Capítulo 23

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"A cidade está fria e vazia.
Não há ninguém por perto
para me julgar.
Eu não consigo ver direito
quando você vai embora.
Eu disse, ooh,
as luzes me cegaram.
Não, eu não consigo dormir
até sentir seu toque.
Eu disse, ooh,
estou me afogando na noite.
Quando eu estou assim,
você é a única em quem confio."

— Blinding Lights – The Weeknd.

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#QuartetoFantásticoEMoranguinho

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Liam POV:

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— Não sei se isso vai dar certo. – comentei sem fé.

— Relaxa. Comigo como professor, você aprende rápido. – respondeu convencido enquanto ultrapassava a cerca.

Hoje é quinta feira, 26 de dezembro, e Theo decidiu que seria bom começarmos nossas aulas de transformação completa agora que estamos com a semana de recesso.

Nesse momento estamos subindo a colina da reserva, indo para o lugar em que passamos a super lua. Por ser mais afastado e desconhecido para quase todos de Beacon Hills, exceto nós, é mais seguro.

— Você deveria ser menos convencido, e já estamos chegando? Tô cansado. – reclamei.

— Não tem nem 15 minutos que estamos andando, Liam.

— Você que quis subir sem o carro.

— Porque normalmente é uma ótima caminhada tranquila e estar próximo da natureza vai te ajudar com a transformação. Mas com você reclamando de 2 em 2 segundos, fica difícil. – segurou a alça da mochila que carregava com força.

— Então é isso? – encarei suas costas. – Nossa primeira DR como casal vai ser no meio do mato?

Ele nem precisou estar de frente para mim para eu saber que ele tinha revirado os olhos.

Passávamos tanto tempo juntos que ele já tinha pegado vários dos meus hábitos, inclusive esse.

— Já assistiu Shrek 2? – comecei depois de 5 minutos caminhando calado.

— Já.

— Então você deve se lembrar da cena do burro na carruagem. – continuei. – No momento eu estou como o burro. Quero saber se já chegamos.

O ouvi bufar. — Sinceramente? – parou e se virou para mim. – Acho que o burro era menos irritante.

Abri a boca chocado. "Como ele ousa?!" — Me dê um motivo muito bom pra eu não quebrar sua linda cara agora mesmo por conta dessa sua ousadia.

— Seu motivo é que já chegamos, idiota. – apontou com a cabeça para a frente e pude notar a vista se abrindo a medida que as árvores iam desaparecendo.

Assobiei. — Aqui parece mais bonito que dá última vez.

— Cada vez é melhor. – falou abrindo sua mochila e puxando um pano para forrar o chão. – Vem sentar. – bateu com a mão no espaço vazio ao seu lado.

— Quando vamos começar? – perguntei ansioso.

— Calma, Li. Não é tão simples assim. – disse dando batidinhas na minha coxa. – Você não pode apenas se transformar do nada. Corre o risco de ficar preso na forma animal, e não queremos que isso aconteça.

The Enemy Is a Devil • Thiam •Onde histórias criam vida. Descubra agora