A vida de Jeon Jungkook sempre fora uma montanha-russa de surpresas, desde sua primeira paixão por um garoto aos quatorze anos até a missão de atuar como um espião no Oriente Médio. Entre tantas inconstâncias, apenas uma coisa sempre esteve clara em...
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🚨🚨 TW: esse capítulo tem (leves?) gatilhos de ansiedade. se você é sensível a isso, NÃO LEIA! me chame aqui ou no twitter ifsjkook que eu te resumo o que aconteceu! vou sinalizar o fim da cena pra quem quiser ler depois! 🚨🚨
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13 de novembro de 2019
INÍCIO DA CENA COM TW
Meu peito subia e descia em frenesi de modo incontrolável, o coração batia tão rápido e descontrolado que temi explodir a caixa torácica em virtude do nível elevado de adrenalina e nervosismo correndo nas veias. O suor escorria pelo meu pescoço e pelas têmporas, morbidamente gelado como todo o resto do corpo.
Eu não podia fracassar. Não naquele momento.
Encostei a cabeça no concreto e apertei os olhos em pura frustração e ansiedade. Tentei contar até dez, mas os sons ensurdecedores dos tiros impossibilitavam qualquer tentativa de acalmar-me.
Ouvi meu nome sendo chamado ao longe, provavelmente por Taehyung, mas nada consegui raciocinar. Abri os olhos com lentidão, quase sucumbindo à inconsciência, e fitei os três corpos estirados no chão mais à frente.
Mortos.
Eu esperava que os outros vinte agentes que nos acompanharam não estivessem. O único que eu conseguia visualizar com clareza era Venom — os demais se espalharam pelo enorme galpão.
Engoli seco e, novamente, um grito desesperado chamou pelo nome. Com certa dificuldade, virei o rosto para o lado e a face ensanguentada de meu melhor amigo entrou em meu campo de visão, os olhos arregalados e preocupados à medida em que se escondia atrás de um pilar.
Ele sabia. Mais do que ninguém. Por isso, parecia tão atormentado e disposto a correr até mim em meio ao tiroteio.
— Jungkook! — gritou. Não consegui proferir uma resposta. Sequer fui capaz de mover um músculo. — Acorde, Jungkook! Olhe para mim! Está me ouvindo?
Assenti lentamente. Eu o ouvia, mas não processava com exatidão o que estava acontecendo.
Taehyung espiou pelo pilar e levantou a arma para revidar os tiros, mas logo voltou a se encolher quando as balas ricochetearam próximo a ele. Eu não poderia deixá-lo sozinho, tampouco ceder ao desejo de fechar os olhos e mergulhar no escuro.
Ao mesmo tempo, o sangue escorrendo pela minha panturrilha apavorava-me.
Não desista, você não pode. Não é para isso que foi treinado.
Fechei os olhos e respirei fundo. Dei cinco tapas no rosto para despertar e voltar à vida real, embora não estivesse daquela forma voluntariamente, e fiz o máximo possível para não me render às vozes intrusivas da mente.
