais, mas eu te fiz uma pergunta.

— O que foi?

— Quer que eu passe na sua casa antes de irmos para o cinema?

— Não precisa, – neguei. – Theo disse que vai me levar.

— O Theo, né? – me encarou erguendo as sobrancelhas de forma sugestiva.

Mason não sabia que tínhamos nos beijado e nem nada do tipo, já que decidimos não contar para ninguém até ter certeza do que quer quê isso seja.

— Não seja estúpido, Mase. – falei. – Theo e eu somos só amigos, assim como eu e Corey.

— Então acho que devo me preocupar com você querendo roubar meu namorado no futuro? – revirei os olhos, dando um empurrão leve em seu braço enquanto ele ria. – E onde ele está?

— Aula de matemática com a Kira, mas temos a próxima aula juntos.

— Você já até sabe o horário dele, que fofo. Imagine só o grude que vai ser quando começarem a se pegar. – disse.

Eu ri. Nós já estávamos nos pegando e ninguém percebeu nada, então, ou somos bons atores ou os outros que são muito lerdos. Mas não é como se a gente fosse ficar grudento caso isso evoluísse.

"Nem somos grudentos." Pensei.

"Não é disso que eu me lembro no domingo, pós filme do Homem de Ferro." Rebateu a outra parte do meu cérebro.