Minha Namorada, Meu Bebê E Eu (Em Revisão)

Capítulo 14

Nem acredito que tomei coragem para fazer uma pergunta dessas, mas eu precisava saber, eu estava encantado demais com o carinho dela com a Emma, para depois saber que ela namorava e eu ia precisar me afastar. Ela ficou meio desconcertada com a minha pergunta, mas respondeu mesmo assim.

- Não... - estávamos um de frente para o outro e nossos olhos se fitavam de um jeito inexplicável, mas logo ela desviou o olhar.

- Também não quer namorar ? - já estava na merda mesmo, melhor perguntar tudo de uma vez logo.

- Não sei, meu último relacionamento não foi um dos melhores, então quero ter certeza antes de mim envolver de novo.

- Entendo, o mesmo comigo, a última pessoa que estive foi a mãe da Emma e nunca mais quis saber de ninguém.

- Ela sumiu mesmo ? - a curiosidade voltou ao seu olhar, parecia que ela ficava bem mais a vontade falando sobre a minha vida, do que da dela.

- Sim, nunca mais ouvi falar e nem quero, eu nunca vou perdoar o que ela fez.

- E não tem mesmo, é impossível acreditar que uma pessoa pode ter largado uma criança linda como essa assim - ela olhava para Emma com brilho nos olhos.

- Pois é - nessa hora um vento gelado passou pela gente e percebi que estar começando a esfriar - nossa que frio, acho melhor a gente ir indo por causa da Emma - falei preocupado, não queria que ela pegasse um resfriado.

- Claro, você tem total razão - a Emma continuava em seu colo quietinha.

- Vamos, eu vou te levar até em casa.

- Não precisa, eu vou sozinha.

- Claro que não, já está escuro, não vou te deixar andando por aí sozinha.

- Tá bom - ela concordou a contra gosto, mas aceitou. Fomos andando lado a lado em total silêncio e a cada passo que dávamos o frio piorava. Nessa hora a Emma começou a chorar e senti que ela deveria estar sentindo também.

- Droga, era para eu trazer uma manta mais grossa para ela - peguei ela do colo da Becca e tentei aquecê-la com o meu calor.

- Vocês podem passar lá em casa para pegar uma manta antes de você voltar - ela me ofereceu e parecia preocupada com a situação.

- Eu adoraria, obrigada.

Fiquei realmente muito preocupada, já que a Emma parecia realmente incomodada com o frio e em partes a culpa era minha. Nunca mais ia me encontrar tão tarde assim com o Gui.

- Podem entrar - disse assim que chegamos na porta do meu apartamento.

- Oi Bob - o Gui cumprimentou meu filhote, dispersando a atenção da Emma que parecia está se adaptando ao calor do meu prédio.

- Fique a vontade, vou pegar uma manta mais grossa que eu tiver - falei com ele e fui em direção ao meu quarto. Nessa hora vi que o celular dele tocou e ele atendeu.

~ Oi mãe.

~ Sim, eu sei que esfriou.

~ Calma mãe, eu vim na casa da Becca ela vai me emprestar uma manta para eu voltar para casa.

~ Tá, daqui a pouco eu chego aí.

- Minha mãe às vezes me faz lembrar do quão ruim como pai eu sou às vezes - ele disse assim que voltei para a sala e senti a tristeza nas suas palavras.

- Não fala assim, essas coisas acontecem mesmo, o tempo nessa cidade é tão instável o tempo todo.

- Justamente por isso, eu deveria ter todo um cuidado e sair prevenido de casa, mas estava tão ansioso que nem lembrei de nada - então ele também estava ansioso para o nosso encontro...

- Não se culpa assim, você não vai acertar o tempo todo e está tudo bem - tentei confortá-lo e parece que deu um pouco certo.

- Obrigada - ele deu um sorriso contudo para mim.

- Não precisa agradecer, aqui está a manta - cheguei mais perto dele e o ajudei a enrolar a manta na Emma e deixá-la bem aquecida. Só agora que percebi o quanto estávamos próximos um do outro e como eu estava perdido na imensidão daqueles olhos pretos...

Olá, o capítulo de hoje saiu mais cedo !! Eu fico muito triste quando o Gui dúvida da sua capacidade como pai, eu acho ele maravilhoso demais para isso. Tenho uma notícia muito legal para você, se hoje ainda o livro alcançar 500 visualizações, amanhã vai ter mais um capítulo !! Então todo mundo de dedos cruzados para ganhar mais um capítulo na semana 🤞🙌🥰.