Capítulo 1

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Oi :)

⚠ esse capítulo tem cenas de dor explícita

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Estava frio no porão da Mansão Malfoy.

Draco se curvou no canto, abraçando os joelhos contra o peito. Fazia apenas uma hora, mas as algemas em torno de seus pulsos e tornozelos já haviam deixado sua pele em carne viva. O cheiro de sangue com certeza o deixaria maluco, uma vez que a transformação acontecesse.

O dia já estava se transformando em noite. Draco podia ver as sombras longas e crescentes do crepúsculo através da janela gradeada no alto da parede de pedra. O céu era cor de cereja. Draco esticava o pescoço conforme estudava as estrelas, dispersas pelo céu como diamantes esmagados, tentando desesperadamente ter um vislumbre da constelação que era seu homônimo. Draco significando dragão - um nome forte, um nome digno da família Malfoy.

Draco não merecia seu nome.

Ele enterrou a cabeça nos joelhos. Em breve, a lua nasceria e a fome tomaria conta. Isso o mostraria o quanto ele era indigno.

Passaram-se meses desde que Voldemort ordenou que Draco fosse punido, desde que ele enviara Fenrir Greyback para ensinar uma lição aos Malfoys. Mas não importa quanto tempo passasse, Draco sempre se lembraria da dor: a sensação de presas afundando na carne de seu antebraço, garras cortando a pele de seu peito e costas, mandíbulas afundando na base sensível da sua garganta.

Fenrir Greyback gostava de bagunçar na hora de comer.

Quando ele chegou à escola ainda mais pálido do que o normal, quando começou a usar mangas compridas ainda no verão, todos pensaram que ele estava escondendo a Marca Negra.

Eles pensaram errado.

Draco encostou a cabeça na parede de pedra fria e fechou os olhos. Como ele poderia reclamar? Ele havia causado isso a si mesmo. Isso não era tudo o que ele merecia?

A transformação começou devagar. No início, foi só uma coceira desconfortável nos braços e nas pernas. Ele coçou distraidamente, olhando pela janela pequena e alta enquanto a luz das estrelas entrava. A lua tinha acabado de começar a subir.

A coceira piorou e Draco coçou com mais força, parando apenas quando sentiu algo quente e úmido sob seus dedos. Ele olhou para baixo.

Seus braços estavam cobertos por padrões profundos, chorando carmesim onde suas unhas haviam cortado sua pele. Não - não unhas, não mais. Seus dedos se tornaram garras, com pontas afiadas que rasgam carne como uma faca quente corta manteiga. Os cortes doeriam pela manhã, mas, por enquanto, Draco só sentia a coceira. Ele rosnou e continuou a coçar.

Conforme a lua subia no céu, o pelo branco brotou da pele de Draco e ele cortou a língua nas presas que começaram a crescer em sua boca.

Draco odiava essa parte - o meio-termo. Quando ele era uma fera o suficiente para ter a vontade de se bater com a força de um trem de carga, mas ainda homem o suficiente para saber o que estava acontecendo. Ele curvou os ombros, tentando bloquear a voz em sua cabeça dizendo-lhe para caçar, perseguir, matar. Não havia ninguém aqui, nada que ele pudesse machucar - mas o sangue emaranhado em seu pelo branco e espesso estava começando a cheirar terrivelmente atraente.

blood moon risingWhere stories live. Discover now