Capítulo 18: NUNCA É UM ADEUS

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Ao fim do jantar, levei meus irmãozinhos para o banheiro e escovamos os dentes. Logo após, os levei para cama, ambos demonstrando exaustão pelo dia que tiveram.

Minha mãe pergunta se Clara iria jantar, então pedi que não se preocupasse, já que minha irmã certamente só iria acordar no outro dia, pronta para tomar o café da manhã.

Me encarou com uma certa desconfiança no olhar.

— Ela vai ficar bem — afirmei.

— Assim espero — disse, se despedindo de mim e dando beijos na testa de meus pequenos. Caminhou para seu quarto e fechou a porta, ligou sua televisão — como de costuma — e abaixou o volume para que não acordasse nenhum de nós.

Peguei meu celular e meus fones de ouvido, e comecei a procurar alguma coisa para ver, seja filme, anime ou série. Por não ter encontrado nada de interessante — e pelo cansaço do dia — decidi desligar meu celular e o coloquei no chão, perto da cama.

Antes de dormir, me levantei e caminhei para a cozinha; tomei um copo d'água e o depositei sobre a pia, retornando para meu quarto.

Ao chegar no local, encontrei meus irmãos acordados, me encarando.

— O que houve, pequenos? — indaguei, e ambos correram em minha direção, me abraçando firme.

— Estou com medo, irmão! — disseram em uníssono. Pedi para que falassem mais baixo, e me agachei na frente deles. — Dorme com a gente?

Me pedem, e começo a dizer que não teria como dormir com ambos, pois a cama é muito pequena para três pessoas.

— Por favor!? — me pediram, e então não vi escolha. Tive de ceder.

Apesar de ambos serem meus xodós, não poderia dormir com eles para não deixa-los mal acostumados.

Sugeri a Helen que dormisse com Clara, mas ela se recusa a fazer isso. Fiz a mesma proposta para meu irmão, que também não acatou ao pedido. Então tive de aceitar.

— Queremos dormir com você, irmão — concluíram.

Suspirei.

Por não ter escolha, decidi que dormiria com eles, mas busquei uma forma de deixa-los confortáveis para que não se sintam incomodados.

Os guiei até a cama, pedindo para que esperassem que eu iria pegar meu travesseiro. Hélio me segura pela camiseta, me impedindo de prosseguir.

— Pode usar o meu, irmão — ele diz.

— Vou pegar o meu, pois assim nós três poderemos utilizar eles. — comentei, e antes que pudessem falar algo, acrescentei: — Até porque, e se o travesseiro do Hélio cair no chão? Poderemos ficar com dor no pescoço.

Concluí, passando a mão no pescoço como se o massageasse.

Dobrei meu edredom e peguei meu travesseiro, levando-o até a cama de meus irmãos que já me esperavam ansiosos. Cobri os dois e me deitei, ficando na beirada da cama.

— Deita no meio, irmão!? — pediu Helen, batendo no travesseiro.

— Não, pequena. Senão o Hélio pode cair no chão. — falei, me deitando aonde estava.

Me despeço de ambos com um beijo na testa, viramos para o canto e dormimos... pelo menos eles dormiram mais rápido que eu, que demorei por volta de uns trinta minutos para cair no sono.

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Ao despertar no dia seguinte, não fazia ideia do horário que era. Sentia meu braço levemente dolorido, e ao olhar, Helen estava dormindo em meu peito, com seu dedinho na boca.

Silver Fang: O Guardião do LuarOnde histórias criam vida. Descubra agora